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Errata– Resultado preliminar de seleção
A Fundação Cultural Palmares torna pública a presente Errata referente ao Resultado Preliminar da Etapa de Seleção, divulgado em 06 de novembro de 2025. Em razão de erro material identificado na Plataforma Prosas, 11 (onze) das 1.558 (mil quinhentas e cinquenta e oito) propostas inscritas no edital não constaram na divulgação do resultado preliminar publicada na referida data. Após as devidas retificações, foram atualizadas as listagens das seguintes categorias e regiões:
- Modalidade/categoria Pessoa Física ou MEI - Regiões Norte, Sudeste e Sul.
- Modalidade/categoria Pessoa Jurídica sem fins lucrativos e Grupos/Coletivos sem CNPJ - Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Com o objetivo de resguardar os direitos dos proponentes e assegurar a lisura, isonomia e transparência do processo seletivo, será publicado nesta data a Retificação de Cronograma – Anexo II, e divulgado no Diário Oficial da União em 12/11/2025, com a reabertura do prazo para Interposição de Recursos contra o resultado preliminar de seleção. Todos os documentos serão divulgados na plataforma Prosas, em Anexos de cada edital.
Diálogos Palmarinos na FAC-UnB destacam a centralidade das mulheres negras na cultura afro-brasileira
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
A Fundação Cultural Palmares realizou, nesta quinta-feira (13), a terceira edição dos Diálogos Palmarinos no auditório Pompeu de Sousa, na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC-UnB). O encontro integrou a programação do Palmares Canta, Conta e Dança e reafirmou o compromisso da instituição com a valorização das mulheres negras que sustentam a vida cultural, política e intelectual do país.
Promovido pelo Departamento de Fomento e Promoção (DFP), sob direção de Nelson Mendes, o evento ocorreu em parceria com a FAC-UnB. A iniciativa contou com o apoio da diretora da FAC-UNB, professora Dione Moura, e da coordenadora de Extensão, professora doutora Rose May, que acolheram o encontro com rigor, diálogo e abertura institucional.
A roda “Protagonismo feminino na cultura afro-brasileira” reuniu mulheres que atuam em áreas decisivas da cultura, da educação, da memória e das tradições afro-brasileiras.
A convidada especial, Vilma Reis, abriu a mesa com contundência. “As mulheres negras sustentam a vida coletiva deste país e não podem mais esperar por reconhecimento. Como ensinou Mãe Stella de Oxóssi, este é o nosso tempo. A cidadania da população negra precisa existir na prática, não apenas no discurso do Estado”, afirmou.
Em seguida, Sinara Rúbia, diretora do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, enfatizou que tratar das mulheres negras é reconhecer a base que mantém o Brasil. “Nossos saberes são ancestrais e civilizatórios, mesmo quando tentam nos silenciar. A coletividade segue sendo a nossa melhor ferramenta de futuro”, declarou.
A professora Miriam Reis, diretora do Campus dos Malês da UNILAB, destacou a força da educação como projeto político e como herança das matriarcas. “As matriarcas guardam conhecimentos que estruturam a nossa visão de mundo. É por causa delas que a universidade se torna território de reparação e justiça racial. Educação não é acessório; é projeto político”, afirmou.
Ìyá Márcia d’Ògún, coordenadora da RENAFRO e do COMIRB, trouxe a dimensão espiritual do encontro. Para ela, “a presença feminina sustenta comunidades inteiras. O cuidado, a ancestralidade e a continuidade não são conceitos abstratos. São práticas que mantêm a vida e protegem as trajetórias do nosso povo”.
A mesa foi mediada por Luci Souza, coordenadora-geral de Gestão e Cooperação do Ministério da Igualdade Racial, que articulou as falas com precisão e sensibilidade, criando um ambiente de reflexão profunda.
Ao final do encontro, a apresentação da cantora Rayara Correia uniu técnica e sensibilidade artística. Sua performance evocou memória, identidade e força criativa, sintetizando o espírito do evento.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, celebrou que encontros como esse reafirmam o compromisso da Fundação Cultural Palmares com a valorização das mulheres negras e com a construção de políticas que reconhecem a cultura afro-brasileira como força estruturante do país.
