Programação
20 a 23 de novembro
SLAM BR
Espaço de resistência e reconhecimento
O FLIIR já nasce sediando uma das maiores manifestações de entrelaçamento da igualdade racial: o SLAM BR, Campeonato Brasileiro de Poesia Falada.
A disputa nacional de slam poetry terá palco no FLIIR.
O SLAM BR mobiliza mais de 240 jovens que se apropriam da palavra para desafiar estruturas, no FLIIR não será diferente. Vamos trazer um universo de histórias, lutas e identidades que merecem ser celebradas.
As vozes das ruas do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul conduzem a gira de vivências que irá ampliar fronteiras da poesia. Afinal, festejamos 15 anos de slam no Brasil, descolonizando literatura e espaço.
23 de novembro
Painéis SENAPIR
Em colaboração, o Ministério da Igualdade Racial promove a visibilidade de projetos e ações e impactos que difunde e valoriza pessoas negras, Comunidades Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povo de Terreiro, Povos Ciganos.
20 a 23 de novembro
Ativações
Conceição em cena: narrativas de resistência em Teatro Lambe-Lambe
16h a 17h30 / 19h a 20h30
Em suas obras, Conceição Evaristo explora a si mesma, empodera-se na própria maré de vivências. A criação e formação de teatros lambe-lambe à reverencia, enfatiza tanto metáfora quanto espelho literal: Olhos d’Água.
A ativação dará vida a contos de Conceição, para que o público possa viver uma experiência estética e emocional com a retratação das autodescobertas das personagens em relação aos lugares de fala e ao corpo político.
É uma conexão entre as narrativas de resistência e autoafirmação presentes na obra desta escritora que navega pelos desafios do mundo.
20 de novembro
Mesa de Abertura (18h)
A mesa reunirá vozes que se unem nesta luta pela igualdade racial e na promoção da literatura como ferramenta de leitura racializada do mundo e transformação social.
Participarão a organizadora geral do festival, Profª Drª Thais Marinho (PUC Goiás); Julio Ludemir, parceiro estratégico e idealizador da Festa Literária das Periferias; Tais Santanna, coordenadora de avaliação de Políticas Públicas (SINAPIR) e outros representantes do Ministério da Igualdade Racial.
Mesas Entre Letras e Lutas
O FLIIR será cenário para o lançamento do segundo volume da obra Dicionário Biográfico: Histórias Entrelaçadas de Mulheres Afrodiaspóricas, curada por Thais Alves Marinho e Rosinalda Correia da Silva Simoni, em colaboração com a PUC Goiás e Kilombo Ayan.
Esta atividade dá continuidade à parceria estabelecida em 2024 com a Rede Latino-Americana e Caribenha de Pesquisas sobre Feminismos de Terreiros (RELFET) e a UFRJ. Ela é o ponto de partida para quatro mesas que apresentarão 25 pesquisadoras negras de todas as regiões do Brasil.
Após, esta atividade ganha vida com a produção de 100 verbetes biográficos e o desenvolvimento de conteúdos multimídia com as 25 autoras participantes, para intercambiar mulheres afrodiaspóricas, suas histórias e legados.
20 de novembro
1. Redes e rastros (16h)
Tendo Núbia Regina Moreira (UESB) como mediadora, esta mesa mergulha na resistência em territórios onde a presença negra é invisibilizada. A partir de vivências do Amazonas a Pernambuco, as participantes discutem justiça racial, memória e sobrevivência, apesar das tentativas de apagamento.
- Participantes:
Silvana Bispo (SEBA);
Valdenice José Raimundo (Unicap);
Claudia Kathyuscia (Secretaria Estadual de Educação do Alagoas);
Jucinara Cabral da Silva (Coordenadora do Setor Pedagógico Quilombola da Secretaria de Educação do Município de Barreirinha Amazonas);
Ana Lídia Cardoso (UFRA).
21 de novembro
2. Chamas e caminhos (14h)
Reunindo vozes do Rio Grande Sul, Minas Gerais, Bahia, Goiás e Amapá, esta mesa discute a luta por uma educação cada vez mais antirracista. As falas revelam ações do poder público, narrativas de disputa e como a ação política e pedagógica molda o futuro.
