Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS

Derivados diretos das diretrizes estabelecidas na Agenda 2030 da ONU, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável -ODS podem ser considerados, em conjunto e objetivamente, como um guideline a ser globalmente aplicado em formulações de políticas, acompanhamento e avaliações de ações diretas e/ou transversais em gestão ambiental lato senso.

Trata-se de um conjunto de 17 objetivos focais, contendo detalhamento de orientações específicas, contemplando todas as possibilidades de intervenção e controles, possibilitando assim a implementação de ações sistêmicas em quaisquer esferas de atuação. São eles:

Uma vez o PELD se pautando organicamente por esta agenda, procedeu-se a uma análise da aderência dos projetos vinculados à Chamada PELD 015/2016 aos ODS, donde se pôde extrair impressões, em sua maioria de caráter qualitativo, sobre as interfaces das ações engendradas no âmbito dos projetos com as orientações do conjunto dos ODS. Vale ressaltar que esta análise somente se faz possível em virtude da aplicação prévia, no âmbito da Chamada, de formulário semi-estruturado com campo específico para descrição das interfaces do projeto com os ODS.

Os resultados da análise, ainda no prelo, revelam impressões de grande interesse, quando analisadas de modo sistêmico. Para além das identificações diretas dos projetos com ODS específicos (como por exemplo Vida Terrestre, Vida na Água e Mudanças Climáticas), pode-se identificar o esforço de algumas ações em direção por exemplo de estratégias de soluções sócio-econômico-ecológicas, como saída para prevenção fundamental de influências antrópicas degenerativas.

Destaque-se por exemplo, a identificação, junto uma parcela dos projetos, de estratégias de ação vinculando transversalmente ODS’s como  Erradicação da Pobreza, Fome Zero e Agricultura Sustentável e  Consumo e Produção Responsáveis. Sabe-se ser notória a contribuição das ações antrópicas, sobretudo no tocante a populações de baixa renda e escolaridade, na degradação ambiental e de ecossistemas, assim como suas interfaces com processos exploração socioeconômica e urbanização não orientada e de adoção de práticas agrícolas conflitantes com o suporte ecossistêmico no conjunto das paisagens.

É evidente que somente uma parcela de projetos utiliza-se de tais estratégias forma de mitigação de impactos, evidenciando-se então a grande importância da troca de experiências fortemente presentes no programa PELD, como parte dos processos de A&A aplicados, oportunizando a emergência de importantes processos sinérgicos e a retroalimentação responsável do Programa.