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Orquestra Sinos Azuis encerra série de concertos gratuitos na Funarte SP
No próximo domingo, 27 de março, às 18h, a Orquestra Filarmônica Sinos Azuis realiza o terceiro concerto gratuito da série aberta no início deste mês, na Sala Guiomar Novaes do Complexo Cultural Funarte SP. Sob a regência da maestrina Mônica Giardini, o espetáculo encerra a série, desta vez, com a Sinfonia nº 40 de Mozart e o Concerto nº2 para Violoncelo Solo de Haydn no repertório.
Com o propósito de difundir a música erudita, a Orquestra Filarmônica Sinos Azuis (OFSA) foi criada em 2019 por iniciativa de amigos, entre eles o contrabaixista Webster Silas da Silva, atual presidente da instituição. O projeto de utilização da Sala foi recebido por meio da Chamada Pública para Permissão de Uso dos Espaços da Funarte SP – janeiro a março de 2022.
Concerto da Orquestra Filarmônica Sinos Azuis
Dia 27 de março, domingo, às 18h
Entrada gratuita
Classificação: livre
Local: Sala Guiomar Novaes – Complexo Cultural Funarte SP
Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, São Paulo-SP
Com Informações da Funarte
Ascom/Secult
Aberta consulta pública sobre a Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira
Maior visibilidade e projeção do bem cultural; aumento das possibilidades de acesso a recursos oriundos de programas e editais voltados para políticas culturais; incremento da mobilização e articulação dos grupos detentores. Essa é a conclusão que compõe o parecer favorável à revalidação do título de Patrimônio Cultural do Brasil da Roda de Capoeira, registrada no Livro das Formas de Expressão, bem como do Ofício dos Mestres de Capoeira, registrado no Livro dos Saberes. O extrato do parecer foi publicado no Diário Oficial da União, na última terça-feira, 22. Fica aberto o prazo de 30 dias para que a sociedade se manifeste sobre a reavaliação do título.
Para a Revalidação da Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira, o Iphan elaborou, em parceria com pesquisadores, o parecer de reavaliação, que trata das transformações pelas quais passou o bem nos últimos anos.
A revalidação de um bem cultural registrado pelo Iphan acontece pelo menos a cada dez anos, de acordo com o Decreto nº 3.551/2000, que institui esse instrumento de proteção. O parecer faz uma comparação entre 2008, quando a Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira foram registrados, identificando aspectos culturalmente relevantes ou empecilhos à sua continuidade. O documento também reúne recomendações e encaminhamentos para o processo de salvaguarda do bem.
O processo que resultou na elaboração do parecer subsidiará o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, a quem compete a decisão de revalidar ou não o título dos bens registrados. Na hipótese de não ser revalidado o título, o Registro do bem será mantido como referência cultural de seu tempo. A eventual perda do título é uma hipótese remota, passível de ocorrer quando o bem a ser salvaguardado não mais exista ou no caso em que os detentores não demonstrem interesse em seguir adiante com a relação que o registro estabelece entre eles e o Estado, o que não é o caso da Roda de Capoeira e do Ofício dos Mestres de Capoeira.
Acesse o parecer técnico do bem na íntegra:
Link para manifestações da sociedade sobre o parecer de reavaliação do título de Patrimônio Cultural do Brasil da Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira
Com informações do Iphan
Ascom/Secult
Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentam os destaques das atividades gratuitas do programa Arte de Toda Gente
A Mostra Bossa Criativa Arte de Toda Gente (ATG) leva ao Teatro Dulcina – Centro do Rio de Janeiro –, concertos gratuitos, nos dias 23 e 24 de março, quarta e quinta-feira. Já o projeto Um Novo Olhar traz lançamentos de vídeos de músicas para coro infantil; a segunda aula do curso Literatura + Educação + Acessibilidade; e a Acessibilifolia, com um vídeo de mestres da cultura do interior pernambucano, ligados a festas populares e ao culto tradicional da Jurema. A Caravana Sinos chega a Arapongas, Paraná, para cursos de capacitação em música. Já a Academia Arte de Toda Gente permanece com inscrições abertas para cursos on-line de diversos instrumentos musicais.
Fruto de parceria entre a Funarte e a UFRJ, com curadoria da Escola de Música da Universidade, o programa ATG inclui os projetos Bossa Criativa, Um Novo Olhar (UNO) e Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos). Confira os destaques abaixo.
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UNO
Calendário da semana
21 de março, segunda-feira: Repertório de Canto Coral – Música Brasileira para Coro Infantil
Lançamento das obras de Eduardo Lakschevitz: Animais, Folhinha de Coqueiro e Lavadeira
23 de março, quarta-feira – 17h: Curso Literatura + Educação + Acessibilidade – Aula 2
Lançamento (em plataforma externa e para turma fechada)
25 de março, sexta-feira – 18h: Acessibilifolia
Estreia: grupo Maracá Urbano, com o Vídeo M'Biri-tyba – Do Meu Canto Quem Conta Sou Eu
As ações
Repertório de Canto Coral – Música Brasileira para Coro Infantil
Lançamento das obras Animais, Folhinha de Coqueiro e Lavadeira
(vídeo no ar)
Levando “ecologia e folclore para as crianças cantarem”, o Repertório de Canto Coral do Um Novo Olhar lançou, no site do projeto, obras do compositor Eduardo Lakschevitz. As três novas composições da série Música Brasileira para Coro Infantil foram criadas especialmente para o projeto UNO, pelo professor. Animais, Folhinha de Coqueiro e Lavadeira se juntam ao repertório do site umnovoolhar.art.br.
Essa série para coral de crianças tem como objetivo fornecer aos regentes desse tipo de grupo material didático e repertório de compositores nacionais. Este inclui partituras, áudios e vídeos.
O autor dessa nova edição é professor do Instituto Villa-Lobos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio), ele é doutor em Música pela instituição e mestre em Regência Coral pela Universidade de Missouri – Kansas City (EUA), onde foi premiado com o “Graduate Achievement Award”.
Mais informações sobre este material aqui
Curso Literatura + Educação + Acessibilidade – Aula 2
Lançamento: 23 de março, quarta-feira – 17h
Atividade em plataforma externa e para turma fechada
Esta ação é um convite “para nos aproximarmos cada vez mais da leitura, de forma amorosa, entendendo-a como um direito fundamental para todas as pessoas e que existem diferentes formas de ler”, diz a produção. Os módulos abordam “marcos legais sobre acessibilidade, livro, leitura e literatura; princípios teóricos, experiências com mediações de leitura acessíveis e inclusivas e formação de leitores com deficiências; recursos de acessibilidade; livros em múltiplos formatos acessíveis; línguas de sinais, identidades surdas e letramento de alunos surdos; literatura surda e poesia em línguas de sinais”, além do compartilhamento de “uma série de materiais acessíveis”, completam os organizadores.
Conteúdo Programático
Módulo Ambientação - O universo da literatura para todo mundo
Módulo 1 - O direito à literatura para todo mundo – Princípios e Marcos Legais
Módulo 2 - Recursos de acessibilidade e o livro em múltiplos formatos
Módulo 3 - Diferentes formas de ler e a formação de leitores
Módulo 4 - Literatura e letramento de surdos
Módulo 5 - Literatura surda em performance: considerações sobre a Poesia Surda ou Slam, visual vernacular e sarau em Língua de Sinais
Professores
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Carla Mauch - Pedagoga / Coordenadora Geral da Mais Diferenças / Mestre em Psicologia da Educação
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Danielle Ramos - Docente do Departamento de Letras-Libras / Faculdade de Letras - UFRJ / Doutora em Literatura Comparada
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Bruno Abrahão - Docente do Departamento de Letras Libras UFRJ / Faculdade de Letras – UFRJ / Doutorando em Literatura Comparada
Mais informações em: https://umnovoolhar.art.br
25 de março, sexta-feira – 18h
Acessibilifolia
Estreia: Maracá Urbano, com o Vídeo M'Biri-tyba – Do Meu Canto Quem Conta Sou Eu
O grupo Maracá Urbano, do Município pernambucano de Paudalho, no interior da Zona da Mata Norte de Pernambuco, diz que a região é “terra indígena Tabajara não demarcada”. Informa que M'biri-tyba traz os depoimentos de mestres e mestras da cultura popular tradicional do lugar, que, “reforçam e legitimam” a existência dos povos originários nacionais e de sua cultura – “apesar dos efeitos da exploração territorial dos engenhos e usinas de cana-de-açúcar”, desde o início da colonização. Segundo os realizadores, essas tradições ancestrais encontraram “novas estratégias de resistência” e manteriam uma continuidade “através de suas narrativas e costumes, sendo transmitida de geração a geração”, nas brincadeiras e no culto da Jurema. O vídeo foi contemplado pela chamada pública Acessibilifolia do projeto UNO, destinada à “inclusão dos recursos de acessibilidade”.
A Maracá Urbano é uma empresa de realização audiovisual e elaboração de projetos socioculturais. Segundo seus membros, ela surgiu a partir da necessidade, em Paudalho de “se potencializar um processo de retomada e etnogênese [Aparecimento ou ressurgimento de uma nova “identidade étnica” (condição na qual os membros de uma etnia se identificam a si mesmos enquanto parte desta e também são identificados como tal por outros grupos étnicos)].
A Acessibilifolia – Essa ação do Projeto UNO, da Funarte/UFRJ, tem como propósito incentivar a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência no contexto das festas populares do patrimônio cultural do Brasil. Para isso, são gerados conteúdos e direcionadas atividades, com foco em uma “transformação” nos festejos populares brasileiros para “torná-los mais democráticos e inclusivos” (não só para as pessoas com deficiência, mas para todos que deles compartilham), “promovendo assim a convivência e a diversidade”. São produzidas “lives”, entrevistas, séries de vídeos, “vodcasts”, publicações e outros materiais.
Os novos vídeos – para democratizar o acesso ao material audiovisual produzido por grupos de folia de todo o Brasil e promover o debate sobre as condições de acessibilidade nos folguedos nacionais, foi aberta, em 2020, a chamada pública da Acessibilifolia. Por meio desta, foram selecionados projetos nas categorias: Iniciativas Inclusivas e Acessibilização de Material Audiovisual. O objetivo desta aproximação foi convocar os realizadores das diferentes festas e manifestações da cultura popular para os objetivos da Acessibilifolia, a fim de “qualificar o capital cultural da população com deficiência no Brasil, que em sua grande maioria vive na linha da vulnerabilidade social”.
O projeto UNO - O objetivo do Um Novo Olhar é promover a acessibilidade e a inclusão de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e regentes para coro. Com a exibição on-line de shows e oficinas, vídeo podcasts (vodcasts) e “lives” sobre arte e acessibilidade e uma série de publicações, a iniciativa tem também como alvo ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências.