A terceira edição dos Diálogos Palmarinos mostrou que a história do Brasil se apoia nas trajetórias, nos saberes e na presença das mulheres negras que organizam territórios, preservam memórias e abrem caminhos. A Fundação Cultural Palmares segue comprometida com essa história e com a afirmação plena das mulheres negras na vida nacional.
Fotos: Carol Lando - MinC
Serra da Barriga é palco de celebração cultural e espiritual no Dia da Consciência Negra
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
O Dia Nacional da Consciência Negra reuniu centenas de pessoas na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL), em uma programação construída de forma integrada por meio da Fundação Cultural Palmares, pelo Ministério da Cultura, pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas (Secult) e pela Prefeitura de União dos Palmares, com apoio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Fundepes, Fundação Banco do Brasil, Instituto Cultne, Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e produção cultural da Patacuri.
As atividades tiveram início ainda na madrugada, no platô da serra, reconhecido nacionalmente como território sagrado da ancestralidade negra no Brasil. A Vigília do Berimbau, a Cerimônia em Homenagem aos Ancestrais e o Café dos Religiosos abriram a jornada em momentos de recolhimento conduzidos por mestres, lideranças espirituais e guardiões de tradições afro-brasileiras. Logo depois, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares ganhou vida com estandartes, tambores, grupos tradicionais e manifestações culturais que ocuparam os caminhos da Serra da Barriga.
A partir das 8h, cortejos e grupos como Afoxé Povo de Exu, Bumba Meu Boi Gavião, Toré Povo Açonã, maracatus e coletivos afro se espalharam pelo território, acompanhados por visitantes de várias regiões do país. Às 10h30, os atos institucionais reuniram autoridades, artistas, representantes de entidades parceiras, mestres da cultura e lideranças do movimento negro, com entrega de ações e homenagens voltadas à preservação da memória de Palmares. O vice-governador Ronaldo Lessa participou da cerimônia representando o governador Paulo Dantas.
Junto à comunidade quilombola Muquém, remanescente direta do Quilombo de Palmares, milhares de pessoa, entre estudantes, pesquisadores, movimentos sociais e populares — celebraram os 330 anos de resistência, liberdade e luta por direitos. A dimensão coletiva e comunitária do encontro reafirmou a Serra da Barriga como um marco civilizatório da história negra no Brasil.
Ao longo da manhã, os palcos Zumbi, Dandara, Acotirene, Erês e Aqualtune receberam apresentações de artistas locais e nacionais. Entre eles, nomes como Rita Beneditto, Ana Mametto e Samba da Periferia, que mobilizaram o público com músicas, performances e referências à força ancestral de Palmares. A diversidade de expressões artísticas reforçou o caráter cultural e simbólico do 20 de novembro, conectando tradição, espiritualidade e contemporaneidade.
A celebração contou também com a presença de representantes de países da diáspora africana. A embaixadora do Haiti no Brasil, Rachel Coupaud, os conselheiros Inês de Fátima Fragoso e Luandino Carvalho, da Embaixada de Angola, e o representante da Embaixada do Togo, Haratoukou Asabo, viajaram a Alagoas especialmente para acompanhar as atividades deste 20 de novembro e ampliar as pontes entre África, Caribe e Brasil.
A manhã do Dia da Consciência Negra na Serra da Barriga reafirmou a relevância histórica e espiritual do território, reunindo comunidades tradicionais, instituições públicas, artistas, pesquisadores e visitantes em torno da memória dos Quilombos dos Palmares e da celebração da ancestralidade negra brasileira
Por volta do início da tarde, a Fundação Cultural Palmares foi comunicada do falecimento de uma pessoa da comunidade na lagoa localizada dentro do Parque Memorial Quilombo dos Palmares. As equipes de saúde e segurança atuaram prontamente, com todos os procedimentos acionados pelas autoridades competentes. Diante da gravidade do ocorrido e em respeito à pessoa falecida, à família, à comunidade local e ao caráter sagrado da Serra da Barriga, a Fundação Cultural Palmares, o Governo de Alagoas, a Prefeitura de União dos Palmares e as lideranças comunitárias decidiram suspender integralmente a programação prevista para o restante do dia.
