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IX Prêmio Serviço Florestal reconhece estudos que apontam novos rumos para a recuperação florestal no Brasil
- Foto: Divulgação SFB
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) realizou, nesta quarta-feira (10), a cerimônia de entrega do IX Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Ao todo, foram concedidos R$ 115 mil em prêmios, além de troféus e certificados, para cinco pesquisas inéditas voltadas à recuperação florestal no Brasil. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do SFB no YouTube.
Na ocasião, o ministro substituto do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, ressaltou a importância de ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira para fortalecer o manejo florestal sustentável e impulsionar o desenvolvimento regional. “O Brasil precisa conhecer e divulgar a diversidade de espécies, porque o manejo florestal sustentável depende dessa diversidade. Quando a produção se concentra em uma única espécie, ela pode se exaurir e entrar em risco de ameaça. Estudos como os premiados ajudam a modernizar o setor e a transformar os recursos florestais em ativos para o desenvolvimento regional, com benefícios para a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado.”
Parceiro da SFB na realização do prêmio, O CNPq foi representado na cerimônia de entrega pela diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação, Dalila Andrade. “A expertise acadêmico-científica do CNPq agrega ainda mais valor a este prêmio, que fortalece a produção de conhecimento essencial para o setor florestal”, ressalta a diretora.

- A diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Andrade Oliveira, e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian.
Parceiros destacam importância da agenda florestal
Representantes da CNI reforçaram que o desenvolvimento sustentável depende de ciência, manejo responsável e inovação. O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, ressaltou o valor social e ambiental das florestas e a importância de práticas responsáveis. “Todos sabem que floresta em pé é recurso, é bem social, é bem ambiental, é desenvolvimento. O manejo responsável é um bem também para a sociedade”, afirmou.
Já o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destacou a relevância econômica e estratégica do setor florestal e o apoio da entidade à iniciativa. “Desde 2014, a CNI apoia esta iniciativa porque acredita que conhecimento e inovação são pilares do desenvolvimento sustentável. O setor florestal brasileiro é estratégico: gera empregos, movimenta a economia e contribui para a transição rumo a uma economia de baixo carbono, conciliando competitividade e conservação ambiental”, disse.
Em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a premiação promovida pelo SFB busca estimular a produção científica e reconhecer estudos com soluções aplicáveis à gestão e à recuperação dos biomas brasileiros. Nesta edição, o Prêmio recebeu 42 inscrições, distribuídas em seis eixos temáticos: concessões florestais; bioeconomia; silvicultura de espécies nativas; impactos do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE); viabilidade econômica da recuperação de áreas degradadas; e instrumentos econômicos e financeiros, como CRA, PSA, crédito rural e sistema tributário.
Conheça os vencedores
1º lugar
João Victor Miranda da Gama Oliveira e Alexandre Anders Brasil - Universidade de Brasília - UnB
Análise Econômica da Concessão Florestal da Floresta Nacional de Capão Bonito - SP
Primeiro colocado, o pesquisador florestal João Victor Miranda explicou que o estudo buscou suprir lacunas técnicas relacionadas à modelagem da concessão florestal da Floresta Nacional (Flona) de Capão Bonito, considerada inovadora por prever a conversão de plantios de pínus em vegetação nativa. “O estudo visa subsidiar a tomada de decisão do Serviço Florestal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a gestão da concessão, preencher lacunas interpretativas do plano de manejo, verificar a viabilidade do modelo e propor recomendações para torná-lo mais atrativo e economicamente sustentável”, afirmou.
2º lugar
Fátima de Souza Freire – Universidade de de Brasília – UNB
Francielle Rodrigues do Nascimento Voltarelli de Freitas – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Quanto Custa Restaurar o Cerrado? Uma Avaliação de Viabilidade e Impacto Climático
3º lugar
Daniela Pauletto – Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA
4º lugar
Matheus Santos Luz - Universidade Federal de Lavras – UFLA
Práticas Silviculturais Intensivas Influenciam Positivamente no Estoque de Carbono de Florestas de Restauração – accessibility-anchor
5º lugar
Pedro Medrado Krainovic – Universidade de São Paulo - USP
Menção Honrosa
Fernanda Neves Lima - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP
Texto: Serviço Florestal Brasileiro • Mais informações: ascom@florestal.gov.br • (61) 3247-9511