Mais informações em: umnovoolhar.art.br
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BOSSA CRIATIVA/SINOS – AÇÃO CONJUNTA
Dias 23 e 24 de março, quarta e quinta-feira, às 19h
Mostra Bossa Criativa Arte de Toda Gente Rio de Janeiro
Teatro Dulcina
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Dia 23, quarta: Duo Barrenechea (flauta e piano)
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Dia 24, quinta: sopros e percussão da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ)
Na Mostra Bossa Criativa Arte de Toda Gente Rio de Janeiro, o Teatro Dulcina, no centro da Capital Fluminense, apresenta espetáculos musicais gratuitos. O espaço da Funarte recebe um concerto do duo de flauta e piano Barrenechea, no dia 23, quarta-feira e, no dia seguinte, é a vez da música brasileira em estilo de banda tradicional, com o grupo de sopros e percussão da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os convites estão disponíveis na plataforma Sympla.
A Mostra Bossa Criativa Arte de Toda Gente Rio de Janeiro ocupa o teatro às quartas e quintas-feiras desde o fim de fevereiro. Às quartas, a programação fica a cargo do Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), ação mais dedicada à música “erudita”; às quintas, o palco é do Bossa Criativa, com maior destaque para a música popular. Juntamente com Um Novo Olhar (UNO), os projetos integram o ATG.
A Mostra Bossa Criativa Arte de Toda Gente divulga cidades onde se localizam pontos do patrimônio mundial, histórico, cultural e natural. Conta com artistas, artesãos, além de profissionais da gastronomia e de outras áreas. Gravada ao vivo, parte das atrações é depois disponibilizada, no canal youtube.com/artedetodagente. A ação já ocorreu em Goiás, Sergipe e Minas Gerais.
Os concertos
23/3 – Quarta
Duo Barrenecha
O Duo é formado pelos flautista Sérgio Barrenechea e por sua esposa, a pianista Lúcia Barrenechea – que, além de músicos atuantes, são professores e pesquisadores que investem na formação de jovens músicos nas áreas artística e acadêmica e em projetos relacionados às práticas interpretativas e à música brasileira. Eles atuam juntos desde 1989 com apresentações em inúmeras cidades nas Américas, Europa e Ásia. O Duo tem uma especial predileção pela música brasileira erudita e popular. Sua proposta é explorar o vasto repertório para a formação de flauta e piano, incluindo primeiras audições de obras de compositores brasileiros.
No concerto, o Duo Barrenechea presta homenagem a vários deles, a saber: o austríaco Sigismund Neukomm – que chegou ao Brasil em 1817, junto a Missão Austríaca que acompanhou a Princesa Leopoldina para o casamento com o Príncipe D. Pedro. No Rio de Janeiro, Neukomm compôs várias obras, dentre elas a fantasia L’amoureux. A obra de Neukomm marca a homenagem aos 200 anos da Independência do Brasil. Também serão homenageados, com a execução de peças, os autores Marcos Nogueira, Liduíno Pitombeira, que comemoram 60 anos de idade; Amaral Vieira, 70 anos; e o tcheco Erwin Schulhof, preso, na Segunda Grande Guerra, pelos nazistas, e enviado para um campo de concentração, onde faleceu, em 1942.
24/3 – quinta
Sopros e Percussão da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ)
Concerto Música Brasileira para Banda
A apresentação reúne músicas de Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Pixinguinha, Carolina Cardoso de Menezes e Alexandre Levy, entre outros. Com formação atípica, com uma flauta e duplas de oboés, clarinetas, clarones, trompas, fagotes e percussões, seu repertório tem basicamente envolvido transcrições das partituras de compositores conectados, ao longo da história, à Escola de Música da UFRJ.
“A OSUFRJ é a mais antiga orquestra do Rio de Janeiro, fundada em 1924”, lembram os organizadores. Diversos regentes com ela atuaram, entre eles os compositores Francisco Mignone, Oscar Lorenzo Fernandez e José Siqueira. A formação detêm prêmios, tais como, em 1998, os de Melhor CD da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e Sharp – Categoria Música Erudita. O coletivo orquestral visa ao treinamento e à formação de novos profissionais do ramo, solistas e regentes. Uma de suas principais características é valorizar a produção brasileira. Com esse direcionamento, já interpretou mais de cem partituras em estreia mundial.
Ficha técnica
Regência: Prof. M. Dr. Marcelo Jardim
Músicos
Ana Carolina Chaves: flauta
Tiago Neves e Leandro Finotti: oboés
Pierre Descaves: Corne-Inglês
Mário Costa e Bruno Costa: clarinetas
Igor Carvalho e Thiago Tavares: clarones
Paulo Andrade e Pedro Paulo: fagotes
Tiago Carneiro e Gilieder Veríssimo, trompas
Pedro Moita e Tiago Calderano: percussão
Sujeitas à lotação do teatro
Todos os protocolos sanitários legalmente vigentes serão observados
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SISTEMA NACIONAL DE ORQUESTRAS SOCIAIS (SINOS)
Caravana Sinos – Paraná
De 24 a 26 de março – Arapongas
Local: Centro de Convivência Arte & Vida
A Funarte e a UFRJ enviarão profissionais do Sinos a Arapongas, na Grande Londrina (PR), com a tarefa de realizar cursos e oficinas para capacitação de professores e monitores; e também para alunos, instrumentistas e regentes de orquestras. Gratuitas, as inscrições estão abertas. As oficinas serão presenciais e intensivas, na linha Pedagogia de Cordas. Terão à frente as professoras Carla Rincón e Simone dos Santos – ambas de violino e viola – e o professor Julio Possette (violoncelo).
A Caravana Sinos leva a cidades de todas as regiões do Brasil ações de ensino e prática de diferentes instrumentos e de regência, entre outras, em variadas linhas do Sistema Nacional de Orquestras Sociais. As atividades têm à frente profissionais de música da rede do Sinos. São realizadas gratuitamente, em espaços de projetos sociais e instituições parceiras – como escolas, conservatórios, universidades, teatros, orquestras profissionais e associações. As inscrições devem ser feitas no site caravana.sinos.art.br.
O Sinos – Lançado em julho de 2020, esse sistema é formado por dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais. As atividades começaram exclusivamente on-line e já se estendem ao presencial. São planejadas para todas as regiões do país. Seu objetivo é qualificar músicos e educadores musicais, apoiando projetos sociais nessa área e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras-escolas de todo o País.
O Centro de Convivência Arte & Vida: Com sede em Arapongas, o Centro de Convivência Arte & Vida é uma organização sem fins lucrativos, cujo foco é contribuir para a inclusão social de crianças, adolescentes, jovens e adultos, por meio de atividades culturais, lúdicas e esportivas, além de ações complementares à educação formal.
Inscrições nesta e em outras Caravanas Sinos: caravana.sinos.art.br
Mais informações sobre o Sistema em: sinos.art.br
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ACADEMIA ARTE DE TODA GENTE (ATG)
Seguem abertas as inscrições para os seis primeiros cursos de diferentes instrumentos musicais da Academia ATG. Na ação, a Funarte e a UFRJ reúnem e organizam, em um mesmo espaço on-line, todo o cardápio de atividades didáticas à distância, abertas e gratuitas, dos projetos Bossa Criativa, Sinos e UNO. Os cursos com inscrições abertas no momento são: Violão, Bandolim, Pedagogia das Cordas – Módulo I, Viola, Contrabaixo e Clarineta. Muitos outros estão previstos. Para participar, é necessária inscrição prévia.
As oficinas são elaboradas e organizadas por profissionais “referências em suas áreas”, segundo a equipe da Escola de Música da UFRJ, curadora do projeto. Cada curso terá duração média de oito semanas, incluindo as aulas e o período previsto para estudos, conclusão de atividades propostas e para a certificação. “O objetivo é oferecer uma formação de qualidade, organizada de forma livre e consistente, com o mesmo espírito de inclusão e acessibilidade das demais atividades dos projetos do Arte de Toda Gente”, dizem os realizadores.
Para saber mais sobre esses e outros cursos da Academia, acesse: artedetodagente.com.br
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Programa Arte de Toda Gente (ATG)
Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Curadoria: Escola de Música da UFRJ
Com informações da Funarte
Ascom/Secult
Capoeiristas e Iphan lançam Plano da Salvaguarda da Capoeira no Pará
Garantir a implementação do ensino da Capoeira no currículo das escolas públicas e privadas paraenses é uma das 31 ações previstas no Plano de Salvaguarda da Capoeira do Pará, que será lançado na próxima quarta-feira, 30, a partir das 18h30, no teatro Estação Gasômetro, em Belém (PA).
Elaborado pelo Comitê da Salvaguarda da Capoeira do Pará e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o plano é um instrumento de planejamento de políticas públicas e projetos de apoio e fomento para a Capoeira. As ações previstas devem ser executadas até o ano de 2029.
Durante o lançamento, que contará com a presença de representantes de órgãos públicos e entidades representativas dos detentores, será realizada a apresentação do plano, seguida de debate sobre a salvaguarda e o processo de elaboração do documento.
Entre os anos de 2015 e 2018, o Iphan promoveu seis encontros regionais de salvaguarda da Capoeira no Pará. Envolvendo 65 municípios e mais de 200 representantes de grupos, os eventos resultaram na construção do Plano de Salvaguarda e formação do Comitê Gestor da Salvaguarda da Capoeira do Pará.
“Espera-se que haja um envolvimento de outros órgãos e instituições na execução desse Plano que, se realmente efetivado, promoverá transformações significativas nas condições da prática da capoeira”, avalia o técnico em Antropologia do Iphan-PA, Cyro de Almeida Lins. “Mais acesso a espaços e locais para o ensino e aprendizado da capoeira, mais reconhecimento e valorização de mestres e mestras formados na tradição, além da ampla promoção e divulgação dessa importante expressão cultural, que é patrimônio do Brasil e da humanidade”, lista o técnico, se referindo aos resultados esperados nos próximos anos.
O plano reúne princípios e diretrizes que vão nortear as ações a serem realizadas com o propósito de garantir que saberes relacionados à Capoeira sejam transmitidos às novas gerações, além de descrever estratégias para a manutenção das formas tradicionais da manifestação.
O documento possui 31 ações elaboradas diretamente pelas comunidades detentoras da manifestação. As ações são divididas em quatro eixos: produção e reprodução cultural; mobilização social e alcance da política; gestão participativa e sustentabilidade; e difusão e valorização.
Dentre as ações, que devem ser executadas nos próximos anos, estão a produção e publicação de documentários audiovisuais, estudos, cartilhas e materiais didáticos sobre a biografia e memória dos mestres e mestras antigas da Capoeira. Outra ação listada é a distribuição e divulgação de publicações, catálogos, livros e outros materiais sobre a manifestação a instituições, como bibliotecas públicas, e mestres.
Ainda no Plano da Salvaguarda, está prevista a criação de Centros de Referência da Capoeira, que são espaços físicos para abrigar acervos do bem cultural, assim como para realização de ações de salvaguarda e promoção dos detentores perante a sociedade. Para a efetivação dessa e das outras 30 ações previstas, é necessário o envolvimento da iniciativa privada, de todas as esferas do poder público e da população de maneira mais ampla, visando à criação de parcerias.
Histórico
O Ofício dos Mestres da Capoeira e a Roda de Capoeira são bens com abrangência nacional registrados como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2008. Em 2014, a Roda de Capoeira foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade. No estado do Pará, o Iphan iniciou a mobilização com o objetivo de elaborar o Plano da Salvaguarda da Capoeira em 2013.
