Cerimônia homenageia vencedores do Prêmio Periferia Viva

Brasília (DF) – Representantes das 54 iniciativas vencedoras participaram nesta quarta-feira (13) da cerimônia de entrega do Prêmio Periferia Viva, no Auditório da AdUnb, na Universidade de Brasília. Realizada pelo Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), a cerimônia contou com a participação do ministro das Cidades, Jader Filho, entre outros convidados e autoridades.

O Prêmio Periferia Viva tem o objetivo de reconhecer, valorizar, potencializar e premiar iniciativas periféricas. Em sua 1ª edição, o Prêmio selecionou 54 projetos em 7 subcategorias, cada um dos vencedores recebendo o valor de R$ 50 mil. A cerimônia, além de uma oportunidade de celebrar e destacar as iniciativas bem-sucedidas das periferias, também serviu para lançar novas ferramentas e compromissos que visam fortalecer e impulsionar ainda mais o desenvolvimento dessas comunidades, como o Mapa das Periferias e o apoio técnico e financeiro oferecido a 12 iniciativas adicionais.

O ministro das Cidades, Jader Filho, acredita que o Prêmio é como sementes que estão sendo plantada por todo o País. “Vamos jogar luz nos diversos projetos que estão sendo premiados aqui e no ano que vem, novos projetos também vão concorrer”, disse. “Com isso, gente gera uma boa competitividade para que as periferias possam mostrar os seus projetos e que novas ideias possam florescer pelo Brasil, melhorando as nossas periferias, levando o desenvolvimento a elas e incentivando essas ações”. 

O ministro destacou o trabalho importante de contato com as periferias que vem sendo desenvolvido pela SNP, especialmente no âmbito do programa Caravana das Periferias. “A gente vai até lá para ouvir o que elas têm a dizer para que, de maneira transversal, isso se torne política pública dentro do governo federal”, explicou. “Ninguém melhor do que elas para nos dizer quais são os remédios e as soluções que a gente deve aplicar nas periferias e como utilizar esse dinheiro nas políticas que a gente vai executar.”

A cerimônia contou com a apresentação da artista Negra Ivy e do DJ Rizzo. Representantes das iniciativas premiadas de 15 estados e do Distrito Federal foram chamados ao palco para receber um troféu e certificados entregues pelo dispositivo de honra.

Além do ministro das Cidades, também participaram o secretário nacional de Periferias, Guilherme Simões, o secretário nacional de Desenvolvimento Urbano, Carlos Tome Junior, o secretário nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia, a representante da iniciativa premiada da comunidade do Porto do Capim, em João Pessoa (PB), Rossana Holanda, a diretora de Transformação Urbana da GIZ, Sarah Habersack, a representante da Fundação Tide Setubal, Mariana Almeida, os deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Guilherme Boulos (PSOL-SP), além da coordenadora-geral de Educação em Direitos Humanos e Mídias Digitais do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Marcia Lucena, representando os demais ministérios envolvidos no processo seletivo do Prêmio.

Mapa das Periferias

A cerimônia de entrega do prêmio também marcou o lançamento oficial do Mapa das Periferias. Trata-se de uma plataforma interativa onde serão sistematizados dados e informações sobre as favelas e comunidades urbanas do Brasil, para embasar e fomentar políticas públicas para as periferias. É uma iniciativa da SNP do Ministério das Cidades, viabilizada por meio de uma parceria com a Fiocruz e outros parceiros que se somarão ao projeto, para proporcionar os insumos necessários para o desenvolvimento socioterritorial das comunidades e visibilizar iniciativas locais que já acontecem ao redor do país, fortalecendo a luta por justiça social.

A plataforma inclui informações sobre as periferias, suas iniciativas e ações do Ministério das Cidades, como investimentos do Novo PAC.

O secretário nacional de Periferias, Guilherme Simões, destacou o caráter interativo da plataforma. “O mapa é uma forma da gente contribuir para que todas as áreas do governo possam levar suas políticas públicas para os lugares que mais precisam”, disse. “A ideia é reunir as informações consolidadas para mostrar que as periferias brasileiras têm suas vulnerabilidades, carências, mas também em outra camada mostramos suas potências, com a atuação dos agentes coletivos organizados.”

A plataforma em sua versão inicial já pode ser acessada pelo endereço: http://www.mapadasperiferias.cidades.gov.br.

Parceria para apoio técnico e financeiro

A Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e a Fundação Tide Setubal, em parceria, a partir de um acordo da Cooperação Brasil-Alemanha, financiado pelo Ministério da Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) estão ofertando apoio técnico a SNP na estratégia de reduzir a desigualdade socioespacial do Brasil, por meio do Programa Periferia Viva e de suas ações.

Dentro dessa estratégia, esses parceiros decidiram selecionar 12 iniciativas classificadas no Prêmio para oferecer apoio técnico, na forma de mentoria, e financeiro, no valor de R$ 25 mil, com o objetivo de aprimorar as suas implementações.

As iniciativas selecionadas para o apoio técnico e financeiro são:

• Mulheres Poderosas na Campanha Santa Luzia Resiste: Planejamento Comunitário Na Luta Pelo Direito à Cidade, do Distrito Federal;
• Nosso Plano Popular Zeis Cais do Porto, do Ceará;
• Ocupação Anchieta Grajaú: Projeto de Auto Urbanização, de São Paulo;
• Cop das Baixadas, do Pará;
• Horta Comunitária do Morro da Cruz / Periferia Feminista / Ponto Popular de Alimentação e Agroecologia, do Rio Grande do Sul;
• Projeto Saúde Habitacional, do Espírito Santo;
• Cenografar, do Piauí;
• Agenda Coletiva de Prevenção e Enfrentamento à Letalidade Juvenil, de Alagoas;
• Fala Roça, do Rio de Janeiro;
• Jongo da Serrinha, do Rio de Janeiro;
• Patrimônio em Rede e Os Guardiões da Memória, do Maranhão; e
• Cine Campinho, de São Paulo

Para selecionar as 12 iniciativas, foram consideradas as 626 iniciativas classificadas que não foram premiadas, e adotados os critérios de avaliação do edital do Prêmio, em especial, a promoção do desenvolvimento socioterritorial. Foi priorizada a categoria “Planejamento urbano, gestão de riscos e responsabilidade climática”, que tem aderência direta à atuação histórica do Ministério das Cidades, além de iniciativas de outras categorias que tenham correlação multidimensional.

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