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Funasa apresenta projeto de educação popular para comunidades rurais e indígenas
Sanea Brasil
A integração entre conhecimentos populares e técnicos tem se mostrado um dos caminhos mais eficazes para promover saúde, sustentabilidade e inclusão em territórios vulneráveis. É com essa proposta que o trabalho "Educação Popular em Saúde e Saneamento Ambiental: Formação Transformadora em Comunidades Rurais e Indígenas" será apresentado no 2º Sanea Brasil - Congresso Internacional de Saneamento Rural, que será realizado de 29 a 31 de outubro, na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE).
Desenvolvido pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Superintendência Estadual no Tocantins (Suest-TO), em parceria com o Ministério da Saúde, o projeto tem foco na capacitação de agentes populares, profissionais de saúde e lideranças comunitárias, fortalecendo a autonomia dos territórios e a implementação de políticas públicas de saneamento básico e ambiental.
Com uma carga horária de 120 horas distribuídas em cinco módulos, a formação utilizará metodologias participativas que valorizam o diálogo entre profissionais e comunidades. O curso abrange temas como gestão participativa, território e memória social, mudanças climáticas e práticas sustentáveis.
"A educação popular é uma estratégia essencial para fortalecer as políticas de saneamento básico, pois permite que a própria comunidade seja protagonista das transformações em seus territórios", destaca uma das autoras do trabalho, Ana Marise Pereira Gomes, chefe da da Divisão de Saúde Ambiental da Superintendência Estadual da Funasa no Tocantins (Disam/Suest-TO).
Desafios no saneamento básico
O trabalho, elaborado em coautoria com Rosany Lopes Martins, do Distrito Sanitário Especial Indígena do Ministério da Saúde no Tocantins, aponta os desafios persistentes no acesso ao saneamento básico em áreas rurais e indígenas, onde a falta de infraestrutura impacta diretamente a saúde pública. O objetivo é reduzir desigualdades territoriais e promover a integração entre saúde, ambiente e participação social, com respeito à diversidade cultural e valorização dos saberes locais.
Para tanto, a ideia é consolidar uma rede de agentes de mudança para o enfrentamento das desigualdades socioambientais em comunidades rurais, fomentando processos de conscientização, incentivando a construção coletiva de soluções e contribuindo para o fortalecimento da autonomia territorial e para a ampliação do alcance das políticas públicas de saneamento.
"Com uma metodologia pautada no diálogo, com atividades coletivas e emancipadoras, utilizando a arte ancestral e a educação popular, essa formação se consolida como um meio eficaz para promover a universalização do saneamento básico, a redução das iniquidades sociais e a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida das populações envolvidas", aponta Ana Marise.
O projeto será executado pela Funasa, por meio do Acordo de Cooperação Técnica com parceiros municipais, incluindo prefeituras e instituições de ensino, com a participação de técnicos da Divisão de Saúde Ambiental da Suest-TO. A formação é direcionada principalmente a Agentes Comunitários de Saúde, Agentes Indígenas de Saúde e de Saneamento, Agentes de Endemias, representantes do controle social e a comunidade local.
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