Reunindo mestres e capoeiristas da região metropolitana de Belém (PA), a primeira ação foi o Encontro para a Salvaguarda da Capoeira do Pará. Já em 2015, foram promovidos encontros regionais para a salvaguarda do bem, ampliando a participação de municípios e grupos. Durante o encontro, foi criado o Comitê Gestor da Salvaguarda da Capoeira, com 58 representantes de diferentes regiões do estado.
Formado por representantes da Capoeira, instituições públicas e entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, o Comitê Gestor, junto do Iphan, foi a organização responsável por organizar o Plano de Salvaguarda da Capoeira do Pará, a partir das ações aprovadas nos seis encontros regionais já realizados.
Serviço:
Lançamento do Plano de Salvaguarda da Capoeira do Pará
Data: 30 de março de 2022, a partir das 18h30
Local: Teatro Estação Gasômetro, Parque da Residência (Av. Governador Magalhães Barata, 830 – São Brás, Belém-PA)
Com informações do Iphan
Ascom/Secult
Secult lança vídeos sobre Direito Autoral
Explicar para o cidadão, em uma linguagem simples e didática, seus direitos e deveres no pagamento de direitos autorais. Essa é a finalidade dos cinco vídeos disponíveis gratuitamente na página da Secretaria Nacional de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual (SNDAPI). O material foi produzido como resultado de parceria entre a Secretaria Nacional de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual (SNDAPI), da Secretaria Especial da Cultura (Secult) do MTur, com a Assessoria de Comunicação (Ascom) do Ministério do Turismo.
Os vídeos, disponíveis na página da SNDAPI - Secretaria Nacional de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual, têm curta duração, aproximadamente 1 minuto, e são divididos em 5 temas.
Os vídeos “O que São Direitos Autorais?” e “Quando é preciso fazer o pagamento de direitos autorais?” esclarecem conceitos básicos sobre o tema e as hipóteses em que é necessário ou dispensado o pagamento de direitos autorais.
Os demais vídeos abordam os temas: “Como funciona o pagamento pelo uso da música”; “Pagamento ao ECAD – dúvidas e canal de denúncias - parte 01”; e “Pagamento ao ECAD – dúvidas e canal de denúncias - parte 02”, que é o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, órgão privado, fiscalizado pelo Governo Federal, responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais sobre suas músicas e composições quando executadas de forma pública. no Brasil.
Na visão do Secretário Nacional de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual, Felipe Carmona, estes vídeos constituem mais um instrumento para desmistificar o assunto e democratizar o acesso à informação sobre os direitos autorais. “Esta é uma questão muito presente na vida de todos nós. Uma medida desse tipo contribui para o uso consciente das obras culturais e artísticas, ao mesmo tempo em que esclarece aos usuários seus direitos e deveres no pagamento de direitos autorais”, afirma Carmona.
Ascom/Secult
Na semana do Dia do Circo, SECULT lança prêmio para famílias que atuam nessa atividade
Na semana do Dia Nacional do Circo, 27 de março, a Fundação Nacional de Artes – Funarte por meio da Secult lança o Prêmio Funarte às Famílias Circenses e às Artes nas Localidades – Edição 2022. Ele beneficiará 40 iniciativas promovidas por famílias de circo, por meio de um edital público nacional. As inscrições, gratuitas, estarão abertas a partir de quarta-feira (30).
Cada contemplado receberá o valor de R$15 mil e o total investido é de R$600 mil. As premiações serão concedidas a famílias que se dediquem a ações de natureza artística e cultural circense. Podem ser apresentações, oficinas, palestras, intervenções, vivências, trocas de saberes e atividades de produção nas localidades, entre outras, de caráter fixo ou itinerante.
Poderão ser inscritas propostas já executadas, realizadas por famílias circenses, "pessoas físicas ou pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, com natureza ou finalidade cultural", e que envolvam a linguagem do circo.
Além da concessão de prêmios por iniciativas já empreendidas, o concurso contribuirá para o incentivo às atividades realizadas pelas famílias dedicadas a essa atividade artística – com destaque para o benefício e o impacto causados nas localidades onde foram efetuadas.
As premiações serão distribuídas em três categorias, da forma abaixo:
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Pessoa Física (representante de Família Circense): 20 prêmios, no total de R$300 mil;
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Pessoa Jurídica (Grupos circenses, Circos e Instituições com finalidade no segmento artístico): 15 prêmios, no total de R$225 mil
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Pessoa Jurídica Acessibilidade (Ações voltadas às pessoas com deficiência): cinco prêmios, no total de R$75 mil.
“Com a realização do Prêmio Funarte às Famílias Circenses e às Artes nas Localidades, a Fundação valoriza a cultura nacional, considerando suas várias matrizes e formas de expressão; e estimula as iniciativas artísticas e culturais das diferentes comunidades e grupos da sociedade brasileira. Assim, contribui para o reconhecimento das atividades que fortalecem e articulam as cadeias e os arranjos produtivos locais, formadoras da economia criativa. Com isso, estimula ações que engrandecem as atividades dos artistas brasileiros – neste caso, dos integrantes das famílias circenses”, expõe o resumo do edital.
Mais informações aqui, na página do edital
Aviso: O edital foi publicado no dia 29, de março, no Diário Oficial da União. Mas, já que o texto continha incorreções (na numeração de tópicos), o edital foi corrigido e republicado, no dia 30 de março, quarta-feira.
Com informações da Funarte
Ascom/Secult
Funarte SP e Ballet Stagium convidam estudantes de escolas públicas para aulas gratuitas de dança
Crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 14 anos, que estudam em escolas públicas já podem se inscrever, gratuitamente, em aulas de balé clássico, balé contemporâneo, capoeira, danças circulares, sapateado e street dance. A iniciativa faz parte de uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte e o renomado Ballet Stagium, por meio do seu Projeto Joaninha. A Funarte está disponibilizando salas de dança no Complexo Cultural Funarte SP, em Campos Elíseos, para as atividades da companhia pelo período de cinco anos. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas presencialmente na instituição, por meio do e-mail ciastagium@gmail.com ou pelo WhatsApp (11) 97390-1667.
Os ensaios do corpo permanente do balé e as oficinas do Projeto Joaninha estão sendo realizados desde o dia 17 de janeiro, quando se iniciou a cessão de espaço e a parceria entre as duas instituições. Segundo os idealizadores e fundadores do Ballet Stagium, Marika Gidali e Décio Otero, o programa busca, não só formar profissionais e multiplicadores em dança, mas potencializar cidadãos atuantes na sociedade. “O Projeto Joaninha tem o objetivo, por meio da dança, de sensibilizar crianças e adolescentes para a descoberta de potencialidades inatas e contribuir na conscientização da identidade pessoal e na articulação em prol do coletivo”. O intuito da ação de parceria é atender, no mínimo, 100 estudantes durante o período de ocupação do espaço.
O programa Dança & Ação Social Ballet Stagium, que engloba o Projeto Joaninha, busca estabelecer uma associação duradoura com a Funarte e que propicie a execução de atividades artísticas e sociais. “Em tempos de mudanças, ampliar alianças é fundamental para fortalecer o diálogo entre arte, educação e sociedade. Atuar em parceria é um caminho para potencializar nossas ações diante dos desafios”. E a cia. ressalta: “O Stagium ao longo dos seus 50 anos de existência e resistência, vivencia a cada dia caminhos para ampliar a visão da realidade, alargar possibilidades de inclusão, reconhecer a diversidade e promover horizontes sustentáveis. Que venham os frutos desta parceria!”.
A cessão de espaço das salas do Complexo Cultural Funarte SP para a companhia de dança compreende ensaios de coreografias, realização de oficinas, além de aulas de balé clássico e contemporâneo para bailarinos em formação. Pelo Projeto Joaninha, o Stagium oferece cursos de dança e integração social para crianças e jovens de comunidades vulneráveis. Também estão na agenda da ocupação palestras com os diretores Décio Otero e Marika Gidali, oficinas de dança e, inclusive, ensaios abertos e espetáculos gratuitos para alunos, profissionais de dança e público em geral.
Saiba mais sobre o Ballet Stagium
O Ballet Stagium, fundado em 23 de outubro de 1971 por Marika Gidali e Décio Otero, completa, em 2022, 51 anos ininterruptos de defesa, desbravamento e exaltação da imensidão artística nacional pelo olhar transformador da dança. A companhia se apresenta em espaços diversificados, como hospitais, internatos, centros prisionais, igrejas, escolas, parques, reservas ambientais, barcas, praias, trens, ruas e em grandes teatros brasileiros. A arte-educação, entendimento singular da dança como agente-condição de transformação pessoal e social, tem sido o alicerce da elaboração das atividades e projetos da companhia. Muito antes da época das contrapartidas, o Stagium aumentou o alcance social de seu trabalho artístico, desenvolvendo projetos pedagógicos em todo o Brasil e, com isso, foi tecendo um novo perfil para a dança no país.
Sobre os diretores do Stagium
Marika Gidali
Bailarina húngara, radicada no Brasil. Iniciou seus estudos de dança em São Paulo, com o professor Serge Murchatovsky, na escola Carmem Brandão. Atuou como bailarina no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Ballet do Teatro Cultura Artística e no Ballet IV Centenário. Na área da educação e inclusão social, coordenou atividades de dança nas unidades da FEBEM e, atualmente, atua no Projeto Joaninha. Também é responsável pelos projetos Dança a Serviço da Educação; Stagium vai às Escolas; Escolas Vão ao Teatro e Professor Criativo - curso dirigido a professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo. Gidali trabalhou em espetáculos teatrais como coreógrafa e assistente de direção, atuando ao lado de importantes nomes da cena brasileira, como Ademar Guerra, Flávio Rangel, Silney Siqueira e Oswaldo Mendes. É ganhadora do Prêmio Cultural Blue Life, como uma das mulheres de destaque; e da Medalha de Ordem do Rio Branco, por sua contribuição à cultura brasileira. Ganhou o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura e Arte, edição 2005; o Ilanud-Unicef (Prêmio Sócio-Educando); o Prêmio UNESCO (Mérito Artístico) e o Mérito Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, entre outros.
Décio Otero
Bailarino, coreógrafo, diretor artístico e escritor. Nasceu na cidade de Ubá, Zona da Mata de Minas Gerais. No Ballet Stagium, coordena e dirige com Marika Gidali, além do elenco profissional, importantes trabalhos na área social e de educação, como os projetos Joaninha, Professor Criativo, Stagium vai às Escolas, Escolas vão ao Teatro, entre outros. Otero já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos como bailarino e coreógrafo e por relevantes serviços prestados à sociedade por meio de sua proposta de dança como ação social, destacando-se no Prêmio Sócio-Educando, concedido pela Ilanud e a UNICEF, por seu trabalho junto a jovens infratores de todo o país. Como parte do prêmio, o artista viajou ao Canadá, com Marika Gidali, para pesquisar e conhecer o sistema judiciário e carcerário daquele país. Otero recebeu, ainda, a Medalha de Mérito Cultural outorgada pelo Conselho Nacional de Dança, órgão vinculado ao Conselho Internacional da UNESCO. Em 2006, recebeu a comanda Ary Barroso, outorgada pela cidade de Ubá (sua cidade natal), pelos relevantes serviços prestados à dança brasileira.
