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ENERGIA ELÉTRICA
CREG avalia os impactos de suas decisões na garantia do atendimento energético no País ao longo de 2021
CREG avalia os impactos de suas decisões na garantia do atendimento energético no País ao longo de 2021 - Foto: Bruno Spada/MME
A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) se reuniu nesta sexta-feira (5/11) e avaliou as condições hidroenergéticas verificadas no País, bem como os ganhos obtidos ao longo do segundo semestre de 2021, advindos das decisões do colegiado, e as perspectivas futuras, além de encaminhamentos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Com relação ao cenário meteorológico, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) destacou que, comparativamente a outubro de 2020, houve aumento significativo das chuvas no País no último mês, contribuindo para a melhora no armazenamento hídrico, inclusive na parte central do Brasil. Apesar disso, as condições do solo ainda permanecem bastante secas, impactando a transformação das chuvas em vazões, ou seja, nos volumes de água que chegam nos reservatórios do País. A expectativa é de permanência da precipitação em relevantes bacias hidrográficas.
Adicionalmente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou as condições de atendimento e as perspectivas para os próximos meses, com destaque para a melhora dos cenários avaliados, sob a ótica do atendimento eletroenergético, reflexo da configuração do período tipicamente chuvoso e da possibilidade de aumento do armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Assim, as novas projeções indicam, para 2021, o atendimento da carga de energia elétrica nos cenários avaliados, sem que haja necessidade de uso da reserva operativa para atendimento de potência, inclusive no cenário conservador apresentado.
O ONS apresentou também mensuração dos impactos das medidas excepcionais indicadas pelo CMSE e pela CREG, que foram fundamentais para a garantia da segurança do atendimento ao SIN e permitiram ganhos de armazenamento da ordem de 14% da EARmáx do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, avaliados até o mês de setembro de 2021.
O ONS ponderou que, a despeito da melhoria nas condições de atendimento eletroenergético tanto para 2021 quanto para 2022, a situação está longe de caracterizar uma normalidade operativa. Permanece, portanto, a situação de atenção e o monitoramento continuará a ser respaldado pelos estudos prospectivos elaborados pelo ONS e pelo acompanhamento das demais medidas excepcionais em curso, fundamentais para a garantia da segurança do atendimento, especialmente para 2022.
Diante dos resultados apresentados e para continuidade do enfrentamento da conjuntura atual, a CREG decidiu por recepcionar encaminhamento advindo do CMSE relativo à permanência de flexibilizações hidráulicas nas usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera, no período entre os meses de março a outubro de 2022. Assim, deverão ser adotadas defluências mínimas de 2.300 m³/s e 2.900 m³/s de abril a outubro de 2022, respectivamente, sendo março o mês de transição com redução das defluências. Essa medida busca preservar os usos da água, de forma a auxiliar a recuperação e reduzir o deplecionamento do armazenamento equivalente do SIN, garantindo também a segurança da operação eletroenergética durante o próximo ano.
Foi noticiada também a realização, em 25 de outubro de 2021, do Procedimento Competitivo Simplificado, que resultou na contratação de energia advinda de 17 usinas com 1,2 GW de potência instalada, com o objetivo de preservar a continuidade e a segurança do suprimento de energia elétrica aos consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN). A contratação, possibilitada pela Resolução CREG nº 4/2021, foi realizada na forma de energia de reserva e o suprimento deve ser feito entre maio de 2022 a dezembro de 2025.
Por fim, foi destacada a proximidade do fim da vigência da Medida Provisória (MP) 1.055/2021, que instituiu a CREG, implicando o encerramento dos trabalhos da Câmara, no caso de a MP não ser recepcionada pelo Congresso Nacional. Conforme registrado, os resultados avaliados ao longo da reunião evidenciam a assertividade dos esforços empreendidos por todos os seus membros e respectivas Pastas Setoriais por meio de robusta atuação conjunta, com a necessária tempestividade na tomada de decisão, provendo a devida segurança e confiabilidade no fornecimento de energia elétrica no País e preservação dos usos da água mesmo diante de cenário bastante adverso de escassez hídrica.
Os temas então debatidos na CREG continuarão a ser avaliados permanentemente no âmbito do Governo Federal por meio das governanças já estabelecidas, com a continuidade da participação, articulação e decisão multissetorial, com os endereçamentos adequados às competências de cada órgão ou instituição.
As definições finais sobre a reunião da CREG serão consolidadas em ata devidamente aprovada pelos participantes do colegiado e divulgadas no site do Ministério de Minas e Energia (MME).
Informações adicionais:
Acesse aqui a Nota Informativa da 255ª Reunião do CMSE (Extraordinária).
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