Em nota oficial, o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, expressou solidariedade à família, aos amigos, à comunidade local e a todas as pessoas impactadas pela ocorrência, reiterando que a instituição permanece à disposição das autoridades responsáveis pelo atendimento e pela investigação.
Mesmo com a interrupção necessária das atividades da tarde, a manhã deste 20 de novembro reafirmou o compromisso do Novembro Negro em celebrar a ancestralidade, honrar a memória quilombola e fortalecer as expressões culturais afro-brasileiras. A Fundação Cultural Palmares seguirá acompanhando os desdobramentos do caso, preservando o cuidado com o território e reafirmando sua dedicação à promoção da cultura afro-brasileira e à memória dos povos de Palmares.
Foto: Victor Vec
A PROCURA DO TESOURO PALMARINO
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
No painel “Arqueologia de Palmares”, realizado na Praia de Pajuçara (Maceió), neste 21 de novembro, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), apresentaram um projeto que inaugura uma nova etapa da arqueologia afrodescendente no Brasil, com a Fundação Cultural Palmares como principal financiadora e articuladora nacional. O encontro integrou a programação do maior evento afro-cultural do Nordeste: o Vamos Subir a Serra.
Na Praia de Pajuçara, diante do mar e da ancestralidade negra, o Vamos Subir a Serra abriu sua 9ª edição com um painel que reposiciona a Fundação Cultural Palmares no centro da produção científica nacional. Reconhecido como o maior projeto afro-cultural do Nordeste, o evento desdobra-se entre a Serra da Barriga (14 a 16 de novembro) e Maceió (21 a 23 de novembro), impulsionando geração de renda, valorização cultural, pertencimento e fortalecimento da memória negra.
Foi nesse cenário que ocorreu o painel “Arqueologia de Palmares”, reunindo o professor Flávio Moraes, da UFAL, o professor Danilo Luiz Marques, do NEABI, e Guilherme Bruno, coordenador-geral do Centro de Informação e Acervo da Memória e da Cultura Afro-Brasileira (CIAM). A discussão marcou a apresentação pública do projeto de prospecção arqueológica financiado integralmente pela Fundação Cultural Palmares, no valor de R$ 300 mil, que inaugura uma nova etapa de busca pela materialidade da resistência negra no Brasil.
Professor Flávio Moraes abriu o painel lembrando que as escavações realizadas na Serra da Barriga no início dos anos 2000 encontraram apenas material indígena datado de cerca de oitocentos anos. Essa ausência parcial, explicou, foi distorcida por grupos negacionistas interessados em apagar a presença quilombola. “A ausência de evidência não é evidência de ausência. Palmares extrapola o solo, porque está na memória, nos relatos, na cartografia e na luta de quem habitou e resistiu naquele território”, afirmou.
O professor Danilo Luiz Marques, representando o NEABI, explicou a metodologia que sustenta a nova fase do projeto: o cruzamento de fontes primárias holandesas, como as rotas descritas por Blaer, Heyndrick e os mapas de Georg Marcgrave, com tecnologias geoespaciais contemporâneas. As análises apontam para três áreas sensíveis de ocupação: Velho Palmares, Outro Palmares e Palmares Grande. “Construímos uma arqueologia que rompe com os vícios coloniais e reconhece os saberes do território”, afirmou.
Encerrando o painel técnico, Guilherme Bruno apresentou o papel da Fundação Cultural Palmares na articulação institucional e na viabilização da pesquisa. Ele destacou a rapidez incomum com que o IPHAN publicou a portaria autorizando as escavações, apenas uma semana, e enfatizou a importância de consolidar uma política nacional de arqueologia afrodescendente.
A essa altura, quem assumiu a palavra foi o presidente João Jorge Rodrigues, que ampliou a discussão e a situou no contexto político mais amplo do país. Em uma fala firme, que envolveu os presentes, afirmou: “De São Paulo, onde escavações revelam um cemitério possivelmente com mais de 100 mil africanos escravizados, a Salvador, ao Rio de Janeiro e ao Rio Grande do Sul, temos uma arqueologia negra adormecida. A materialidade existe. O país apenas não investiu na sua descoberta.”