Ocupação do Complexo Cultural Funarte SP pelo Ballet Stagium
Tempo de cessão de espaço: cinco anos |início: 17 de janeiro de 2022
Atividades oferecidas pelo Dança & Ação Social Ballet Stagium, incluindo o Projeto Joaninha: ensaios de coreografias, realização de oficinas, aulas de balé clássico, balé contemporâneo, capoeira, sapateado, dança de rua, danças circulares, história da arte e cultura em geral. Palestras com os diretores Décio Otero e Marika Gidali, ensaios abertos e espetáculos gratuitos para alunos, profissionais da dança e público em geral.
Inscrições abertas para o Projeto Joaninha
Requisitos: alunos de escolas públicas, com idades entre 7 e 14 anos
Como se inscrever: presencialmente na instituição, através do e-mail ciastagium@gmail.com ou pelo WhatsApp: (11) 97390-1667
Local: Complexo Cultural Funarte SP
Endereço: Alameda Nothmann, 1058
Campos Elíseos, São Paulo (SP)
Mais informações para o público: comunicacao.sp@funarte.gov.br
Com informações da Funarte
Ascom/Secult
Divulgado resultado preliminar para o Conselho do Plano Nacional do Livro e Leitura
Publicada no Diário Oficial da União a Portaria Interministerial nº 1, de 30 de março de 2022, que torna pública a Comissão Avaliadora do Edital de Chamamento Público nº 1/2021 e o resultado preliminar das inscrições habilitadas e inabilitadas.
O Edital visa à seleção e habilitação de organizações da sociedade civil representativas de autores, de editores, de bibliotecas públicas e de especialistas em leitura e em acessibilidade, para indicação dos membros que comporão, na qualidade de seus representantes, o Conselho Diretivo do Plano Nacional do Livro e Leitura.
Os candidatos inabilitados poderão interpor recurso administrativo, no prazo de 5 (cinco) dias corridos, contados a partir da publicação da portaria, finalizando dia 5 de abril.
Não será conhecido recurso interposto fora do prazo. A interposição de recurso será realizada por meio do formulário disponibilizado no portal eletrônico https://www.gov.br/turismo/ptbr/secretaria-especial-da-cultura/assuntos/editais-e-portarias/editais-e-apoios-1.
O formulário devidamente preenchido deverá ser enviado para o e-mail editalpnll2021@turismo.gov.br.
Ascom/Secult
Publicado o Relatório de Gestão 2021 do Fundo Setorial do Audiovisual
A ANCINE publicou na última quinta-feira, 31 de março, o Relatório de Gestão do FSA relativo ao ano de 2021, aprovado pelos membros do Comitê Gestor do Fundo em sua 62ª reunião, realizada no último dia 16, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O documento detalha as ações desenvolvidas no âmbito do FSA, abordando tanto as atividades de natureza operacional como aquelas relacionadas à sua execução orçamentária e financeira.
O período teve como destaque a consolidação do trabalho de equalização orçamentária e financeira do FSA, que aliado aos ajustes promovidos na governança do Fundo e a um processo de reestruturação da capacidade operacional da ANCINE garantiram a preservação de sua capacidade de investimento e a continuidade da política pública para o setor audiovisual brasileiro. Tais medidas permitiram não só o lançamento de novos editais, como também a superação, em fevereiro de 2022, de um passivo de mais de mil análises pendentes .
Comitê Gestor aprovou novos investimentos
Em 2021, o Comitê Gestor do FSA se reuniu quatro vezes e editou vinte e duas resoluções. Dentre as ações aprovadas, destacam-se a definição de diretrizes, objetivos estratégicos e metas de desempenho para as novas linhas de ação do FSA; e um novo Plano de Ação de investimentos, no valor total de R$ 651,2 milhões, com vistas ao estímulo da atividade econômica no cenário pós-pandemia.
Outras resoluções importantes trataram da prorrogação para utilização dos recursos contratados, mas ainda não desembolsados da Linha de Crédito Emergencial; e do alongamento por dezoito meses do prazo final de amortização dos contratos do Programa Cinema Perto de Você - PCPV, bem como da extensão do prazo para pagamento das remunerações da Linha de Crédito e Investimentos para Implantação de Complexos de Exibição do Programa.
Volume de contratações ganha fôlego
Em operações, o FSA realizou em 2021 um total de 546 contratações, totalizando R$ 426,5 milhões. O volume destinado a investimentos em obras audiovisuais para cinema e TV, de R$ 350,3 milhões, representa 82,1% do total de recursos contratados. A figura abaixo mostra a distribuição percentual dos recursos contratados do FSA em 2021:
Em relação aos valores efetivamente desembolsados no período, que somaram pouco mais de R$ 508,2 milhões, também tiveram destaque os investimentos em projetos destinados ao cinema e à TV, com 61,7% do valor total, ou R$ 313,5 milhões. O relatório mostra ainda a continuidade dos desembolsos de recursos para a manutenção da Linha de Crédito Emergencial, lançada em 2020 para mitigar os efeitos da pandemia de COVID-19 para as empresas do setor audiovisual, somando R$ 192,7 milhões, ou 37,9% do montante movimentado.
A figura abaixo apresenta a distribuição percentual dos desembolsos de recursos do FSA em 2021.
Recursos chegaram a todas as regiões brasileiras
Os indutores regionais presentes nas chamadas públicas do Fundo foram capazes de descentralizar os investimentos por todo o país. Em relação aos projetos contratados em 2021, as proponentes com sede nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste tiveram 33,1% de participação no total de projetos e 32,5% do valor. A Região Sul e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo somaram 29,3% dos projetos contratados e 24,1% dos recursos ofertados.
A tabela abaixo mostra a distribuição percentual das contratações publicadas no Diário Oficial da União - DOU em 2021, por região da proponente, tanto em número de propostas quanto em valor disponibilizado.
Prezando pela transparência, o Relatório de Gestão apresenta ainda sete anexos, informando cada um dos projetos selecionados, contratados ou que receberam recursos no período. Também estão listados todos os contratos com publicação no DOU e com desembolso concluído em 2021 relativos ao Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor - PEAPE e à Linha de Crédito Emergencial do FSA.
Confira aqui o Relatório de Gestão 2021 do FSA
Com informações da Ancine
Ascom/Secult
Parque Bondinho Pão de Açúcar e Iphan lançam Circuito Histórico dos Mirantes no parque
Na última quinta-feira (31), o Rio de Janeiro (RJ) e os cariocas receberam um presente que o mundo todo vai poder admirar. O Parque Bondinho Pão de Açúcar e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) inauguraram o Circuito Histórico dos Mirantes, no Parque Bondinho Pão de Açúcar.
O circuito conta ao todo com 14 mirantes pelo Parque, destacando a história, cultura da cidade e do Parque Bondinho Pão de Açúcar. Além disso, a iniciativa ainda resgata toda a trajetória de inovação tecnológica do mais antigo teleférico em operação no mundo, de modo a enriquecer a experiência do visitante no Parque Bondinho Pão de Açúcar e contribuir com contextualizações históricas sobre o bem cultural e o ambiente em que se insere.
A iniciativa conta com placas informativas e conteúdos complementares, que serão disponibilizados em breve, em cada um dos mirantes. Todas as informações estarão disponíveis em português, inglês, espanhol e braile para todos os visitantes que acessarem o parque e o conteúdo complementar poderá ser acessado em formato de audioguide, através de QRcodes, desenvolvidos em uma parceria com a Audima e Aliança Traduções. O projeto ainda trará uma experiência rara no Brasil: os circuitos de interpretação da paisagem, que no exterior já movimentam o setor do turismo.
Em evento celebrado na Fortaleza de São João, contando com a recepção do Exército Brasileiro, os convidados foram conduzidos por pontos notáveis do Rio de Janeiro: Fortaleza de São João e Praia de Fora, local de fundação da cidade. Durante a cerimônia, o Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, entregou ao Parque Bondinho uma chancela de reconhecimento nacional do percurso. Depois, os convidados do evento foram conduzidos até o Parque Bondinho Pão de Açúcar para visitação guiada por alguns mirantes do circuito.
“Hoje, celebramos a criação de um circuito histórico-paisagístico pioneiro no Brasil. E o fato desta celebração ocorrer no local de fundação da cidade e no teleférico mais antigo em operação no mundo fortalece a vocação do nosso Patrimônio Cultural para o turismo no Rio de Janeiro e no nosso país”, desataca o superintendente do Iphan-RJ Olav Schrader.
Para Sandro Fernandes, CEO do Parque Bondinho Pão de Açúcar, a iniciativa é de extrema relevância para a história da cidade e de todo o país e irá agregar ainda mais às visitas no Parque.
“Para nós, o lançamento desse projeto é muito importante, uma vez que contribui com a valorização da nossa história e da cultura da cidade do Rio e do Brasil. A inauguração desse novo circuito acontece em um momento em que estamos mostrando para todos que a emoção de estar aqui em cima vai além do passeio de bonde, é uma vivência única. Essa novidade vem para enriquecer ainda mais a experiência dos visitantes e fomentar o turismo na cidade, reforçando ainda toda a trajetória e o legado do Parque Bondinho”, explica Sandro Fernandes, CEO do Parque Bondinho Pão de Açúcar.
“Esta bela e significativa iniciativa do Iphan e do Parque Bondinho Pão de Açúcar vem dar significado histórico às paisagens que tanto encantam os milhares de visitantes. As fortificações da entrada da Baía de Guanabara são ícones dessas paisagens culturais, urbanas e arquitetônicas”, enaltece o Coronel Joel da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx).
Em 2021, o Parque Bondinho Pão de Açúcar e o Iphan firmaram a parceria que culminou com o lançamento deste projeto. As instituições trabalharam juntas para desenvolver os estudos que deram origem aos conteúdos disponibilizados e nomes dos mirantes, que foram batizados em homenagem a marcos da história do Parque Bondinho, do Rio e do Brasil. Como o Mirante dos Navegadores, localizado no Morro da Urca, onde é possível ver por onde os navios das primeiras expedições chegaram às terras cariocas e imaginar como deslumbraram-se com as paisagens locais; e o Mirante dos Pioneiros, que conta a história sobre a fundação do Parque Bondinho.
Idealizado pelo engenheiro Augusto Ferreira Ramos, o teleférico foi o terceiro a funcionar no mundo. Na época, só existiam dois similares, na Espanha e na Suíça. O teleférico carioca superou os dois em tamanho, com o ponto mais alto a 396 metros acima do nível do mar.
Agora, quem visitar esta famosa atração para apreciar a paisagem carioca e viver experiências únicas, além da beleza estonteante também conhecerá o significado histórico do que se põe diante dos olhos. Trata-se de uma nova camada de interpretação do passeio que antes não existia.
Tombado pelo Iphan em 1973 por sua importância na composição da paisagem cultural da cidade, desde 2012 o Parque Bondinho Pão de Açúcar também é reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O monumento integra o sítio ‘Rio: Paisagens Cariocas entre a Montanha e o Mar’, primeira área no mundo a ter reconhecido o valor universal da sua paisagem urbana.
Referência no turismo, a notoriedade do Parque Bondinho Pão de Açúcar é refletida em números. Desde sua fundação, em 1912, já recebeu mais de 50 milhões de visitantes no parque.
