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NOTA DE ESCLARECIMENTO
CNEN divulga nota sobre o projeto RMB após reportagem com informações imprecisas
Diferentemente do publicado na reportagem “Após 17 anos e R$ 5 bi previstos, reator nuclear brasileiro segue no papel”, do jornal Valor Econômico, cumpre ressaltar que a gestão do RMB está sob a coordenação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que tem obtido importantes avanços, com o apoio integral do MCTI, via FNDCT e novo PAC. O título da reportagem induz ao equívoco ao associar o período de 17 anos com a previsão de desembolso de R$ 5 bilhões, sobretudo por se tratar de uma previsão, até a operação do RMB. E não um empenho já realizado.
Houve implementação de uma gestão estruturada de projeto, contratações, primeiros desembolsos e início das obras de infraestrutura em fevereiro 2025, que progridem diariamente dentro do sítio do RMB, em Iperó/SP. Após várias divulgações na mídia das obras e contratações em curso, causa estranheza o fato de pessoas do setor nuclear desconhecerem a evolução dos trabalhos. O projeto entrará em nova fase no início de 2026, com as obras de engenharia para a construção do RMB e laboratórios associados. O modelo de contratação está sendo estabelecido, tendo sido realizadas reuniões com a empresa argentina INVAP, fruto do Acordo Bilateral e Comitê Binacional Brasil-Argentina (COBEN), para esta definição. Medidas de acompanhamento externo, compliance e sustentabilidade são adotadas ao longo de todo o projeto.
Sobre outro tema apresentado na reportagem, vale salientar que a Radiofarmácia do IPEN/CNEN, há quase um ano, durante o processo de sua renovação da licença, entregou no período de trabalho da antiga Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS), atual Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), a documentação necessária para análise. Trata-se de um processo de fluxo contínuo, com o envio de respostas pela CNEN, aos pontos apresentados e tratados com a então DRS, atual ANSN. Em reunião no dia 27/11, foram definidos 60 dias como prazo para cumprimento de todos os condicionantes necessários à atualização da licença.
Sobre a radiofarmácia do IPEN/CNEN, uma instalação de extrema importância para o sistema de saúde no Brasil, cumpre destacar ainda que a unidade teve em 2025 sua maior produção em atividade de radiofármacos na comparação com os últimos cinco anos. Não procede a sugestão do texto de que há um desabastecimento persistente decorrente de capacidade produtiva. Há de fato o comprometimento institucional na manutenção da produção e garantia orçamentária pelo MCTI.
A CNEN trabalha com planejamento, dedicação e seriedade para o desenvolvimento da tecnologia nuclear no Brasil.