A fala do presidente não se limitou ao diagnóstico. João Jorge destacou que o novo ciclo da Palmares devolve à instituição sua vocação original: ciência, pesquisa, formação e memória. Reafirmou que a Fundação sai da defensiva dos últimos anos e volta a atuar como protagonista da produção de conhecimento sobre a história negra no Brasil. “A Palmares está de volta para honrar nossos ancestrais, defender a ciência negra e garantir que nossa história nunca mais seja tratada como território de ataque”, reforçou.
Entre pesquisadores, ganhou força o nome simbólico dessa nova fase: A Procura do Tesouro Palmarino: a busca científica por vestígios concretos da resistência negra, desde trilhas e reorganizações da terra até estruturas cerâmicas e marcas de ocupação móvel que traduzem a inteligência territorial quilombola.
Enquanto o Vamos Subir a Serra segue com sua programação em Alagoas, uma certeza se impõe entre pesquisadores, gestores e comunidades: a arqueologia palmarina inaugura uma nova forma de reconstruir a história. E a Fundação Cultural Palmares, ao assumir sua centralidade nesse processo, afirma que ciência, ancestralidade e política caminham juntas quando o objetivo é proteger a memória do povo negro.
Exposição Luiza Bairros: Lentes e Voz.
Exposição Luiza Bairros é inaugurada na sede da Fundação Palmares.
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
A Fundação Cultural Palmares recebe nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, a exposição “Luiza Bairros: Lentes e Voz”, uma ação do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e realizada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), dedicada a uma das figuras mais influentes da luta por igualdade racial no Brasil contemporâneo. A mostra reúne fotografias, documentos e registros pessoais que apresentam a amplitude da atuação política e intelectual de Luiza Bairros, referência incontornável no enfrentamento ao racismo e na formulação de políticas públicas voltadas para a população negra.
Ao visitar a exposição, o público encontra um conjunto de materiais que evidenciam a solidez do pensamento de Luiza e seu papel na construção de agendas estratégicas para o país. Os registros revelam sua passagem por órgãos governamentais, sua inserção no movimento negro, sua contribuição para a elaboração de políticas de ação afirmativa e sua defesa ininterrupta da igualdade racial como eixo estruturante de uma democracia plena.
A curadoria de Martha Rosa F. Queiroz organiza a trajetória de forma precisa e acessível, destacando momentos decisivos da vida pública da ex-ministra. O percurso expositivo valoriza documentos raros, registros fotográficos significativos e trechos de discursos que oferecem ao visitante uma compreensão rigorosa da influência de Luiza nos debates sobre raça, gênero e políticas sociais. A proposta também reforça o reconhecimento de uma liderança que deixou marcas profundas no campo dos direitos humanos e na formulação de políticas para a população negra.
A realização da mostra marca o compromisso do governo brasileiro com a preservação de acervos e a valorização da memória do movimento negro. Ao lado da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e do Ministério da Igualdade Racial, a FCP acolhe a exposição, que apresenta ao público uma abordagem que combina rigor documental, valorização histórica e estímulo à reflexão crítica sobre o Brasil contemporâneo.
Para a instituição, exibir a trajetória de Luiza Bairros representa mais do que um gesto de memória: trata-se de reafirmar a relevância de sua atuação para a construção de políticas públicas e para o fortalecimento de uma sociedade comprometida com a justiça racial. A exposição também insere a Fundação Cultural Palmares no esforço contínuo de consolidar espaços de reflexão sobre lideranças negras que transformaram o país.
A mostra “Luiza Bairros: Lentes e Voz” estará aberta ao público na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília, a partir de 24 de novembro. A entrada é gratuita.
Programação da abertura:
16h30 — Inauguração da Exposição Luiza Bairros: Lentes e Voz
Organização: Ministério da Igualdade Racial
17h30 — Roda de Conversa: Mulheres Negras na Cultura por Reparação e Bem Viver
Organização: Ministério da Cultura
Participação sujeita à lotação
Fundação Cultural Palmares publica resultado final e convoca para habilitação
A Fundação Cultural Palmares (FCP) torna público o Resultado Final da Fase de Seleção do Edital nº 01/2025 – Sementes da Ancestralidade: Fomento à Cultura Afro-Brasileira, conforme previsto no Anexo II – Cronograma.
Com esta publicação, tem início a Fase de Habilitação das propostas selecionadas.