O Circuito Histórico dos Mirantes valoriza o Patrimônio Cultural Brasileiro e irá compor o Circuito Histórico-Paisagístico do Rio de Janeiro, que será desenvolvido nos próximos meses. Além do Parque Bondinho, a previsão é incluir percursos pelo Cristo Redentor e pela Floresta da Tijuca.
No evento foi anunciado também o primeiro desdobramento desta iniciativa: o Circuito Histórico-Paisagístico de Paraty, parceria da Prefeitura com o Iphan e o Parque Bondinho do Pão de Açúcar, com previsão de lançamento ainda este ano. Junto com Ilha Grande, Paraty foi reconhecida em 2019 como Patrimônio Mundial pela Unesco por sua cultura e biodiversidade. O conjunto arquitetônico e paisagístico de Paraty também foi tombado pelo Iphan, com a inscrição em dois livros do tombo do Instituto: Belas Artes; e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Fortaleza de São João e Praia de Fora
Em 1565, Estácio de Sá desembarcou na Praia de Fora para fundar a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Ali, ergueu o primitivo Forte de São João enquanto cumpria a missão de expulsar os franceses da Ilha de Serigipe, local que atualmente abriga a Escola Naval. Desde sua origem, a Fortaleza se tornou um marco para a história e a arquitetura militar do País.
Após ser desativado durante a Regência, o monumento foi totalmente restaurado em 1872, sob as ordens de D. Pedro II. Hoje em dia, o espaço abriga o Centro de Capacitação Física do Exército e a Escola Superior de Guerra. Entre as atrações, destaca-se o portão do Forte, tombado pelo Iphan.
Com informações do Iphan
Ascom/Secult
Curadoria da 2ª edição da exposição “Paisagens Caiçaras” seleciona indicados ao Selo Especial 2022
De 14 de fevereiro até 20 de março, período de inscrições para a 2ª edição da exposição virtual Paisagens Caiçaras, o projeto conseguiu 48 filiações e um total de 246 imagens. Ao final do mês de março, os representantes das comunidades caiçaras que compõem a equipe de curadoria selecionaram os cinco autores indicados ao selo especial “As vilas e populações caiçaras do Brasil”. A temática foi sugerida pela população à Gerência de Filatelia dos Correios para a emissão de um selo especial em 2022.
Indicados ao Selo Especial “As vilas e populações caiçaras do Brasil”
Aurélio Rufo – Paisagens Caiçaras de Ilhabela
Daniel Chapaval e Mariana Balduzzi – Memória Caiçara
Guido Paraty – Vida Caiçara em Paraty
Leandro Diéguiz – Olhares de dentro
Noelia Bordoli Pisani – Trindade Pesca
A equipe de curadoria da exposição virtual é composta por José Carlos Muniz, professor da rede pública de ensino em Paranaguá/PR; Cleber Rocha Chiquinho, professor da rede pública de ensino em Cananéia/SP; e Camila Souza Quelhas Esteves, gestora cultural em Bertioga/SP, e Leila da Conceição, liderança comunitária da Praia do Sono, em Paraty/RJ.
A exposição virtual Paisagens Caiçaras - “As Vilas e Populações Caiçaras do Brasil” é resultado de uma parceria entre a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Paraná (Iphan-PR), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Processo seletivo
Ao todo, o projeto recebeu inscrições de 48 pessoas e 246 imagens, que são fotografias em sua maioria, mas há também trabalhos que se utilizam de outras técnicas como pintura, gravura, desenho e colagem digital. Deste conjunto, 223 trabalhos de 42 autores foram habilitados e analisados pela equipe de curadoria do Paisagens Caiçaras.
Primeiramente, do conjunto de 223 imagens dos 42 autores habilitados para a etapa de curadoria, 28 imagens, de 11 autores, foram previamente eliminadas por não atenderem o mínimo de dois critérios segundo a avaliação da maioria simples dos membros da equipe.
Sendo assim, a curadoria se voltou à revisão de um total de 195 imagens de 31 autores. Após ampla discussão, os membros da comissão de avaliação construíram um consenso pela eliminação de mais 34 imagens, de 5 autores, julgadas como não-pertinentes para o escopo da 2ª edição da exposição, e deliberou pela seleção dos trabalhos abaixo listados, em dois blocos.
Trabalhos selecionados para a exposição e para possível indicação ao selo especial
Alan Conceição – Praia do Sono
Aurélio Rufo – Paisagens Caiçaras de Ilhabela
Daniel Chapaval e Mariana Balduzzi – Memória Caiçara
Guido Paraty – Vida Caiçara em Paraty
Henrique Luís de Almeida – Caiçara de terra e mar
Isabel Taliberti Galvanese – Caiçara
Ivan Carlos Neves – Caiçara: a essência
Leandro Diéguiz – Olhares de dentro
Lizangela Pinto Siqueira – Meu olhar
Luiz Eduardo Geara – O sacro e o Profano, festas populares de Matinhos
Maria Rita Basso – Descanso Canal Carijó Cananéia
Neliane Mendes – Gente do mato e seu jeito caiçara de ser
Nicia Guerriero – Cores Caiçaras
Noelia Bordoli Pisani – Trindade Pesca
Trabalhos selecionados apenas para a exposição
Adão Alves Pacheco – Comunidade Tradicional Caiçara do Rio Pequeno
Antonia Regina – Peixe só Amanhã
Bruno Neri – Olhares caiçaras
Elison Fernandes – Canoeiro
Fernando Caixeta – Rio Ribeira
Juliana Camargo Macedo – Marítimos
Marcela Cristina Bettega – Quintal caiçara
Paulo Estevaletto – Fotos branco e preto analógicas
Priscila Alves – Olhares sinceros
Roberta Pisco – Entre o mar e a montanha
Rodolfo Guimarães Vidal – Apresentação da Dança de São Gonçalo
Posteriormente, a curadoria da exposição, considerando os critérios de avaliação do edital e o enquadramento das propostas quanto a qualidade técnica, pertinência conceitual e viabilidade de desenvolvimento do selo, decidiu sobre os cinco autores indicados ao Selo Especial “As vilas e populações caiçaras do Brasil”, listados no início da matéria.
Ata de reunião da equipe de curadoria da 2ª edição da exposição “Paisagens Caiçaras”, realizada no dia 29 de março de 2022, entre 19 e 21 horas
Parecer - Trabalhos indicados ao Selo Especial “As vilas e populações caiçaras do Brasil”
Com informações do Iphan
Ascom/Secult
Prédio principal do Museu do Ipiranga está pronto
Museu do Ipiranga será reinaugurado com o dobro da área construída e 12 exposições com itens de acervo inteiramente restaurados. Com valor estimado de R$ 211 milhões, além do restauro do Edifício-Monumento, o projeto incluiu a modernização e ampliação do espaço que passa a ser totalmente acessível; 3.500 obras do acervo passaram por restauro e ganharão recursos multissensoriais nas mostras da reabertura
Com a finalização das obras de ampliação e restauro do Museu do Ipiranga em setembro deste ano, o Brasil ganhará um dos mais completos e modernos museus da América Latina. Nos últimos três anos, o Museu passou por uma reforma que angariou o maior valor já captado entre a iniciativa privada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. A expectativa é de que, após as obras, o novo museu passe a receber entre 900 mil e 1 milhão de visitantes por ano. O custo da reforma é estimado em R$ 211 milhões – além dos recursos incentivados, há investimentos privados sem incentivo fiscal e também aportes públicos.
A obra é executada em duas grandes frentes: restauro do Edifício-Monumento e construção de um edifício ampliação. Na parte da ampliação, foi realizada uma escavação em frente ao prédio, na área da esplanada, que retirou 35 mil metros cúbicos de terra, o que equivale à capacidade de 2 mil caminhões. Com o novo espaço, de 6.800m², o Museu irá dobrar de tamanho. A expansão abrigará a nova entrada integrada ao Jardim Francês, além de bilheteria, café, loja, auditório para 200 pessoas, espaços e salas para atendimento educativo e uma grande sala de exposições temporárias. Pela primeira vez na história do Museu, a instituição estará apta a receber acervos de outras instituições, inclusive internacionais, graças à instalação de ar-condicionado.
Já no restauro do Edifício-Monumento, foram realizados reparos em todos os detalhes da refinada arquitetura, incluindo os 7.600m² das fachadas, que pela primeira vez passaram por limpeza, decapagem, recuperação dos ornamentos, aplicação de argamassa, tratamento de trincas e, por fim, a pintura. Para pintar, foi utilizada uma tinta mineral – desenvolvida especialmente para o Museu – que permite a troca de umidade entre prédio de cal e o ambiente. Um estudo estratigráfico (ramo da geologia que estuda as camadas de rochas) e o processo de decapagem também tornaram possível recuperar a cor original da construção do século 19. Tetos e paredes do interior receberam tratamento similar. Os elementos de marcenaria, como as 450 portas e janelas, foram catalogados, retirados e restaurados em oficinas no canteiro de obras, e recolocados no mesmo lugar anterior, bem como os 1900m² de assoalho que revestem o piso da edificação. Os pisos de ladrilho hidráulico franco-alemão também passaram por um refinado processo de restauro. Com a instalação de elevadores, o Edifício-Monumento será, enfim, totalmente acessível.
Outro quesito essencial no projeto do Novo Museu do Ipiranga são os métodos para prevenção de incêndios. O sistema de sprinklers adotado é do tipo “pré-ação” com tecnologia que antevê alarmes falsos, evitando disparos acidentais. Já o sistema de detecção de fumaça utiliza a técnica de aspersão (sucção do ar em intervalos fixos) para constante análise, podendo identificar partículas de resíduos queimados que podem prenunciar um incêndio. Os sistemas comuns de detecção de fumaça são acionados apenas em caso de muita fumaça, ou seja, após o incêndio ter tomado certa proporção. Dessa forma, com a técnica de aspersão, garante-se a proteção do prédio por meio de um sistema mais efetivo.
As medidas anti-incêndio incluem também a implantação de proteção térmica em toda a estrutura do prédio. A parte elétrica foi integralmente reformada e envolvida em manta cerâmica, material capaz de reter altas temperaturas, normalmente utilizado em portas corta-fogo. As estruturas metálicas foram revestidas com pintura intumescente, que preserva a resistência ao fogo das peças em caso de temperatura elevada. O telhado e coberturas também foram restaurados, ganhando camadas de proteção que garantem conforto térmico aos usuários e ao acervo nos pavimentos superiores. E os sistemas hidráulicos e de captação fluvial foram modernizados, para que não haja possibilidade de contato com o sistema elétrico (causa de muitos incêndios). Ademais, na parte expandida do Museu, optou-se por materiais pouco inflamáveis ou resistentes ao fogo, como concreto aparente e gesso.
As tecnologias de prevenção contra incêndios estão integradas a um sistema inteligente de gerenciamento predial, otimizando processos de segurança, manutenção do prédio e conservação do acervo. Neste sistema inteligente, reúne-se o funcionamento dos sistemas anti-incêndio, iluminação, ar-condicionado, câmeras de segurança, elevadores e escadas rolantes. Esse sistema está ligado a dois geradores abastecidos a gás natural, não poluente e com baixa emissão de ruído. Caso ocorra a falta de energia na edificação, esses geradores garantirão o funcionamento de todos os sistemas sem limite de tempo.
