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Funasa participa do 53º Congresso da Assemae
Foto: Weverton Soares/Assemae
Nesta segunda-feira (23), a cidade goiana de Caldas Novas sediou a abertura oficial do 53º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae (CNSA). A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) marcou presença como patrocinadora ouro e referência no setor, em um evento que reúne cerca de 3 mil participantes, incluindo gestores públicos, técnicos, empreendedores, pesquisadores, estudantes e profissionais do setor de saneamento básico, no Centro de Convenções DiRoma, até a próxima sexta-feira (27).
Durante a solenidade, que aconteceu às 19h, o presidente Alexandre Motta falou sobre a importância da fundação e nos desafios de implementar o saneamento no país nos próximos anos.
"Eu estou representando a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com a fusão da Fsesp e da Sucam, uma instituição com mais de 80 anos de serviços prestados ao país, dedicados a tentativa de melhorar esses indicadores do saneamento e hoje, a gente tem uma grande alegria em ouvir sobre a universalização do saneamento e ter isso como uma grande referência. Mas a gente está hoje em novos tempos e precisa compreender e ter um certo senso de urgência em relação ao saneamento e da sua inter-relação com a crise climática que está diante de nós".
- O 53º Congresso Nacional de Saneamento da Assemae (CNSA) reúne cerca de 3 mil participantes, incluindo gestores públicos, técnicos, empreendedores, pesquisadores, estudantes e profissionais do setor de saneamento básico, no Centro de Convenções DiRoma até a próxima sexta-feira (27).
Motta ressaltou ainda a expertise e o modelo de gestão da Funasa que influenciou estados e municípios a criarem entidades de saneamento em suas regiões.
"A Funasa está nessa luta há oito décadas. Parte dos serviços municipais de saneamento existentes no Brasil se deram a partir de um esforço da Funasa de criação dessas instituições, de estímulo de criação dessas instituições e até, há algumas décadas atrás, até na operação cotidiana dessas instituições. Uma outra parte das entidades se criou a partir da inspiração dessas primeiras instituições. A gente tem muito orgulho disso, assim como cada servidor da Funasa".Funasa participa de debates sobre saneamento
Antes da abertura, ainda no decorrer da tarde, o presidente da Funasa e o diretor do Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp), José Antônio Ribeiro, participaram de discussões sobre saneamento.
Entre 14h às 17h, o diretor do Densp participou da "Mesa-redonda 2: Saneamento básico - Como universalizar? Esgotamento sanitário tratado - alternativas eficientes", na Sala 7. Em sua apresentação, Ribeiro falou sobre o trabalho da fundação em meio as mudanças no setor de saneamento e as entidades públicas do Governo Federal que as representam.
"Pensando em uma nova avaliação do governo, precisamos ainda de uma instituição, como a Funasa, que atue, principalmente, os pequenos municípios, com o saneamento rural. A gente vê aí o quão é importante propor soluções que passam pela regulação dos serviços nas áreas rurais, pelas periferias urbanas. São desafios que o Brasil tem para enfrentar".Simultaneamente, Alexandre Motta participou da "Mesa-redonda 3: Desafios e perspectivas para a implementação do saneamento rural", na Sala 8. Ele destacou a complexidade de levar saneamento a um país de dimensões continentais, especialmente para municípios que abrigam uma parcela significativa da população em áreas rurais e cidades de pequeno porte.
"Dos 5.570 municípios, 4.914 tem até 50 mil habitantes. Isso representa 88% de todos os municípios brasileiros. São aproximadamente 64 milhões de pessoas. A atuação da Funasa se dá, fundamentalmente, no saneamento rural e nesses municípios com até 50 mil habitantes, desde que não façam parte de regiões metropolitanas ou de RIDEs. Fazer saneamento rural em todo o território nacional é profundamente desafiante. Eu costumo dizer que os Correios que chegam em todo o território nacional, em todos os lugares que tenham CEP. A Funasa vai além e chega também a lugares onde não tem", enfatizou.Motta também ressaltou a natureza engajadora da causa do saneamento, que mobiliza milhares de profissionais em todo o país.
"Saneamento não é só atividade profissional, é militância. Todo mundo que trabalha no saneamento é um militante pela causa. As pessoas se aposentam das instituições, mas nunca se aposentam do saneamento. Isso é um elemento diferenciador do setor".
- 53º CNSA - Mesa-redonda 3: Desafios e perspectivas para a implementação do saneamento ruralMotta destacou a complexidade de levar saneamento a um país de dimensões continentais, especialmente para municípios que abrigam uma parcela significativa da população em áreas rurais e cidades de pequeno porte. Fotos: Weverton Soares/Assemae


