Painel na Casa do Saneamento debate prioridades globais do setor diante da crise climática

A Casa do Saneamento da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Belém (PA), foi palco nesta terça-feira (18/11) de um debate sobre a relação entre saneamento e as mudanças climáticas globais. A atividade, promovida pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), integrou a série de eventos Papo de Saneamento, uma iniciativa da Funasa em parceria com diversas instituições durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

O painel "Saneamento e Clima: Pautas Prioritárias para a Agenda Global" abordou os desafios e oportunidades das políticas públicas para o setor de saneamento diante das mudanças climáticas. O encontro na Casa do Saneamento destacou o papel estratégico das empresas estaduais na construção de uma agenda ambiental mais robusta.

O debate utilizou como referência técnica dois estudos da Série Universalizar da Aesbe: Volume 12 - "Saneamento e Clima: Pautas Prioritárias para a Agenda Global"; e Volume 9 - "Agenda de Políticas Públicas sobre Mudança Climática para o Setor de Saneamento".

Especialistas e representantes das companhias estaduais associadas à Aesbe participaram da roda de conversa, discutindo ações estratégicas, inovações tecnológicas e instrumentos de governança que podem aprimorar a formulação de políticas públicas. A meta é criar soluções mais eficazes para o enfrentamento da crise climática no Brasil.

Gestão e resiliência hídrica

Segundo o presidente da Funasa, Alexandre Motta, o debate apontou a urgência de integrar a gestão climática e o planejamento do saneamento. Ele ressaltou que é preciso promover a resiliência das infraestruturas hídricas, ponto considerado essencial para garantir a segurança ambiental e a sustentabilidade urbana, rural e de comunidades mais afastadas diante dos impactos do clima.

A programação da Casa do Saneamento ao longo da COP30 será finalizada nesta quarta-feira (19/11), no Dia Mundial do Banheiro, com o encontro "Saneamento para quem não tem: o Brasil que não tem banheiro". A data simbólica reforça o compromisso com a dignidade sanitária e a universalização do acesso no país.

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