O prédio ganhou a instalação de vidros de baixa transmitância, que retêm o calor do raio solar, garantindo conforto térmico do prédio e melhor conservação do acervo. A iluminação é controlada ponto a ponto via sistema de automação, com lâmpadas LED, que gastam menos energia e emitem menos calor. Outra opção ecológica foi um sistema híbrido para a circulação de ar, que inclui aparelhos de ar-condicionado apenas na expansão do edifício – o que também preserva a integridade da construção histórica. Muitas instituições culturais estão repensando o uso de ar-condicionado em seus espaços, devido ao alto custo de manutenção e de consumo de energia, além de possíveis patologias ao edifício e ao acervo.
Prezando pela integridade do conjunto, o Novo Museu do Ipiranga também terá restaurado o Jardim Francês, localizado em frente ao Edifício-Monumento. A obra previu a restauração de toda a área construída e de paisagismo, além da reforma do espaço da antiga administração para instalação de um restaurante, criação de infraestrutura para food bikes, restauro e modernização da iluminação pública, requalificação das vias de acesso, contemplando também equipamentos de acessibilidade, a reativação da fonte central e a recuperação de duas fontes presentes no projeto original do jardim, que foram destruídas na década de 1970.
Restauro do Acervo
Juntamente às obras de restauro e ampliação, acontecem os trabalhos de conservação dos itens que estarão expostos na reabertura. São mais de 3 mil objetos do acervo que estão passando ou já passaram por restauração. Dentre eles, encontram-se 122 pinturas e duas maquetes de grande porte. Ao longo de sua história, os acervos sempre foram tratados e conservados. Em momentos pontuais, algumas peças passaram por restauro, mas essa é a primeira ocasião em que as coleções são objeto de um plano amplo de restauração, com diversas obras sendo restauradas ao mesmo tempo. Do número total de peças a serem expostas, 2.800 já tiveram seus restauros finalizados.
Desde 2013, quando o museu foi fechado, diversas medidas foram tomadas para garantir sua segurança e tornar possível a realização de um projeto de restauro do acervo. Após realizar um extenso plano de logística para esvaziar todo o edifício e transferir o acervo presente no Edifício-Monumento para as reservas técnicas localizadas no bairro do Ipiranga, foi lançado novo plano museológico, que norteou a criação das 12 novas exposições que serão abertas ao público, contemplando cerca de 3.500 itens do acervo. No total, o acervo do Museu do Ipiranga chega a 450 mil itens e documentos.
O quadro mais conhecido do acervo do Museu – a icônica tela Independência ou Morte, de Pedro Américo – foi um dos primeiros trabalhos a serem restaurados, ainda em 2019. Mas a pesquisa para o restauro do quadro começou ainda em 2017. Em um processo bastante singular, o restauro foi realizado simultaneamente à obra, no Salão Nobre, espaço onde o quadro permaneceu, devido ao seu tamanho. A tela, com dimensões de 415 cm x 760 cm, é maior do que as portas e janelas do salão, e foi montada originalmente no local onde está até hoje, sem nunca ter sido retirada. A equipe do Museu teve, portanto, a importante tarefa de protegê-la dos resíduos do restauro da sala, com um tecido especial que impede a entrada de pó permitindo que a obra “respire”.
Espaço mais importante do Museu, o Salão Nobre possui 182 m² e mais de 10 metros de pé-direito. Foi projetado para abrigar a tela de Pedro Américo, que figura o momento em que se anunciou a ruptura política com Portugal. O ambiente é o ponto culminante do chamado Eixo Monumental, que começa no saguão, no piso térreo, passa pelas escadarias, até chegar nesse espaço, que fica no ponto central do edifício. Todo o acervo artístico do Eixo Monumental é patrimônio cultural tombado pelos órgãos de preservação, e será conservado em sua integridade na reabertura. Parte dos quadros aí expostos foi encomendada e produzida cerca de 100 anos atrás, para as celebrações do primeiro centenário da Independência. Outros, porém, são mais antigos, como o próprio Independência ou Morte, concluído em 1888.
A maquete do Museu do Ipiranga também fará parte das novas exposições e já se encontra restaurada. Para elucidar a todos qual era sua ideia, o arquiteto italiano responsável pelo projeto do Museu – Tommaso Gaudencio Bezzi – construiu uma maquete com todos os detalhes da obra. A peça causava espanto pelo seu tamanho de 5 metros e, na época, impressionou D. Pedro II, que em uma visita a São Paulo foi à casa do arquiteto conhecer o modelo em gesso. O prédio do Museu tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade, e a maquete foi feita numa escala 1:32. Uma de suas principais curiosidades é revelar como seria a aparência do Museu, caso tivesse sido construído conforme o sonho de seu projetista. Além do Edifício-Monumento que conhecemos hoje, a proposta incluía duas grandes alas laterais, nunca construídas, mas visíveis no modelo em gesso e que dariam ao prédio quase o dobro do tamanho.
Em outra das salas expositivas, estará uma segunda maquete importante, que também está sendo inteiramente restaurada. Trata-se da representação da cidade de São Paulo. A miniatura retrata a capital paulista no ano de 1841, e foi projetada e confeccionada pelo holandês Henrique Bakkenist, que a terminou em 1922, ano em que o item passou a integrar o Museu do Ipiranga. A maquete começou a ser produzida em 1920, a partir de plantas e mapas da cidade, com o objetivo principal de reproduzir a São Paulo de 1822, ano da proclamação da Independência. No entanto, pela escassez de documentos sobre a capital paulista naquele período, a maquete foi elaborada para reproduzir a configuração da cidade no ano de 1841.
Novas Exposições
No Novo Museu do Ipiranga, o público se deparará com 12 exposições – 11 de longa duração e uma mostra temporária. As de longa duração são divididas em dois eixos temáticos: Para entender a sociedade e para entender o Museu. A exposição de curta duração, denominada Memórias da Independência, estará aberta por quatro meses. O tema foi escolhido por estar diretamente relacionado ao ano de reabertura do Museu e ao bicentenário da Independência, e trará acervos de outras instituições brasileiras, especialmente do Rio de Janeiro e da Bahia.
No total, serão expostos 3.058 itens pertencentes ao acervo do Museu, 509 itens de outras coleções e 76 reproduções e fac-símiles. A maior parte dos objetos data dos séculos 19 e 20, mas há itens mais antigos, que remontam ao Brasil colonial. São pinturas, esculturas, moedas, documentos textuais, fotografias, objetos em tecido e madeira que foram conservados e preparados para fazer parte do novo projeto expográfico.
Outro aspecto importante das novas exposições do Museu é a tratativa com a presença de monumentos que homenageiam figuras e situações controversas, como estátuas de bandeirantes e quadros com representações que celebram a destruição de missões e populações indígenas. Haverá um cuidado especial com essas obras, que devem ser tratadas como documentos históricos, portanto, como obras que nos informam sobre um modo de pensar de determinados grupos sociais em um determinado período de nossa história. O objetivo é dar ao visitante os elementos necessários para que ele possa compreender criticamente essas criações.
Outra das premissas do novo projeto é a acessibilidade. Além da acessibilidade física do edifício, que foi equipado com elevadores e rampas de acesso, as exposições também foram pensadas para oferecer condições mais amplas de exploração do acervo por parte do público. Para isso, 379 peças terão tratamento multissensorial. Haverá telas táteis, reproduções em metal, dioramas (maquetes tridimensionais feitas a partir das obras do Museu), plantas táteis para localização dos visitantes, dispositivos olfativos, reproduções visuais e táteis (reproduções de imagens com aplicações de texturas para o toque), reproduções 3D e em outros materiais semelhantes aos objetos originais (como pedra e metal), cadernos em Braile, amostras de texturas e objetos originais adquiridos especificamente para o manuseio dos visitantes. O processo ainda se completará na programação educativa a ser oferecida, com ações e estratégias de mediação que visam contemplar distintos perfis de público.
Os recursos multimidias serão outra importante forma de se relacionar com os visitantes. Ao longo das 49 salas expositivas, haverá mesas interativas com múltiplos recursos como textos, imagens, monitores audiovisuais e objetos táteis. Os objetos expostos serão integrados à arquitetura do edifício-monumento, criando um diálogo entre o que está sendo exposto e a construção palaciana inaugurada em 1895. As exposições contarão com 62 peças audiovisuais.
A rede Wi-Fi será aberta e gratuita para todos e os visitantes poderão, por meio de seus celulares, baixar propostas específicas de experiências dentro da instalação – mais rápidas ou mais direcionadas, por exemplo, a pessoas com deficiência visual, que também serão atendidos com a implantação de piso podo tátil em todo o circuito expositivo. Também será possível visualizar áreas estratégicas do museu, como as escadarias ou o saguão principal, em formato 3D, e programar passeios com condições diferentes, com menos estímulos e informações mais objetivas, o que pode auxiliar pessoas com autismo e outras deficiências intelectuais. Os recursos podem não só dar condições de maior entendimento para pessoas cegas, surdas ou com deficiência intelectual, como também podem ampliar a experiência para todos os visitantes.
Conheça as 12 exposições do Novo Museu do Ipiranga:
Para Entender a Sociedade
Esse eixo apresenta para o público as pesquisas desenvolvidas pelo corpo docente do Museu e dizem respeito a processos sociais ligados aos imaginários que alimentam histórias do Brasil, ao universo do trabalho, e à constituição dos espaços domésticos como lugares de formação de identidades.
1. Uma História do Brasil: a exposição compreende o hall, a escadaria principal e o salão nobre e tem como acervo principal as obras de arte que estão integradas à arquitetura, como a tela Independência ou Morte, de Pedro Américo. Essa decoração constitui uma versão da história do Brasil produzida para as comemorações do centenário da Independência em 1922. Coloca em questão a noção de realidade dessa narrativa, a escolha dos personagens que compõem uma versão da história do Brasil e o modo como esta versão da história do Brasil se subordina à história paulista.
2. Passados Imaginados: exibe as telas de grandes dimensões, além da maquete de gesso representando a cidade de São Paulo em 1841. O foco será demonstrar que os acontecimentos representados nessas obras não são uma janela para o passado que está ali representado, e sim o processo de criação de artistas em determinadas épocas. Acostumado a entender estas representações como cenas verídicas, por conta do modo como foram apresentadas nos livros didáticos, o público encontra nessa exposição a recontextualização das obras de arte para serem compreendidas dentro do sistema que as produziu.
3. Territórios em Disputa: aqui serão expostos os objetos ligados à colonização mais antigos do Museu, que remontam aos séculos 16 e 17. São objetos, cartas de sesmaria, mapas e outros documentos que contam como os europeus implantaram nas terras coloniais noções de território que se materializaram não apenas por meio de legislação ou da força bruta, mas pelo uso de objetos inéditos para os povos indígenas.
4. Mundos do Trabalho: a exposição trata do universo do trabalho num amplo espectro de atividades desde o período colonial até os dias atuais. Pretende lançar luzes sobre o trabalho anônimo de indígenas, negros escravizados, forros, homens livres, migrantes, imigrantes e, com isso, trazer questões centrais para a compreensão do trabalhado nos dias de hoje. Uma delas será demonstrar que o trabalho manual ou seriado não pode ser desconectado do trabalho intelectual.
