Ruy Barbosa
† Petrópolis (RJ) 01.03.1923
Ministro de Estado da Fazenda
Ruy Barbosa
Começou o curso jurídico em Recife graduando-se pela Faculdade Direito em São Paulo em 1870. Foi agraciado com o título de Conselho do Imperador D. Pedro II; Sócio vitalício do Imperial Instituto de Londres; Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras (a qual presidiu) e outras associações literárias; teve as honras de General-de-Brigada.
Em 1868 iniciou-se no Jornalismo logo depois dedicou-se à política. Foi eleito Deputado Provincial em 1878 e no período de 1879-1884 exerceu mandato na Câmara dos Deputados do Império. Com o advento da República nomeado Ministro da Fazenda a atividade que desenvolvia não se limitava ao cargo que exercia porque a cabia a iniciativa de todos os projetos de relevo.
A política financeira que adotou caracterizou-se pelo abandono do lastro-ouro; grandes emissões garantidas por apólices do Governo visando fomentar o comércio e a indústria-pluralidade bancária concedendo o poder de emitir.
Administrativamente providenciou o aumento de vencimentos sem o da despesa com redução de pessoal simplificação de serviços e exigência de produtividade. Entre outras medidas que determinou destacaram-se:
Criação do Tribunal de Contas órgão de magistratura intermediária entre a administração e o Poder Legislativo; cobrança em ouro pelo valor legal de todos os direitos de importação; criação das Delegacias Fiscais nos Estados em substituição às Tesourarias das Províncias; criação do montepio obrigatório dos funcionários do Ministério da Fazenda e reorganização dos serviços do Tesouro Nacional.
Demitindo-se do cargo foi para o Senado onde teve oportunidade de justificar e explicar os seus atos na pasta da Fazenda; foi Senador pelo estado da Bahia em 1895 e Vice-Presidente do Senado (1906-1909).
Ministro interino da Justiça (1889). Sua vasta bibliografia foi documentada pela Fundação Casa de Rui Barbosa com a publicação da série Obras completas.
Na área fazendária destaca-se o seguinte:
- Relatório apresentado pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda a 15 de fevereiro de 1891, Rio de Janeiro 1891. Teve produzidos vários extratos em diversos órgãos da imprensa do dia.
- Finanças e política da República.
Rio de Janeiro 1892, Contém três discursos proferidos no Senado em 1891 e 1892 seguidos do manifesto à Nação quando o orador renunciou ao cargo de Senador Federal pela Bahia.
- Impostos interestaduais: série de 28 artigos publicados de junho de em diante.
Foi redator de vários jornais:
- Diário da Bahia Bahia - 1871/1878.
- O Pais. Rio de Janeiro - 1884/1897.
- Jornal do Brasil - Rio de Janeiro 1893.
- Diário de Notícias - Rio de Janeiro 1889.
Assumiu a sua direção
- Imprensa. Rio de Janeiro 1898/1901.