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Retrospectiva 2025
Funasa inclui saneamento rural no centro da agenda climática
Funasa destacou papel estratégico do saneamento rural em evento da Aesbe, em março - Foto - Divulgação Aesbe
A relação direta entre saneamento básico, saúde pública e enfrentamento das mudanças climáticas passou a ocupar lugar central na agenda da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) logo no primeiro trimestre de 2025. Em março, a instituição destacou o papel estratégico do saneamento rural durante o workshop “Saneamento em Ação: rumo à COP30”, promovido pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), no Rio de Janeiro, abrindo uma série de articulações que marcariam o ano da Fundação.
O encontro reuniu dirigentes de companhias estaduais de água e esgoto, gestores públicos, especialistas e representantes do setor para discutir os impactos da crise climática sobre os serviços de saneamento. A Funasa defendeu que a adaptação às mudanças do clima exige políticas públicas que considerem as especificidades dos pequenos municípios e das áreas rurais, frequentemente mais vulneráveis a eventos extremos como secas e enchentes.
Durante o debate, o presidente da Funasa, Alexandre Motta, reforçou que a universalização do saneamento passa necessariamente pela valorização dessas realidades. “O saneamento deve ser abordado de forma integral. É um erro tratar o saneamento urbano e o rural da mesma maneira. No Brasil, 88% dos municípios têm menos de 50 mil habitantes e abrigam um terço da população. Não há universalização sem considerar os pequenos municípios e as áreas rurais”, afirmou.
Casa do Saneamento
O workshop também marcou o lançamento do documento “Saneamento e Mudança Climática: Diretrizes das Companhias de Água e Esgoto para o enfrentamento de eventos anormais”, construído a partir de contribuições de prestadores de serviços de diferentes regiões do país. O material aponta caminhos para fortalecer a resiliência dos sistemas de saneamento frente aos efeitos da crise climática, especialmente em territórios com maior fragilidade socioambiental.
Ainda durante o evento, foi anunciada a criação da Casa do Saneamento na COP30, iniciativa pensada para ampliar o diálogo sobre saneamento básico no contexto das mudanças climáticas. Ao longo de 2025, a atuação conjunta da Funasa com a Aesbe e outras entidades do setor se consolidou em agendas técnicas, debates e articulações institucionais, culminando no lançamento desse espaço em Belém (PA) como símbolo do esforço coletivo para colocar o saneamento – urbano e rural – no centro da agenda climática brasileira e global.
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