De acordo com os itens 14.1 e 14.3 do edital, os agentes culturais selecionados no número de vagas para cada modalidade, bem como aqueles em cadastro reserva, serão convocados para apresentar a documentação prevista no Anexo XIII – Documentação Obrigatória de Habilitação, dentro do prazo estabelecido no Cronograma (Anexo II).
A convocação será realizada por meio da plataforma Prosas, no campo de formulário - Etapa de Habilitação, onde deverão ser preenchidos os dados solicitados, registradas as ciências e enviados os documentos obrigatórios.
Clique abaixo os anexos dos resultados na íntegra:
- Proponente Pessoa Física ou MEI - Região Centro-Oeste
- Proponente Grupo/coletivo sem CNPJ e PJ sem fins lucrativos - Região Centro-Oeste
- Proponente Pessoa Física ou MEI - Região Nordeste
- Proponente Proponente Grupo/coletivo sem CNPJ e PJ sem fins lucrativos - Região Nordeste
- Proponente Pessoa Física ou MEI - Região Norte
- Proponente Proponente Grupo/coletivo sem CNPJ e PJ sem fins lucrativos - Região Norte
- Proponente Pessoa Física ou MEI - Região Sudeste
- Proponente Proponente Grupo/coletivo sem CNPJ e PJ sem fins lucrativos - Região Sudeste
- Proponente Pessoa Física ou MEI - Região Sul
- Proponente Proponente Grupo/coletivo sem CNPJ e PJ sem fins lucrativos - Região Sul
Fundação Cultural Palmares promove mesa-redonda sobre ancestralidade e salvaguarda entre Mbanza Kongo e Cais do Valongo
A Fundação Cultural Palmares (FCP) avança em uma articulação estratégica para o fortalecimento da memória afro-brasileira ao promover, em parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), a mesa-redonda “Ancestralidade, salvaguarda e acordo bilateral entre Mbanza Kongo e Cais do Valongo”. O encontro será realizado na próxima quinta-feira (28), às 9h (horário do Brasil) e 13h (horário de Angola), em formato on-line. Antes da abertura da mesa, o público assistirá ao lançamento do curta-metragem “Do Kongo ao Valongo”, obra que reforça os vínculos históricos entre os dois territórios.
A iniciativa integra as celebrações dos 50 anos de independência de Angola e do mês da Consciência Negra no Brasil, reafirmando o compromisso da Fundação Cultural Palmares com a preservação, difusão e valorização das memórias que estruturam a formação da sociedade brasileira. Ao promover esse reencontro simbólico entre Brasil e Angola, a FCP destaca a profundidade dos laços tecidos na longa travessia atlântica, apontando para a importância da cooperação contemporânea entre os dois países.
Salvaguarda de dois patrimônios mundiais
O evento reforça a relevância histórica de Mbanza Kongo, na Província do Zaire, em Angola, e do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, ambos reconhecidos pela UNESCO como sítios de valor universal excepcional. Essas localidades sintetizam trajetórias de resistência, espiritualidade e ancestralidade que marcaram profundamente a história da diáspora africana e o processo de formação do Brasil.
A Fundação Cultural Palmares desempenha papel decisivo nesse movimento ao conduzir as primeiras tratativas para um acordo bilateral de salvaguarda entre os dois patrimônios. A parceria pretende fortalecer ações de preservação, pesquisa, intercâmbio acadêmico e circulação de saberes, ampliando a cooperação entre instituições angolanas e brasileiras dedicadas à memória afrodescendente.
A importância da reaproximação
Para Eliel Moura, representante da Fundação Cultural Palmares no Rio de Janeiro, o momento é histórico e aponta para um novo ciclo de cooperação:
“Reaproximar Mbanza Kongo e o Cais do Valongo aprofunda nossa leitura sobre quem somos e valoriza a influência Bantu na formação cultural carioca. Essa troca com nossos irmãos angolanos fortalece a preservação da memória e amplia a compreensão do nosso legado comum.”
