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Foco da Funasa para 2026 será em saneamento rural, formação técnica e Região Norte
Presidente da Fundação, Alexandre Motta, em Brasília, durante reunião com os 26 superintendentes estaduais da instituição. Foto: Edmar Chaperman
O foco estratégico da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em 2026 será na ampliação do saneamento rural, na retomada dos processos de formação, qualificação e assistência técnica, e na abertura de uma nova frente de ação na Região Norte do País. O direcionamento foi dado na manhã desta segunda-feira (01/12) pelo presidente da Fundação, Alexandre Motta, em Brasília, durante reunião com os 26 superintendentes estaduais da instituição.
Motta destacou que o processo de reestruturação da Funasa – extinta e recriada em 2023 – está se consolidando, com o aumento do diálogo e da interação com entidades do setor de saneamento e com outros órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Agora, é preciso avançar na execução de obras e transferência de recursos, para aumentar a visibilidade e fortalecer a credibilidade da Fundação.
“Precisamos solucionar problemas que podem criar impedimentos à atuação da Funasa, para seguir na estratégia de dar mais visibilidade e credibilidade, sempre combinada com resultados e entregas para melhorar as condições de vida da população”, disse o presidente.
Áreas rurais e qualificação
Um dos principais instrumentos nesse sentido é a institucionalização do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), que beneficia as populações residentes em áreas rurais, as comunidades tradicionais e os povos originários. “Vamos nos aproximar mais das entidades representativas do agro, para ouvir quais são as necessidades do setor e mostrar que a Funasa está empenhada em levar o saneamento para as áreas rurais de forma sustentável”, explicou.
Outra prioridade é a retomada das ações de formação, qualificação e assistência técnica, voltadas tanto para a sociedade em geral quanto para outras entidades do setor e prefeituras, principalmente de municípios pequenos, que não têm recursos nem equipes para a execução de projetos. “Precisamos abrir espaços de formação e qualificação para atender essas pessoas”, defendeu Motta.
Proteção das florestas
Boa parte desses esforços devem ser direcionados para uma nova “frente de batalha” da Funasa, que será a Região Norte do País. O presidente destacou a repercussão positiva da Casa do Saneamento em Belém (PA) na COP30 e lembrou que o saneamento básico é importante para manter a qualidade de vida dos povos ribeirinhos da Amazônia, pois “são essas populações que realmente vão defender as florestas”.
“A Casa do Saneamento mostrou os impactos da crise climática e da potencial crise hídrica e as soluções que o saneamento pode trazer”, salientou, lembrando “a importância das florestas na questão climática e ambiental”.
Para o presidente da Fundação, é importante que esses focos estratégicos sejam acompanhados cada vez mais de um foco tático e operacional, garantindo agilidade na execução de obras, projetos e repasses de recursos pela Funasa.