MME destaca importância do setor industrial eólico para desenvolvimento do país

Representando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no Brazil Windpower (BWP), em São Paulo, o maior evento de energia eólica da América Latina, o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, destacou, nesta terça-feira (22/10), que o setor eólico tem desempenhado um papel fundamental para a segurança energética e a sustentabilidade da matriz elétrica brasileira, representando atualmente 16% da oferta de energia do país.

Barral ainda ressaltou que a indústria eólica no Brasil possui uma capacidade instalada de 33 gigawatts (GW) e tem alcançado recordes de instalação, com cinco GW em um único ano. No entanto, o secretário apontou que o setor enfrenta desafios no curto prazo, como a desmobilização parcial de sua capacidade, causada pela baixa demanda de encomendas e pela redução de receitas devido aos cortes observados no setor.

O secretário do MME reafirmou que o ministro Alexandre Silveira e o Governo Federal estão atentos aos desafios enfrentados pelo setor e destacou a importância de agir em múltiplas frentes para superá-los. "Não existe uma solução única, mas precisamos enfrentar o problema de maneira integrada", afirmou Barral. Ele ressaltou que o governo tem trabalhado junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS) para aprimorar a gestão, aumentar a confiabilidade e aproveitar ao máximo o potencial da energia eólica. Além disso, novas linhas de transmissão estão sendo implementadas, o que contribuirá para mitigar os desafios no curto e no médio/longo prazo.

ELETRIFICAÇÃO

O secretário do MME, Thiago Barral, disse que a matriz energética brasileira está em processo de eletrificação e continuará a se expandir, com a eletricidade ganhando participação crescente no fornecimento de energia, dentro do contexto da transição energética. Dados do MME indicam que, até 2050, a participação da eletricidade no suprimento energético do país deve aumentar de 18% a 20% para cerca de 40%.

"Estamos vivendo um processo de eletrificação da indústria e um aumento no poder aquisitivo da população, que está consumindo cada vez mais eletricidade. O Plano Decenal 2034, com alguns cadernos já publicados, projeta um crescimento anual de 3,4% na demanda de consumo de energia elétrica nos próximos dez anos", ponderou.

Para apoiar essa transição, o Brasil está investindo de maneira proativa na infraestrutura de transmissão. "Ter visibilidade sobre a infraestrutura de transmissão é fundamental para reduzir os riscos dos investimentos em energias renováveis. Estamos não só implementando melhorias, mas também anunciando novos investimentos que não geram custos adicionais para as tarifas", destacou o secretário.

O ministro Alexandre Silveira propôs um leilão para a contratação de baterias, visando auxiliar no fornecimento de potência, e estuda o uso dessas tecnologias como ativos de transmissão para aumentar a flexibilidade do sistema, lidando melhor com a variabilidade das fontes renováveis e aprimorando a confiabilidade e competitividade do setor.

Barral encerrou sua fala destacando o compromisso do MME em regulamentar o marco da energia eólica offshore no Brasil.

BWP

O Brazil Windpower (BWP) tem se consolidado como um importante ponto de encontro para networking e compartilhamento de conhecimento no setor eólico, reunindo os principais representantes nacionais e internacionais. O evento facilita conexões e negócios entre centenas de profissionais durante três dias de imersão no tema.

Em 2024, na sua 15ª edição, o evento traz um novo formato de acesso, oferecendo aos congressistas a oportunidade de aproveitar conteúdo em três palcos simultâneos, além de abordar temas como Onshore, Offshore e O&M, duas arenas Windtalks e uma área de exposição com mais de 150 marcas.

Assessoria Especial de Comunicação Social - MME
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