Inscrições abertas
A mesa-redonda integra o projeto de pesquisa “Diáspora Africana no Brasil – Do Kongo ao Valongo”, realizado pela FCP em diálogo com a UNIRIO. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo formulário eletrônico disponível em:
Conceição Evaristo visita a Fundação Cultural Palmares e aceita integrar o Conselho Curador da instituição
Por: Marcela Ribeiro, coordenadora de Comunicação da Fundação Cultural Palmares
Conceição Evaristo visitou nesta quarta-feira, 26 de novembro, a sede da Fundação Cultural Palmares. A escritora foi recebida pelo presidente João Jorge Rodrigues, pelo diretor do Departamento de Fomento e Promoção (DFP), Nelson Mendes, pelo coordenador do Centro de Informação e Atendimento à Memória (CIAM), Guilherme Bruno, e pela bibliotecária Marcela Costa.
Na Biblioteca Oliveira Silveira, espaço dedicado ao poeta e militante gaúcho, um dos idealizadores do 20 de Novembro, Marcela Costa apresentou o acervo e seu funcionamento. A biblioteca reúne obras fundamentais sobre cultura afro-brasileira, diáspora africana e memória negra, além de preservar documentos, cartazes, arte quilombola e itens museológicos ligados à trajetória histórica da população negra no Brasil.
O ponto alto do encontro ocorreu com o aceite da intelectual em integrar o Conselho Curador da Fundação Cultural Palmares. O Conselho contribui para a formulação de diretrizes, metas e políticas de proteção e promoção da cultura afro-brasileira, reunindo representantes de diversos setores, entre ativistas culturais, acadêmicos, lideranças indígenas e integrantes de órgãos governamentais.
Para o presidente João Jorge Rodrigues, a chegada de Conceição fortalece a dimensão simbólica e política da Fundação. “Receber Conceição Evaristo é acolher uma voz que inspira nações inteiras. Sua trajetória honra a memória dos que vieram antes de nós e projeta caminhos para o futuro. Sua presença no Conselho Curador amplia a alma desta Casa e reafirma o sentido profundo do nosso trabalho cultural”, afirmou.
Durante a visita, Conceição percorreu a exposição Luiza Bairros: Lentes e Voz, em cartaz desde 24 de novembro de 2025. A mostra, realizada pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), homenageia uma das figuras mais influentes da luta por igualdade racial no Brasil contemporâneo.
Com curadoria de Martha Rosa F. Queiroz, a exposição apresenta fotografias, documentos e registros pessoais que evidenciam a força intelectual e política de Luiza Bairros. O percurso destaca momentos decisivos de sua atuação, exibe documentos raros e revela trechos de discursos que ampliam a compreensão sobre sua contribuição nos debates sobre raça, gênero e políticas sociais.
O encontro entre Conceição Evaristo e a Fundação Cultural Palmares terminou com a sensação de que a Casa se fortalece quando acolhe suas grandes vozes. Entre memória, afeto e futuro, o gesto da escritora reafirmou o compromisso da instituição com a história, a luta e o destino do povo negro no Brasil.
Aviso de Publicação de Errata – Região Sudeste (Pessoa Física e MEI)
A Fundação Cultural Palmares informa a publicação de errata referente ao Resultado Final da Região Sudeste - Pessoa Física/MEI, do Edital nº 01/2025 – Sementes da Ancestralidade.
A correção diz respeito a erro material na classificação de uma proposta, sem alteração dos demais resultados divulgados.
O documento atualizado já está disponível para consulta na Plataforma Prosas.
MICBR+Ibero-América 2025: Fortaleza se torna palco da economia criativa com participação da Fundação Cultural Palmares
Fortaleza, CE – O Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), em sua maior edição, teve sua abertura oficial ontem, 3 de dezembro, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC). O evento, que se estende até o dia 7 de dezembro, transforma a capital cearense em um vibrante corredor cultural, com uma programação intensa e gratuita que abrange rodadas de negócios, formação, mentorias, palestras, showcases, feira, cozinha-show e apresentações artísticas.
A Fundação Cultural Palmares estará representada no evento pelo diretor Nelson Mendes, que participará do painel "Economia Criativa Afro - Território, Formato e Futuro" hoje, 4 de dezembro, às 11h15. Sua presença destaca a importância da representatividade e do debate sobre a economia criativa afro-brasileira no cenário nacional.
