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Funasa promove 1º Ciclo de Apresentação de Pesquisas Apoiadas
- Marcelo Lelis (Copae/Desam) e professor Dr. Fernando durante o encontro virtualFoto: Copae/Desam/Funasa
A palestra foi mediada por Marcelo Lelis, da Coordenação de Projetos, Pesquisas e Ações Estratégicas em Saúde Ambiental (Copae), do Departamento de Saúde Ambiental (Desam) e contou com as ponderações de Osman de Oliveira Lira, farmacêutico e bioquímico da Superintendência Estadual da Funasa em Pernambuco (Suest/PE). Também participaram da discussão, levantando questões e tirando dúvidas, servidores de todo Brasil.
Essa parceria da universidade com a Funasa foi iniciada em 2014, por meio da celebração de um Termo de Execução Descentralizada (TED). Segundo Fernando Fabriz, a proposta envolveu três pilares: o monitoramento, a detecção in-situ e a avaliação ecotoxicológica, com o objetivo de buscar soluções, otimizar métodos de extração de amostras, avaliar riscos para consumo humano e riscos ambientais. 'Foram 37 substâncias investigadas, das quais 35 permaneceram até o final", explicou.
Nestas análises, também foi citada a cafeína como uma possível auxiliar na identificação de atividades fecal na água, que resultou na publicação do livro Cafeína em águas de abastecimento público no Brasil, em 2014.
Ainda, discutiu-se como a análise dos riscos à saúde humana e os riscos ambientais possuem um caráter de complementaridade nas linhas de pesquisa, sobretudo, a saúde ambiental é uma questão que merece atenção especial por ser mais complexa. "Com relação à visão holística, obviamente, o que muda nesse tipo de análise é a exposição dos seres à água. Em relação aos riscos ambientais, a dificuldade é um pouco maior, porque temos uma cadeia de espécies que estarão expostas de maneira irremediável", afirmou Fernando Fabriz.
Financiar linhas de pesquisa nesse âmbito podem trazer soluções práticas que contribuam à universalização do saneamento. Para Osman Lira, as pesquisas visam criar sistema de gerenciamento de resíduos, mitigar os riscos em áreas de vulnerabilidade e formular um plano de segurança da água. A fundação possui papel primordial no fomento dessas pesquisas para que as ações sejam otimizadas. "No momento atual, nós trabalhamos com demandas que são de apoio, vigilância ambiental e municípios que nos procuram, com análises de água complexas. Além disso, participamos da capacitação, principalmente, dos operadores. A Funasa participa bem com a questão da análise de água, por meio dessas duas frentes", explicou Osman de Oliveira Lira.
Foi concluído na palestra que associar a questão da presença de contaminantes na água com as condições de saneamento é essencial. De acordo com Fernando Fabriz, a melhoria da qualidade da água vai vir na melhoria do saneamento. "Além dos fármacos existe a excreção humana e lidar com elas é necessário, fazendo como a Funasa fez em 2014, fomentando a criação de grupos de pesquisa nesse campo".
2° encontro do ciclo
O segundo encontro do ciclo será realizado no dia 12 de maio e abordará o tema "Desenvolver um sistema simplificado e individualizado de baixo custo para o tratamento de efluentes em edificações localizadas em zonas rurais, com inovações em técnicas de engenharia, de filtração e de degradação". A explanação ficará ao encargo do professor Dr. Sandro Rogério Giacomelli, da Universidade Regional Integrada do Rio Grande do Sul (URI/RS), que coordena o projeto.
O evento ocorrerá em formato virtual, como o primeiro, para possibilitar a participação dos servidores e colaboradores que, junto ao corpo técnico da Funasa, debaterão acerca dos resultados obtidos e sua aplicabilidade prática.
O 1° Ciclo de Apresentação de Pesquisas Apoiadas pela Funasa, promovido pela Copae, do Desam, prevê a realização de encontros quinzenais, que sempre contarão com a divulgação por meio dos canais de comunicação da fundação.