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Políticas neoliberais geraram a desvalorização do serviço público
Na última sexta-feira, 26, o sociólogo Giovanni Alves ministrou a palestra “Gestão de Metas e Serviço Público – A degradação do trabalho no Brasil neoliberal”, durante o 4º Ciclo de Palestra e Roda de Conversa com a CISSP. O evento, que teve caráter híbrido, foi oferecido para o público interno da Fundacentro.
Mediado pela pesquisadora Thaís Helena Barreira, a abertura do ciclo contou com a presença de Remígio Todeschini, que recentemente foi nomeado diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundacentro. Na ocasião, Todeschini falou sobre o caminho que a instituição deve seguir.
“A Fundacentro é produtora de conhecimento, através das pesquisas e estudos que gera. É importante resgatá-la como um processo de inovação na gestão e investimento, para diminuir a questão da acidentalidade e promover a saúde e segurança do trabalhador”, esclarece o diretor.
Metas no serviço público
Durante a atividade, Giovanni Alves explica que existe uma série de críticas relacionadas à forma de organização do trabalho, a partir da década de 90. Desde esse período, foram adotadas políticas neoliberais que geraram a desvalorização do serviço público e novos modos de explorar a força de trabalho.
Uma delas é a gestão de metas que cresce no serviço público. “O emprego de metas de produtividade e desempenho agrava a pressão laboral e a precarização das administrações públicas. Além disso, afeta a saúde e segurança dos trabalhadores e pode interferir na qualidade da prestação de serviço aos cidadãos”, explica o sociólogo.
Outra questão em pauta foi a “uberização” das atividades laborais. “A plataformização do trabalho é uma forma tecnológica mais avançada da nova precariedade salarial, com impactos não apenas nas organizações privadas e públicas, mas também no mercado de trabalho”, informa Alves.
Ao final do evento, Thaís Barreira menciona que Fundacentro já pesquisa os temas mencionados por Giovanni Alves. “Eu queria lembrar, nesse momento, que os servidores da instituição têm pesquisado os trabalhadores plataformizados, os professores e discutido os mecanismos de gestão, assédio e métricas em diversas categorias”.