Mediação: Maria Edimaci Leite Teixeira (PUC Goiás)
- Participantes:
Iraneide Soares da Silva (UESPI);
Isis Tatiane dos Santos (Associação de Mulheres Mãe Venina do Quilombo do Curiaú do Amapá);
Tânia Ferreira Rezende (UFG);
Elane C. Albuquerque (Centro Integrado de Formação Profissional em Pesca e Aquicultura do Amapá- CIFPA);
Fabiana Marques (Coletivo Acadêmicas do Samba/SP);
21 de novembro
3. Águas que correm (16h)
Joanice Conceição (Unilab) realiza a mediação desta mesa que reflete sobre história, memória e migração amefricana. Do Rio Grande do Sul a Roraima discutirão o simbolismo e a materialidade das águas como conectivas de histórias, fluxos culturais e diásporas internas, resgatando memórias que atravessam fronteiras geográficas e temporais.
- Participantes:
Amanda Mota (UFRGS);
Antonilde Rosa Pires;
Carol Lima de Carvalho (UDESC);
Cíntia Santos Diallo (UEMS);
Heridan de Jesus G. P. Ferreira (UFMA);
Mariana da Cunha (UFRR);
21 de novembro
4. Sementes do Amanhã (17h30)
Para discutir memória, letramento racial e futuro amefricano, Maricel Mena Lopez é mediadora de uma mesa com representantes da Paraíba, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Brasília e Ceará. Cultivar novas gerações capazes de reinscrever as histórias de mulheres negras no centro é objetivo do debate .
Participantes:
Solange Rocha (UFPB);
Jhenifer Emanuely Rodrigues dos Santos (Secretaria Estadual do Distrito Federal);
Juliana Barbosa (UFPR);
Karla Jaqueline Vieira Alves (Coletivo Mulheres Negras do Cariri Pretas Simoa);
Yone Maria Gonzaga (UFMG);
Manuela Arruda dos Santos Nunes da Silva (Secretaria de Educação do Mato Grosso);
20 de novembro (19h)
Mesa Ciganos do Brasil: Narrar para Existir
Conduzida pela Cia de Tradições Ciganas Dirachin Calin, da Paraíba, grupo que existe desde 2009, o momento será dedicado às manifestações artísticas e vivências dos povos ciganos, historicamente perseguidos e invisibilizados no Brasil. O diálogo visa informar e combater o preconceito sobre os valores ciganos.
Participantes:
Marcilânia Gomes
Pereira Alcantara
Samara Soares
Pedro Bernadone
22 de novembro (14h)
Escrevivência viva: jovens em conversa com a Conceição Evaristo
Conhecimento que inova, incomoda estruturas e entrelaça diálogos — elementos que nos conduzem ao encantamento das “escrevivências”. A escritora homenageada, Conceição Evaristo será entrevistada por jovens do Laboratório de Leituras Conceição Evaristo, projeto da FAETEC do Maracanã em parceria com o PACC-Letras/URFJ. Um encontro entre gerações, vida e oralidade.
22 de novembro (16h)
Juventude Negra Viva: Experiências Coletivas de Políticas de Bem Viver e Prevenção à Violência Letal
A mesa apresenta o Plano Juventude Negra Viva reúne as principais lideranças do Ministério da Igualdade Racial, agentes territoriais e jovens lideranças para debater estratégias integradas de prevenção à violência letal, promoção de direitos e fortalecimento das ações da juventude em todos os territórios.
Participantes:
Francisco Nonato – Diretor da DCR/SEPAR;
Vitor Matos – Coordenador-Geral de Políticas de Ações Afirmativas na Educação (CGE/DPA/SEPAR);
Ana Carolina – Comissão Gestora do PJNV / Coordenadora de Gestão da Iniciativa Negra;
22 de novembro (20h)
Feminismo Negro: Experiências Transatlânticas e Desafios Contemporâneos
A mesa reúne Alice Hasters e Léa Mormin-Chauvac para conversar sobre a história e o legado das irmãs Nardal, pioneiras do feminismo negro na Martinica e figuras centrais na construção do pensamento diaspórico. Invisibilizadas por tanto tempo, elas agora recebem os holofotes e são as grandes homenageadas da primeira edição do FLIIR.


