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PDE 2035
Estudo do MME e da EPE prevê queda da dependência externa de derivados de petróleo na próxima década
- Foto: Arte MME
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicaram, nesta sexta-feira (28/11), o Caderno de Abastecimento de Derivados de Petróleo, parte integrante do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035). O estudo fornece à sociedade brasileira uma base sólida de informações e análises preditivas detalhadas sobre o segmento de refino de petróleo, as perspectivas para importação e exportação de petróleo, para oferta e dependência externa de derivados, e seus impactos para o abastecimento nacional.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que as informações contidas no caderno são estratégicas. “Estamos ampliando a capacidade de refino do país para reduzir, de forma consistente, a dependência externa de derivados. Esse movimento combina autossuficiência, geração de emprego e renda, e mais segurança para todo o sistema energético nacional. O estudo reforça a qualidade do nosso planejamento e dá previsibilidade para que os investimentos necessários, tanto na expansão industrial quanto no financiamento da transição energética, avancem com responsabilidade e visão de longo prazo”, afirmou o ministro.
O Caderno mostra que o Brasil deverá ampliar a sua condição de exportador líquido de petróleo nos próximos dez anos, alcançando 2,7 milhões de barris por dia em 2035. Esse volume expressivo das exportações brasileiras de óleo cru poderá elevar ainda mais a importância e relevância do País no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo.
Neste contexto, o documento indica que a capacidade nacional de refino de petróleo será ampliada em 10% entre 2025 e 2035, em função da carteira de investimentos previstos em refino no Brasil, que contempla, especialmente, a conclusão do 2º trem da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), o Complexo de Energias Boaventura e projetos de ampliação de unidades de destilação e de hidrotratamento de diesel.
Apesar dos investimentos em refino, o Brasil permanecerá como importador líquido de derivados durante todo o horizonte, com destaque para as importações de óleo diesel e nafta. Pelas projeções, o país deverá alcançar patamares de importação de óleo diesel superiores às máximas históricas.
Por sua vez, a produção de óleo combustível permanecerá com excedentes durante todo o período. Há redução do grau de dependência externa à nafta (de 59% para 29%) e ao QAV (de 18% para 4%), em função de investimentos em refinarias/biorrefinarias ou maior consumo de fração renovável (SAF), enquanto o balanço de gás liquefeito de petróleo (GLP) indica a possibilidade de superávit a partir do fim desta década.
Para mais detalhes, acesse o Caderno de Abastecimento de Derivados de Petróleo aqui.