Notícias
Ministro Alexandre Silveira comemora parceria para biorrefino da macaúba e defende recompra de refinaria na Bahia
O Ministério de Minas e Energia (MME) tem se comprometido com a elaboração de políticas públicas que promovam a descarbonização e garantam que o Brasil atinja as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) previstas no Acordo de Paris. Uma dessas medidas pela qual o MME vem trabalhando é a concretização da parceria estratégica entre a Petrobras e a multinacional Acelen no projeto de biorrefino do óleo de macaúba. Outra medida defendida pelo ministro Alexandre Silveira é a recompra, pela Petrobras, da Refinaria Landulpho Alves (RLAM). A refinaria, que fica na Bahia, foi vendida pela empresa em 2021.
Nesta missão de atrair recursos, promover a descarbonização e diversificar nossa matriz energética, o ministro tem mantido reuniões frequentes com representantes do governo dos Emirados Árabes Unidos para tratar de investimentos e fundos soberanos do país no Brasil.
"O Brasil se destaca na transição energética. Recentemente, ultrapassamos a marca de 100 milhões de créditos de descarbonização emitidos, os chamados CBIOs. Por meio de projetos dessa natureza, nosso objetivo é exportar créditos de carbono e promover uma onda de neoindustrialização, gerando empregos e renda para brasileiras e brasileiros", reforçou Silveira.
O projeto de biorrefino da macaúba – espécie de coco nativo do Brasil – será um dos destaques brasileiros na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) que, neste ano, vai ocorrer entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai. O uso do fruto como matéria-prima permitirá a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A iniciativa será impulsionada pelo Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, que será enviado nos próximos dias para o Congresso Nacional e prevê mandatos para impulsionar o desenvolvimento dessa indústria no país.
Para o ministro Alexandre Silveira, a implantação do biorrefino da macaúba é uma medida que trará não apenas benefícios econômicos e para o meio ambiente, mas será uma ferramenta essencial para a redução de desigualdades regionais e de apoio ao pequeno agricultor e agricultura familiar em regiões do semiárido, como os estados da Região Nordeste e as zonas produtoras espalhadas pelo Centro, Norte e Alto Paranaíba, em Minas Gerais.
"Para as mulheres agroextrativistas, o coco da macaúba significa fonte de renda. Elas prestam um enorme serviço ao Brasil, por fazerem um trabalho sustentável, que utiliza o fruto de uma árvore nativa", enfatizou o ministro.
Protagonismo brasileiro na transição energética
Silveira destaca ainda a importância do Brasil na liderança do Sul Global e a capacidade do Presidente Lula de ser o grande articulador da transição energética justa no mundo.
"O presidente Lula reúne todas as condições de ser o grande líder do Sul Global nessa questão. Trabalhamos para que os países em desenvolvimento discutam, em pé de igualdade com as nações mais desenvolvidas, a cooperação em bases justas. Não queremos a imposição de uma agenda que atente contra o interesse dos países em desenvolvimento".
Para o ministro de Minas e Energia, iniciativas na área de bioenergia colaboram diretamente para alcançar o tão desejado desenvolvimento econômico, com frutos sociais, garantindo a preservação do meio ambiente, intensificando as ações em prol da transição energética.
Reinvestimento em refino
Silveira também defende o investimento, por parte da Petrobras, em transição energética e demonstra preocupação com as populações de Bahia e Sergipe desde a privatização da Refinaria Landulpho Alves, pois os moradores desses estados não estão sendo beneficiados pelo Preço de Competitividade Interna (PCI) previsto na nova estratégia comercial da Petrobras e continuam arcando com o preço de paridade de importação (PPI).
"O povo baiano e sergipano tem pago preços de combustíveis mais caros do que em regiões de influência das refinarias cujo controle é da Petrobras. Entendemos do ponto de vista da segurança energética e da nova geopolítica do setor de petróleo e gás, respeitadas as regras de governança da Companhia, que a Petrobras deve avaliar recomprar a RLAM. É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendido", finalizou Alexandre Silveira.
Assessoria Especial de Comunicação Social