23 de novembro
Cozinha Ancestral: diálogo cultural (18h)
Nesta mesa, entrelaçamos as vozes de Ialorixá Marlene de Oxalufã, zeladora do Ilê Axe Omin Ota Odara, mestra da Cozinhas das Tradições, na ESDI/UERJ e pesquisadora associada ao Laboratório de Design e Antropologia (LaDA/ESDI/UERJ); Mãe Celina de Xangô, consultora, gestora cultural e artista, que integra um circuito de debates sobre a importância das ervas e das mulheres e do protagonismo afro-brasileiro; e Mãe Flávia Pinto, socióloga (PUC-Rio), pós-graduada em Gestão Pública Metropolitana e especialista em Políticas de Gênero na América Latina, para uma troca de saberes sobre vivências de terreiros, alimento como expansão - de afeto, de criação e de memória - um culto ao sagrado e à ancestralidade.
23 de novembro (17h)
Mesa Toda Forma de Amor Vale Amar
Perspectivas que atravessam raça, gênero, classe e territorialidades marginalizadas. Evandro da Conceição e Geni Núñez revelam uma reflexão crítica sobre sexualidades periféricas que se desdobram em padrões normativos e colonialistas. Esta mesa fortalece os ecos dos pensadores antirracistas que foram gerados com o movimento FLIIR 25, deixando a nossa marca.
23 de novembro (14h)
SINAPIR e a literatura como promoção da igualdade racial
A mesa apresenta novas políticas públicas bem sucedidas na esfera cultural e educacional no Estado e município voltadas ao fortalecimento do slam, da poesia falada, da literatura afrodescendente e das narrativas de povos tradicionais.
Tatiana Dias - Diretora - (DAMGI/SINAPIR)
Cícero Alexandre da Silva - Serra Talhada/PE
Maria dos Milagres Pereira da Silva - Codó/MA
Professora Vilma Piedade
Performances e Documentários
20 de novembro (14h)
Filme Biguine de Guy Deslauriers e debate
Um filme que se passa na Martinica do século XIX: Hermansia e Tiquetaque, uma dupla de músicos que sonha em criar um centro cultural no Caribe. Eles abandonam a plantação onde trabalhavam e decidem viver da música, mas precisam enfrentar muitos desafios pelo caminho.
Guy Deslauriers, diretor apaixonado por cinema, realizou diversos projetos em Fort-de-France, na Martinica, ainda durante seus estudos. Entre suas produções, se destaca também um documentário sobre Édouard Glissant.

- França Brasil 2025
22 de novembro (19h)
Documentário Les soeurs Nardal: les oubliées de la Négritude e debate Feminismo Negro: Experiências Transatlânticas e Desafios Contemporâneos
Conhecemos os pais da Négritude, mas quem esteve na base desse pensamento? É essa pergunta que costura o documentário Les soeurs Nardal: les oubliées de la Négritude, escrito por Léa Mormin-Chauvac e Marie Christine Gambart, que também assina a direção.
Neste documentário conhecemos um pouco mais das Irmãs Nardal, nossas homenageadas, o que as atravessava — sonhos e ideias — no mundo do século XX.
No FLIIR a exibição nos convoca ao debate intitulado Feminismo Negro: Experiências Transatlânticas e Desafios Contemporâneos, e procura reposicionar estas feministas martinicas e seus diálogos transatlânticos na história. Além disso, também acontece o lançamento do livro Les soeurs Nardal.

- França Brasil 2025
22 de novembro (18h)
Leitura de Et les chiens se taisaien
Leitura de Et les chiens se taisaient de Aimé Césaire, os dilemas e as contradições do herói revolucionário.

- França Brasil 2025
23 de novembro (16h30)
Peça Rosanie Soleil por Ina Césaire
Rosanie Soleil é um psicodrama que reúne quatro mulheres em um ambiente rural da década de 1870.
Entre afazeres domésticos, elas trocam confidências, ironias e segredos em uma linguagem codificada, revelando tensões, afetos e mistérios familiares. Um retrato poético e poderoso das vozes femininas que resistem, mesmo quando o mundo tenta silenciá-las.
Ina Césaire é dramaturga e etnógrafa francesa que celebra a herança oral da sua terra natal, a Martinica.
