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Funasa quer ampliar voz do saneamento brasileiro no cenário internacional
Painel da Funasa debateu aprendizados da COP30 e preparação do Brasil para eventos como a Conferência Mundial da Água de 2026. Foto: Edmar Chaperman/Funasa
O fortalecimento do saneamento brasileiro no cenário nacional e internacional foi o eixo central do painel “Caminhos para o Planejamento Estratégico Pós-COP30”, realizado na tarde dessa segunda-feira (02/12), durante o Seminário Nacional Universalizar – Aesbe 41 anos. Conduzida pelo presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Alexandre Motta, a mesa reuniu representantes de instituições-chave do setor para discutir os aprendizados da COP30 e a preparação do Brasil para eventos como a Conferência Mundial da Água de 2026, nos Emirados Árabes Unidos.
“O saneamento brasileiro tem o que dizer, tem o que apresentar, tem o que contribuir. E as pessoas precisam nos ouvir. Não podemos cair na síndrome de vira-lata. Queremos dialogar com todos e também temos muito a oferecer”, afirmou Motta.
Para ele, a COP30 evidenciou um desequilíbrio entre a centralidade da agenda de segurança hídrica e a baixa presença do saneamento nas discussões globais. “Não consigo imaginar segurança hídrica sem saneamento. E essa conexão ainda não tem aparecido com a força necessária nos grandes fóruns internacionais”, ponderou.
Brasil como porta-voz
O presidente da Funasa lembrou que a Casa do Saneamento – iniciativa colaborativa da Funasa com a Aesbe e outras entidades do setor – foi decisiva para garantir visibilidade ao tema durante a COP. No entanto, ainda há um longo caminho para consolidar o saneamento como pauta estruturante nas negociações climáticas e ambientais. “Fora da Casa do Saneamento e da Vila das Águas, da Sabesp, esse debate não ganhou destaque. Isso precisa ser motivo de preocupação e de ação conjunta”, observou.
Motta reforçou que 2026 será um ano estratégico, marcado por uma nova COP e, sobretudo, pela realização da Conferência Mundial da Água, considerada por ele “o ápice do calendário internacional do saneamento”. Segundo o presidente, o Brasil precisa chegar mais preparado e com presença ampliada, levando a experiência acumulada na COP30 e fortalecendo seu papel como porta-voz dos países em desenvolvimento.
Também participaram da discussão o presidente do Conselho Fiscal da Aesbe e presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Luiz Cavalcante Peixoto Neto; o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Maluf Filho; a diretora Executiva da Abcon, Christianne Dias Ferreira; a presidente da Regional Goiás da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae-GO), Ágatha Cristine Florêncio; e o representante do Fórum Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas (FNCBH), Rafael Guimarães.
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