O Brasil está entrando de forma estratégica na economia do futuro. Com uma política nacional articulada entre ministérios, estados, setor privado e instituições de ciência e tecnologia, o país se prepara para se tornar um dos grandes produtores mundiais de hidrogênio de baixa emissão de carbono.
O governo deu um passo decisivo com a aprovação do marco regulatório do hidrogênio e criação de programas de estímulo à industrialização verde. Essas medidas integram o Novo Brasil e consolidam o país como uma liderança global no uso estratégico do hidrogênio de baixo carbono.
Além de criar um ambiente regulatório seguro e atrair mais de R$140 bilhões em investimentos, o Brasil aposta em uma estratégia industrial voltada para o adensamento da cadeia produtiva. Diferentemente de países que enxergam o hidrogênio apenas como commodity de exportação, o Brasil quer usá-lo para gerar bens de alto valor agregado, como:
- Aço verde, descarbonizando a siderurgia;
- Fertilizantes verdes para agricultura de baixo carbono;
- Combustíveis sintéticos para aviação e navegação;
- Química verde (amônia e metanol sustentáveis);
- Cimento e produtos industriais com menor pegada de carbono.
Essa abordagem amplia os ganhos econômicos e tecnológicos, estimula a inovação e gera empregos qualificados em todas as regiões.
Parceria Estratégica
Reforçando essa agenda, o Ministério da Fazenda firmou parceria com o Instituto Fraunhofer (Alemanha) para desenvolver tecnologia nacional voltada à produção, aplicação e transporte do hidrogênio de baixo carbono.
Impactos Econômicos e Investimentos
Investimentos já mobilizados ou comprometidos:
R$18,3 bilhões em créditos fiscais entre 2028 e 2032 (PHBC – Lei 14.990/2024).
R$10,4 bilhões no Fundo Clima com linhas verdes para transformação ecológica e parte direcionada para o hidrogênio.
R$6 bilhões do fundo internacional CIF-ID para hubs de hidrogênio.
- R$500 milhões em PD&I via FINEP, sendo R$250 milhões focados em hidrogênio.
Regiões que deverão ser contempladas:
Ceará (ZPE de Pecém): R$17,5 bilhões em planta da Fortescue (2,1 GW).
Piauí (ZPE de Parnaíba): R$27 bilhões em projeto da Solatio (3 GW).
12 projetos selecionados no programa Pró-Hubs Brasil, com produção entre 1 mil e 350 mil toneladas/ano, espalhados por 7 estados.
Participação de empresas como Petrobras, Eletrobras, CSN, Neoenergia, Atlas Agro e Vale reforça o protagonismo do Brasil.
Inovação e Tecnologia:
- O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) já executa 32 ações prioritárias.
- O investimento em pesquisa saltou de R$29 milhões (2020) para R$200 milhões até 2025.
O país prepara um Desafio Tecnológico Nacional para produção de eletrolisadores.
A rede SisH2, com 13 laboratórios, dá suporte à certificação, pesquisa e segurança.
Marco legal e certificação ambiental:
O Rehidro (Lei 14.948/2024) isenta de impostos equipamentos para produção de hidrogênio.
O SBCH2 certifica o padrão sustentável do hidrogênio brasileiro.
O Comitê Gestor do PNH2 articula ministérios, agências e setor privado para garantir coordenação e eficácia.
Mudança Concreta na Vida das Pessoas
Essa agenda representa uma oportunidade real de desenvolvimento regional, empregos de qualidade e reindustrialização verde:
A exportação de produtos baseados em hidrogênio para mercados como Europa e Ásia vai gerar bilhões de dólares em receita e milhares de empregos qualificados.