5. Casas e Coisas: expõe o processo de transformação dos espaços da casa que levou ao esvaziamento de suas funções produtivas. A casa era um lugar multifuncional – o lugar onde se cultivava alimentos, se praticava o comércio, se produziam coisas, onde as crianças recebiam educação, se realizavam encontros culturais. Ao longo do tempo, essas atribuições foram sendo transferidas para instituições específicas fora da casa. Ao perder essas funções tradicionais, a casa se volta para uma experiência inédita: fazer parte da formação da identidade. É no século 19 que a palavra “interior” passa a conectar artefatos e espaços da casa ao interior psíquico de seus moradores. Essa mostra não trata de decoração, mas de como a decoração se torna a expressão do caráter e da personalidade de seus moradores.
6. A Cidade Vista de Cima: a última exposição do eixo para entender a Sociedade fica num espaço que leva ao mirante do Edifício-Monumento. Nela, serão apresentadas imagens que mostram os diferentes momentos da história da cidade de São Paulo.
Para Entender o Museu
As exposições deste eixo trarão informações sobre a história do edifício, da instituição e seu ciclo curatorial (aquisição, conservação, catalogação, exposição). Como analisar processos históricos nunca é um trabalho neutro, é fundamental tornar transparente o modo de produção desses conhecimentos, buscando distinguir memória, uma categoria social, da História, uma categoria cognitiva que permite o fenômeno social da memória. Além de uma exposição introdutória sobre esses temas, o eixo conta com mais quatro exposições, que exibirão as maiores coleções do Museu – medalhas, moedas, imagens e objetos do cotidiano, brinquedos e louças nacionais e estrangeiras. Elas serão utilizadas para demonstrar o funcionamento do ciclo curatorial, discutidos a partir de quatro atividades chamadas de 4Cs – Coletar, Catalogar, Conservar e Comunicar.
7. Para Entender o Museu: exposição introdutória sobre o eixo. Conta a história do edifício e da instituição, explicando como é o trabalho na área de História e Cultura Material, como surgiu o Museu e porque ele foi instalado em um edifício projetado para ser um monumento à memória da Independência.
8. Coletar: imagens e objetos. Amostras de nossas coleções são utilizadas para explicar as mudanças nas políticas de coleta de documentos, que levaram tanto a uma ampliação da cadeia de segmentos sociais representados quanto a uma variedade de materiais e técnicas.
9. Catalogar: moedas e medalhas. A prática da catalogação será explorada a partir da tradicional coleção de moedas e medalhas, que tem formas muito estabelecidas de identificação e descrição de seus materiais e suas simbologias.
10. Conservar: brinquedos. São centenas de objetos de brincar de casinha ao lado de carrinhos, espaçonaves e foguetes. Será possível mostrar o trabalho de conservação desde a avaliação na entrada do item na coleção, as atividades de higienização e restauração, os modos de embalar e a guarda nas reservas técnicas.
11. Comunicar: louças. Será possível mostrar como se produz uma exposição, bem diferente da prática de simplesmente expor os objetos, relacionada à seleção, criação e interpretação, portanto, de um processo de conhecimento que está longe de ser neutro ou de atestar uma verdade.
Exposição temporária
Memórias da Independência
A exposição com duração de quatro meses inaugurará a área nova de expansão do Museu sob a Esplanada. Aqui, serão tratadas as diferentes práticas memoriais e comemorativas relacionadas ao processo de Independência, que resultaram em sucessivas celebrações ao longo dos séculos 19, 20 e 21. Por ela, o público poderá entender como o processo de ruptura foi também disputado por projetos celebrativos e festividades que ocorreram em São Paulo, no Rio de Janeiro (a antiga capital) e em Salvador (onde o processo de Independência só foi concluído em 1823).
Museu do Ipiranga – USP
O Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). O Museu está fechado desde 2013. As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é que o museu seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br.
O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.
As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Com informações da Assessoria de Imprensa Museu do Ipiranga
Ascom/Secult
Jazz Meeting reúne expoentes da música contemporânea
A décima edição do Jazz Meeting acontece de 8 a 19 de abril, com eventos presenciais e virtuais gratuitos. Contemplado com o Prêmio Funarte Festivais de Música 2021, o evento reúne expoentes do jazz contemporâneo que protagonizam cinco espetáculos de improvisação e criatividade, características deste gênero musical. Também serão ofertados dois workshops, uma masterclass e um concurso de solo instrumental. Eventos serão realizados online e de forma presencial, em Curitiba.
Os espetáculos de jazz serão transmitidos pelo canal do YouTube “Um café lá em casa”, apresentado pelo músico brasileiro Nelson Faria, de 12 a 16 de abril, sempre às 20 horas, com 40 minutos de duração. No dia 12, o pianista brasileiro Amilton Godoy apresenta um concerto de piano solo, gravado em São Paulo. Já no dia 13, o multi-instrumentista, compositor e arranjador inglês Paul Booth apresenta um show de saxofone, flauta e piano, gravado em Londres. Por fim, no dia 14, o violonista e compositor brasileiro, Eduardo Agni, apresenta um concerto com solo de violão, gravado em São Paulo.
No dia 15, o Endrigo Bettega Quarteto apresenta um espetáculo gravado em Curitiba que contou com os músicos: Endrigo Bettega (bateria), Joel Müller (violão de cinco cordas), Dunga (baixo) e Rogério Leitum (trompete). No dia 16, o Quarteto L’Arianna apresenta um concerto de cordas gravado em São Paulo, com a presença de Claudio Rogério Micheletti (primeiro violino), Karen Lena Micheletti (segundo violino), André Luís Micheletti (violoncelo), Anderson Vargas Santos (viola), Pedro Gadelha (contrabaixo) e o maestro Ricardo Calderoni (violão e direção musical).
Conheça mais detalhes da programação
Workshops - A programação inclui dois workshops. Em 8 de abril, o percussionista, arranjador e compositor paulista João Parahyba ministra um workshop de timbal e bateria, mediado pelo músico paranaense Vina Lacerda, das 17 às 21 horas. O baterista, arranjador e professor de música parnanguara Endrigo Bettega ministrar um workshop de bateria nos dias 9 (das 10 às 13 horas) e 12 (das 19 às 22 horas). Ambos acontecem no Conservatório de MPB de Curitiba.
Masterclass – A musicista de canto lírico e jazz Diana Danieli encerra a programação do Jazz Meeting X Edição com um masterclass de técnica vocal no dia 19 de abril, das 19h às 22 horas, no Conservatório de MPB de Curitiba, com entrada livre para ouvintes.
Concurso – O Jazz Meeting X Edição promove ainda um concurso de vídeos de solo instrumental para músicos de Curitiba com idade entre 18 e 30 anos. As inscrições devem ser feitas na plataforma Prosas (https://prosas.com.br) de 25 de março a 15 de abril. O resultado será divulgado em 20 de abril, com premiação para os três primeiros classificados.
A proposta artística do Jazz Meeting é reunir músicos do cenário contemporâneo da música instrumental jazzística de diversas nacionalidades, trocando experiências e produzindo arranjos originais e inovadores num grande encontro de talentos, estilos e tendências. Conforme os organizadores, desse modo, a produção investe na pesquisa de novas linguagens musicais e no intercâmbio entre músicos em duos, trios, quartetos, ensembles e orquestras.
Desde a primeira edição, em 2008, a direção artística é do violonista André Geraissati, que passou pelos principais festivais internacionais de jazz e lançou vários discos ao longo de sua carreira artística. A produtora cultural do evento, Mirna Dequech Seleme, produz eventos de jazz, música erudita, ópera, recitais e concertos em âmbitos nacional e internacional, incluindo espetáculos no Musikverein, em Viena, e no Carnegie Hall, em Nova York, bem como as turnês EuroArabian Tour em 18 países e Route to Brazil, nos EUA e na Europa. Recebeu o Prêmio Trajetória Cultural 2020.
Serviço
Jazz Meeting X Edição
De 8 a 19 de abril de 2022
Entrada livre em todas as atividades
Eventos virtuais: www.youtube.com/c/umcafelaemcasa
Concurso de solo instrumental: https://prosas.com.br
Eventos presenciais: Conservatório de MPB de Curitiba
Endereço: Rua Mateus Leme, 68 – São Francisco - Curitiba/PR
Com informações da Funarte
Ascom/Secult
Curso sobre nacionalismo na língua portuguesa
Para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil, embaixadas e consulados nas cidades de Maputo, Varsóvia, Helsinque, Santiago, São José, Seul, Tóquio, Assunção, Cantão, Madri e Barcelona convidaram leitores, professores e intelectuais locais para ministrar o curso online "200 anos de Nacionalismo Literário no Brasil", inteiramente gratuito e aberto ao público. O público-alvo é amplo, consistindo desde alunos dos centros culturais e dos leitorados a professores locais de língua portuguesa e de literatura brasileira, filólogos, escritores, editores, brasilianistas, membros da comunidade brasileira e outros interessados.
Sob a coordenação pedagógica do Prof. Dr. Alexandre Pilati, o curso contará com sete aulas baseadas em artigos, excertos e seletas de poemas de escritores brasileiros tão importantes quanto Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Machado de Assis, José de Alencar, Maria Firmina dos Reis e Mário de Andrade.
Como o nacionalismo tem se refletido em nossa literatura ao longo dos últimos 200 anos? O que a brasilidade traz de diferente ao processo criativo de escrever? Como outras culturas abordaram o nacionalismo em suas literaturas?
A programação, os textos básicos, as videoaulas e o canal de contato para o envio de perguntas e sugestões foram concentrados no endereço https://www.brazilianculturalinstitute.fi/nacionalismo-literario.
Com informações do Ministério das Relações Exteriores
Ascom/Secult
CNIC: 326ª reunião
Turismo, cultura e fé: espetáculo Paixão de Cristo atrai milhares de pessoas em Brejo da Madre de Deus (PE)
Quem pretende assistir ao espetáculo Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, no município do Brejo da Madre de Deus (PE), precisa ficar atento ao calendário: a temporada de 2022 termina no próximo sábado (16.04). A peça teatral, que volta a ser realizada após dois anos, conta a vida de Jesus em nove palcos-plateia em cidade cenográfica de 100 mil m². Desde 1968, durante a Semana Santa, o palco gigantesco recebe cerca de 60 mil pessoas neste que é considerado o maior teatro ao ar livre do mundo. O show tem início às 18h, mas os portões são abertos às 16h.
A cidade-teatro é cercada por uma muralha de pedras de quatro metros de altura e com 70 torres de sete metros cada uma. A encenação, que conta com 450 atores e figurantes, além de centenas de outros profissionais envolvidos, reproduz arruados, ruelas, grandes pátios e jardins da Jerusalém dos tempos de Jesus, como os cenários do Templo, do Fórum Romano, do Palácio de Herodes, da Via Sacra e do Monte do Calvário.
Ao longo dos anos, o espetáculo Paixão de Cristo já atraiu mais de 4 milhões de espectadores, muitos deles turistas de outros estados e do exterior. Os reflexos do aumento do fluxo de turistas também são sentidos no comércio dos municípios do Agreste, situados no entorno de Nova Jerusalém, como Caruaru, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama.
