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GT TRANSIÇÕES ENERGÉTICAS
G20: GT de Transições Energéticas em BH é concluído e define combate à pobreza energética no mundo como grande objetivo
- Foto: Ricardo Botelho / MME
O combate à pobreza energética e a importância do planejamento a longo prazo foram os grandes destaques do terceiro e último dia de debates do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, nesta quarta-feira (29/5), em Belo Horizonte, liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
As iniciativas implementadas no Brasil e os planos para uma transição energética justa, acessível e inclusiva nortearam as discussões nestes três dias de evento na capital mineira. A coordenadora do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e assessora especial do MME, Mariana Espécie, explicou que os princípios defendidos nas reuniões também foram apresentados pelo ministro Alexandre Silveira durante audiência com o Papa Francisco, no Vaticano, no início deste mês de maio.
“Nosso objetivo é ampliar o entendimento do que vem a ser uma transição energética justa levando em conta a perspectiva dos países em desenvolvimento. Estamos falando de transição energética, mas muita gente no mundo inteiro ainda não tem questões básicas como acesso à eletricidade ou a tecnologias limpas para cozinhar seus alimentos, e esses números precisam definitivamente ser superados. Para isso, é necessário estruturarmos mecanismos eficientes de alocação de custos e de subsídios das novas tecnologias de forma a permitir o seu consumo e acesso, principalmente, pelas parcelas mais pobres da população”, defendeu Mariana Espécie.
Para que estas ações sejam implementadas, a coordenadora afirmou que o planejamento energético é fundamental para direcionar as políticas públicas necessárias para garantir os investimentos para financiar a transição. Essas estratégias de longo prazo incluem, também, os novos combustíveis.
“O Brasil está propondo a criação de uma coalizão global para planejamento energético justamente para apoiar os países que não têm capacidades institucionais bem estabelecidas atualmente. O objetivo é que para que eles possam orientar suas decisões de políticas de longo prazo para a transição energética, considerando as suas tradições energéticas. No caso dos novos combustíveis, por exemplo, todos eles importam. Precisamos ter opções de baixa intensidade de carbono, é com isso que a gente tem que se importar”, definiu a coordenadora do GT.
O embaixador André Corrêa do Lago, Secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, reforçou que o desafio é que cada país encontre uma solução pra fazer a transição energética. “Alguns países têm uma dependência, às vezes, de até 85% de combustíveis fósseis para a geração de sua eletricidade. Então, precisamos conseguir um acordo sobre os caminhos a serem tomados, para que cada país possa ter a sua solução individual”, disse.
Os encaminhamentos de Belo Horizonte serão levados, agora, para o último encontro técnico do GT de Transições Energéticas, que antecede a reunião ministerial. Entre 30 de setembro e 2 e outubro o grupo se reúne em Foz do Iguaçu, no Paraná. Já a reunião ministerial será realizada no dia 4 de outubro, também na cidade paranaense. De lá serão retiradas as sugestões do grupo para deliberação da cúpula do G20, onde os presidentes dos países se reunirão para a redação do documento que irá nortear as políticas para a transição energética mundial.
Minas Gerais
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da abertura das reuniões do GT, na segunda-feira (27/5). Segundo o ministro, que é mineiro, Minas Gerais foi escolhida para sediar o encontro devido ao destaque na produção e diversificação mineral, principalmente os estratégicos para a transição energética. Além disso, o estado também é o que possui a maior capacidade instalada para geração de energia solar do país.
“Minas, assim como o Brasil, é um celeiro de energias limpas e renováveis. Além de sua riqueza mineral, que leva em seu nome, inclusive, o estado se tornou solo fértil para a produção de energia solar, que tem transformado regiões e gerando desenvolvimento social e econômico”, destacou o ministro durante a abertura dos trabalhos.
Assessoria Especial de Comunicação Social - MME
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