O MICBR+Ibero-América 2025, que conta com a região Ibero-América como convidada de honra, registrou um crescimento expressivo, com 350 empreendedores selecionados de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. Serão abordados 15 setores da economia criativa, incluindo Artes Visuais, Audiovisual, Música, Design, Moda e Gastronomia.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou a relevância do evento, afirmando que "a cultura não só alimenta a alma, traz conhecimento, capacidade crítica e felicidade, como também gera emprego, renda e é imprescindível para o desenvolvimento do país". A economia criativa movimenta cerca de R$ 230 bilhões no Brasil, emprega 7,8 milhões de pessoas e reúne mais de 130 mil empresas formais.
Em parceria com o Festival Elos, que acontece de 4 a 7 de dezembro na Praia de Iracema, o MICBR+Ibero-América amplia seu alcance, diversifica os públicos e fortalece as conexões profissionais. A programação inclui atividades formativas como painéis de mercado, oficinas e palestras, além de atividades de mercado como rodadas de negócios, mentorias e showcases.
A edição 2025 é uma realização do Ministério da Cultura, com correalização da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), do Governo do Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza
Resultado Preliminar de Habilitação do Edital nº 01/2025
A Fundação Cultural Palmares informa a publicação do Resultado Preliminar de Habilitação do Edital nº 01/2025 – Sementes da Ancestralidade: Fomento à Cultura Afro-brasileira.
As listas preliminares de propostas habilitadas, organizadas por região e modalidade, encontram-se disponíveis na plataforma Prosas.
Conforme previsto no edital, caberá recurso fundamentado e específico contra o resultado desta fase de habilitação, a ser apresentado à Comissão de Habilitação, exclusivamente por meio da plataforma Prosas, no período de 05 a 09 de dezembro de 2025.
Começa hoje (08) o 9º Congresso Pan-Africano de Lomé.
9º Congresso Pan-Africano: Raízes Africanas e da Diáspora Africana A abertura do 9º Congresso Pan-Africano, em Lomé, marca um momento estratégico para a diáspora africana e para o fortalecimento dos laços entre a África e seus descendentes em todo o mundo.
Nesta edição, o Brasil participa como país convidado, com destaque para a presença da Fundação Cultural Palmares, representada por seu presidente, João Jorge Rodrigues, que também foi designado para representar a Ministra da Cultura no evento, à frente de uma delegação da instituição.
O congresso é um desdobramento direto da Década das Raízes Africanas e da Diáspora Africana (2021–2031), instituída pela União Africana (UA) como uma plataforma política e simbólica para consolidar vínculos históricos, culturais, econômicos e políticos entre o continente e as populações afrodescendentes.
A iniciativa busca reconhecer e fortalecer as múltiplas contribuições dos afrodescendentes para o desenvolvimento sustentável da África, em sintonia com a Agenda 2063, e apoiar projetos, ações e eventos protagonizados por pessoas de ascendência africana. Ao participar do 9º Congresso Pan-Africano, a missão do Ministério da Cultura e Fundação Cultural Palmares é reafirmar o lugar central da população afro-brasileira nesse diálogo global.
O Brasil abriga a maior população negra fora do continente africano, e a presença da Fundação, por meio de seu presidente, insere institucionalmente o país nas discussões sobre um pan-africanismo renovado, em um mundo policêntrico, marcado por transições e crises, no qual a soberania dos povos e a reforma da governança internacional voltam ao centro do debate.
O congresso também se conecta a temas estratégicos que vêm ganhando força nos últimos anos, como justiça climática, integração econômica africana, liberdade econômica e reparações históricas. A Década das Raízes Africanas e da Diáspora articula-se com iniciativas como a Zona de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), o debate sobre reformas em organismos multilaterais e conferências sobre reparações e justiça climática, refletindo um movimento de ressurgimento do pan-africanismo em escala global.
Nesse contexto, a participação da Fundação Cultural Palmares cumpre o papel de aproximar ainda mais o Brasil das agendas da União Africana e das organizações da diáspora, fortalecendo pontes políticas, culturais e institucionais.
A presença de João Jorge Rodrigues e da delegação da Fundação no 9º Congresso Pan-Africano simboliza o compromisso do Brasil – e, em especial, dos afro-brasileiros – com a construção de um futuro comum entre África e sua diáspora, baseado em dignidade, desenvolvimento, reparação histórica e valorização das identidades negras em todo o mundo.
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