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Pesquisa analisa ações de SST em Instituições Federais de Ensino Superior
Estudo, publicado pela Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO), analisa a implementação de ações de segurança e saúde no trabalho (SST) pelo Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), criado em 2009, em Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). O foco das unidades do Siass nesses locais se concentra em perícias médicas, e faltam ações voltadas para assistência e prevenção.
Essa conclusão é fruto de pesquisa qualitativa de cunho exploratório e descritivo com base em pesquisa bibliográfica e questionário on-line. Os pesquisadores analisaram respostas de 59 servidores com cargos técnicos na área de SST de 44 Ifes, das cinco regiões do Brasil, que contavam com uma unidade de Siass em funcionamento na instituição. A análise teve como base a perspectiva fenomenológica.
“As ações de prevenção se concentram nas próprias unidades das IFES e não são levadas aos demais órgãos. O principal serviço oferecido pelas unidades do SIASS aos órgãos partícipes é o da perícia oficial. Em regra, os entrevistados disseram que isso ocorre muito em virtude da ausência de estrutura e da falta de equipe técnica de SST”, afirmam os autores.
A pesquisa mostrou uma prevalência de ações com foco no controle de afastamento de servidores. Projetos de prevenção em SST, quando ocorrem, limitam-se à Ifes em que a unidade do Siass está localizada. Os entrevistados reconhecem a importância do Siass como política pública para os servidores, no entanto, percebem a necessidade de iniciativas governamentais para consolidação efetiva.
Para os pesquisadores, é fundamental ouvir os atores envolvidos, especialmente os que atuam em SST, e rever a questão de falta de recursos materiais e humanos, por meio de investimentos e concurso público. Esse artigo se baseia na dissertação de mestrado de Gustavo Caetano Torres - “Gestão de segurança e saúde no trabalho em instituições federais de ensino superior: uma contribuição para a definição de política e diretrizes”, do então Programa de Pós-Graduação “Trabalho, Saúde e Ambiente” da Fundacentro.
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