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PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Sociedade civil dialoga sobre avanços e desafios nos 40 anos de resposta brasileira à aids
Representantes de movimentos sociais que atuam na agenda de HIV e aids
Representantes de movimentos sociais que atuam na agenda de HIV e aids se reuniram no Sesi Lab, na última semana, para fortalecer o diálogo sobre o papel da sociedade civil na resposta brasileira à epidemia. O encontro reafirmou a importância histórica do controle social e da participação social e destacou avanços construídos ao longo de quatro décadas de luta por direitos humanos e pela vida.
A estratégia Viva Melhor Sabendo, que promove educação entre pares para ampliar o acesso à testagem e às ações de Prevenção Combinada, especialmente entre as populações mais vulnerabilizadas socialmente, foram algumas das políticas lembradas.
A retomada das comissões de articulação com a sociedade civil pela atual gestão do Ministério da Saúde também foi apontada como passo estratégico para ampliar a participação popular nas políticas públicas de saúde, em especial de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, além da tuberculose.
Para Bruna Ravena, integrante do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), enfrentar o HIV e a aids exige coragem para pautar o tema nos diversos espaços sociais. “O HIV não pode ser mais um termo escondido debaixo do tapete. Precisamos quebrar o tabu nos ambientes escolar e familiar. É preciso falar sobre prevenção com a juventude”, destacou.
Durante o debate, foram pontuados desafios para o fortalecimento da resposta nacional, como o alto custo de medicamentos inovadores, a exemplo do antirretroviral de longa duração injetável. Para os representantes, garantir a sustentabilidade do acesso aos tratamentos e apostar no desenvolvimento de novas tecnologias não deve ser entendido como despesa, mas como investimento estratégico em saúde pública — essencial para salvar vidas e reduzir desigualdades.
Exposição 40 anos da resposta brasileira à aids
Em 2025, o Ministério da Saúde comemora oficialmente os 40 anos da resposta nacional à epidemia de aids. Muitos foram os avanços da pauta, além dos diversos desafios ao longo dessas quatro décadas. Para marcar esta data, o Ministério da Saúde realiza, no Sesi Lab, a exposição “40 anos da resposta brasileira à aids”.
A mostra é um convite para reviver a história, resgatando as ações, estratégias, projetos e políticas públicas que colocaram o Brasil como referência global, destacando a parceria fundamental com a sociedade civil. A exposição é aberta ao pública e poderá ser visitada até o dia 30 de janeiro de 2025.