Amazônia vai receber 2,6 mil unidades do Salta Z para saneamento básico

O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Alexandre Motta, anunciou neste sábado (15/11) que a Região Amazônica vai receber em breve um grande investimento em saneamento básico, com a instalação de milhares de unidades do Salta Z para garantir água tratada em comunidades ribeirinhas e localidades de difícil acesso. "A Funasa está elaborando um processo licitatório amplo, que possa trazer em torno de 2,6 mil unidades Salta Z para a Região Norte", afirmou, durante painel no estande do Instituto Evandro Chagas (IEC), na Green Zone da COP 30.

O Salta Z é um sistema simplificado de tratamento d'água desenvolvido por técnicos da Superintendência da Funasa do Pará. A medida reforça uma nova orientação institucional, que passou a ter a região Amazônica como "frente de batalha" estratégica. 

Motta explicou que, no saneamento urbano, a Funasa atua apenas em municípios com menos de 50 mil habitantes, mas que no saneamento rural essa atuação não tem restrições. "No saneamento rural, nós não temos limite. O nosso mandato é para 8,511 milhões de km²", enfatizou. 

Segundo ele, com a crise climática e as estiagens - especialmente a estiagem de 2024 -, a Funasa tomou a decisão de abrir uma nova frente de batalha. "E essa frente de batalha é a região Amazônica", apontou.

Nesse contexto, a estratégia voltada para a Região Norte é "uma manifestação da importância de estar próximo do território, para a Funasa entender a cultura, entender o bioma e ter melhor capacidade de atuação".

A mediadora do painel, professora Raimunda Monteiro, reforçou a importância da integração entre a operação da Funasa e o conhecimento produzido pela comunidade científica, defendendo uma articulação ágil e prática entre instituições como Funasa, Fiocruz, IEC e universidades. "A Funasa atuando intensamente no interior da Amazônia é o nosso sonho", declarou.

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