No último sábado (09.04), o ministro do Turismo, Carlos Brito, prestigiou a abertura da temporada 2022 do espetáculo Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. “Este evento é a cara de Pernambuco e do Brasil. Além da representatividade religiosa, a Paixão de Cristo traz impactos significativos para o nosso setor, ofertando empregos e desenvolvimento para todas as cidades abordadas pelo evento”, destacou Brito.
Na cidade de Brejo da Madre de Deus circulam cerca de 250 mil pessoas durante a temporada. A outra parte é atraída pelos shows no entorno da cidade-teatro e a feira de artesanato e pavilhão de alimentação que funciona próximo ao evento. A expectativa é de que, ao todo, cerca de R$ 200 milhões sejam movimentados na economia local em função do espetáculo, incluindo o comércio formal, feira de artesanato, hotéis, pousadas e transportes turísticos.
LEI DE INCENTIVO - A Portaria 762, publicada no dia 30 de dezembro de 2021 no Diário Oficial da União, autorizou o Espetáculo Paixão de Cristo de Nova Jerusalém a captar R$ 2,9 milhões via Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. A Lei, que tem critérios estabelecidos pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, é a principal ferramenta de fomento à Cultura do Brasil e contribui para que milhares de projetos culturais aconteçam, todos os anos, em todas as regiões do país.
Por meio dela, empresas e pessoas físicas podem patrocinar espetáculos – exposições, shows, livros, museus, galerias e várias outras formas de expressão cultural – e abater o valor total ou parcial do apoio do Imposto de Renda.
Perguntas e Respostas
Qual o período de realização do espetáculo?
A temporada de 2022 ocorre entre os dias 9 e 16 de abril.
Qual o horário de abertura dos portões?
A porta dos leões, que dá acesso ao teatro, é aberta pontualmente às 16:00.
Qual o horário de início do espetáculo?
Pontualmente às 18:00, todos os dias.
São quantos espetáculos por dia?
Apenas um espetáculo por dia, começando pontualmente às 18h.
O teatro disponibiliza cadeira de rodas para pessoas com dificuldade de locomoção?
Sim, após entrar no teatro, próximo ao primeiro cenário, existem várias cadeiras de rodas à disposição dos espectadores gratuitamente, porém, o teatro não disponibiliza condutores.
O público assiste ao espetáculo em pé ou sentado?
Em pé. O teatro é ao ar livre e as cenas acontecem em cenários diferentes. O público deve se deslocar entre os cenários entre uma cena e outra. Não é permitido entrar no teatro com nenhum tipo de cadeiras, assentos e/ou bancos.
Qual o tempo de duração do espetáculo?
Em média o espetáculo dura 3h. O tempo pode variar de acordo com o tamanho do público, pois o público se movimenta entre os cenários e quanto maior o público, maior o tempo de deslocamento.
Para mais informações:
https://www.novajerusalem.com.br/
https://www.novajerusalem.com.br/faq
Com Informações da Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Ascom/Secult
10ª Concurso de Ajudas Mesa de Acompanhamento
Até 05 de junho de 2022 o Programa Ibero-Americano de Bibliotecas Públicas (Iberbibliotecas) recebe inscrições no 10º Concurso de Ajudas, que vai financiar projetos em bibliotecas com valores de 10 ou 20 mil dólares. Podem se inscrever bibliotecas públicas, comunitárias e sistemas/redes de bibliotecas.
O concurso é uma ação do SNBP realizada por meio do IBERBIBLIOTECAS, do qual o Brasil integra como membro efetivo, contribuindo com taxa anual que garante a participação de bibliotecas públicas e comunitárias brasileiras em todas as iniciativas que envolvem o Programa.
Para apoiar os profissionais com as dúvidas sobre o concurso e propor trocas de experiências, o Iberbibliotecas vai realizar um bate-papo online.
Escolha o melhor dia e horário, faça sua inscrição e participe!
04/05, às 19h, inscrições em: bit.ly/3Ozfs3I ou
05/05, às 10h, inscrições em: bit.ly/3LrMZKY
Mediação: Hanna Gledyz, especialista da #MesaDeAcompanhamento do Concurso.
Ascom/Secult
Edital de Credenciamento para Realização de Espetáculos de Circo, Dança, Teatro e Música na Funarte SP
A partir do dia 3 de maio de 2022 estão abertas as inscrições para edital de credenciamento que visa à contratação de até dez artistas, grupos e/ou companhias, representados por pessoa jurídica de direito privado - com ou sem fins lucrativos, de natureza cultural - para a realização de espetáculos de circo, dança, teatro e música, no Complexo Cultural Funarte SP e no Teatro de Arena Eugênio Kusnet.
Os projetos devem ter potencial para formação de público.
A ação comemora os 45 anos da Funarte SP e o Dia Nacional das Artes, 12 de agosto. As temporadas deverão ser realizadas desde esta data até 2 de outubro de 2022. Os espaços estarão disponíveis de quarta-feira a domingo, entre 14h e 21h30.
O edital foi publicado no Diário Oficial da União do dia 2 de maio de 2022, Edição 81, Seção 3, Página 171.
Acesse aqui o formulário de inscrição
Acesse aqui as especificações técnicas da Sala Carlos Miranda (Complexo Cultural Funarte SP)
Acesse aqui as especificações técnicas da Sala Renée Gumiel (Complexo Cultural Funarte SP)
Acesse aqui as especificações técnicas da Sala Guiomar Novaes (Complexo Cultural Funarte SP)
Acesse aqui as especificações técnicas do Teatro de Arena Eugênio Kusnet
Acesse aqui o formulário para recursos
Acesse aqui a minuta do Termo de Responsabilidade e Compromisso
A Funarte destaca que é necessária a leitura atenta do edital e de todos os documentos a ele relacionados.
Eventuais dúvidas podem ser enviadas para o e - mail: comunicacao.sp@funarte.gov.br.
Ascom/Secult
Prêmio Funarte às Famílias Circenses e às Artes nas Localidades - Edição 2022
A Fundação Nacional de Artes lança, no dia 30 de março, quarta-feira, o Prêmio Funarte às Famílias Circenses e às Artes nas Localidades – Edição 2022, que beneficiará 40 iniciativas promovidas por famílias de circo, por meio de edital público nacional. As inscrições são gratuitas.
Cada contemplado receberá o valor de R$15 mil e o total investido é de R$ 600 mil. As premiações serão concedidas a famílias que se dediquem a ações de natureza artística e cultural circense. Podem ser apresentações, oficinas, palestras, intervenções, vivências, trocas de saberes e atividades de produção nas localidades, entre outras, de caráter fixo ou itinerante.
Poderão ser inscritas propostas já executadas, realizadas por famílias circenses, "pessoas físicas ou pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, com natureza ou finalidade cultural", e que envolvam a linguagem do circo, informa o edital, em seu item 4.1.
Além da concessão de prêmios por iniciativas já empreendidas, o concurso contribuirá para o incentivo às atividades realizadas pelas famílias dedicadas a essa atividade artística – com destaque para o benefício e o impacto causados nas localidades onde foram efetuadas.
As premiações serão distribuídas em três categorias, da forma abaixo:
- Pessoa Física (representante de Família Circense): 20 prêmios, no total de R$ 300 mil;
- Pessoa Jurídica (Grupos circenses, Circos e Instituições com finalidade no segmento artístico):15 prêmios, no total de R$ 225 mil;
- Pessoa Jurídica Acessibilidade (Ações voltadas às pessoas com deficiência): cinco prêmios, no total de R$ 75 mil.
Com a realização do Prêmio Funarte às Famílias Circenses e às Artes nas Localidades, a Fundação valoriza a cultura nacional, considerando suas várias matrizes e formas de expressão; e estimula as iniciativas artísticas e culturais das diferentes comunidades e grupos da sociedade brasileira. Assim, contribui para o reconhecimento das atividades que fortalecem e articulam as cadeias e os arranjos produtivos locais, formadoras da economia criativa. Com isso, estimula ações que engrandecem as atividades dos artistas brasileiros – neste caso, dos integrantes das famílias circenses.
Gratuitas, as inscrições estarão abertas pelo prazo de 45 dias corridos, contados a partir do primeiro dia útil da publicação da portaria que institui o edital (acessível nesta página), no Diário Oficial da União. As inscrições começam às 9h01min, horário de Brasília, a partir do primeiro dia útil após a data da publicação do edital no D.O.U.; portanto, o prazo é de 30 de março, quarta-feira, a 13 de maio de 2022, sexta-feira. No último dia, as inscrições se encerrarão às 17h59min, horário de Brasília.
As inscrições deverão ser feitas exclusivamente pela internet, mediante o preenchimento e envio do formulário on-line, acessível abaixo.
Mais informações sobre as inscrições estão no item 6 do edital.
A Funarte lembra que é necessária a leitura atenta de todo o documento, também disponível abaixo.
Acesse aqui o edital
Acesse aqui o formulário de inscrição
Outros documentos relacionados estão nesta página, na coluna Arquivos Relacionados (à direita).
Dúvidas e outras informações: coordenacao.bsb@funarte.gov.br
Ascom/Secult
Em Igarassu (PE), Igreja mais antiga existente no Brasil é restaurada
Com origem no século XVI, em 1535, a Igreja de São Cosme e São Damião, em Igarassu (PE), é considerada a mais antiga existente no Brasil. Esse icônico testemunho da história do país acaba de passar por um amplo restauro que tanto preserva as características históricas do bem cultural quanto implementa melhorias que viabilizam o uso contemporâneo do conjunto. A intervenção também contemplou o sobrado da Casa Paroquial, ao lado do templo.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investiu 4,2 milhões de reais nas obras, executadas pelo Instituto para o Desenvolvimento Humano (IDH). Autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acompanhou de perto todo o processo do restauro. Também participaram dos trabalhos a Administração Paroquial dos Santos Cosme e Damião e a Prefeitura de Igarassu.
As intervenções contemplaram o restauro dos seguintes elementos: capelas e respectivos altares, elementos de cantaria, bens integrados de madeira e imagens sacras. Além disso, foram executadas pinturas em todo o conjunto, recuperação das coberturas e renovação das instalações elétricas. Na área externa também foram construídos banheiros, deck de madeira, passarela interligando a igreja à Casa Paroquial; bem como espaços museológicos e de cafeteria no pavimento superior do sobrado da Casa Paroquial, que agora passa a funcionar como espaço cultural.
A igreja é tombada pelo Iphan desde 1951, quando foi inscrita nos Livros de Tombo Histórico e de Belas Artes. O templo, que se destaca como a igreja matriz de Igarassu, tem seu nome em homenagem aos santos padroeiros da cidade.
A história de Igarassu
Traçado urbano irregular e casarios centenários são apenas alguns dos atrativos de Igarassu, considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo.
A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião.
Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras.
Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas.
A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.
A fim de preservar a memória igarassuense, em 2020 o Iphan investiu aproximadamente R$ 180 mil em obras de conservação e manutenção do Sobrado do Imperador. Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade.
O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas.
Com Informações do Iphan
Ascom/Secult
Assessoria de Comunicação Iphan - Daniela Reis