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Rotina do sono pode ser afetada pela percepção de risco de adoecimento por Covid-19
Artigo de pesquisa revela alteração na qualidade do sono dos profissionais de saúde devido à alta percepção de risco de adoecimento por Covid-19. Material está disponível na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO).
Entre maio e agosto de 2020, os autores realizaram um estudo epidemiológico com 2.996 trabalhadores, do Rio de Janeiro, que falaram sobre os riscos que consideravam estar expostos no início da pandemia.
Observou-se que o contexto pandêmico gera aumento do sofrimento mental. Os profissionais analisados estavam em constante estado de alerta e com medo de não sobreviver, caso fossem infectados, por causa da alta transmissibilidade do vírus, da escassez de equipamentos de proteção individual adequados e da inexistência de vacinas, na época da coleta dos dados.
Inclusive, dados do estudo apontam uma associação entre a percepção de risco e mudanças na rotina de descanso. “Mais de 80% dos participantes referiram alguma variação na duração do sono durante a pandemia, cerca de 16% passaram a usar medicamentos para dormir e 10% aumentaram a dose durante a pandemia”.
O estudo também correlaciona um menor nível de sofrimento mental, ansiedade, depressão e problemas de sono entre os trabalhadores que receberam algum tipo de acolhimento e apoio social.
Para os autores, “esses aspectos ressaltam a importância de implementar estratégias organizacionais que promovam o apoio por parte de colegas e chefias, bem como o suporte psicológico para o enfrentamento de uma situação de estresse prolongado. Tal ação pode corroborar na prevenção de doenças físicas e mentais entre os trabalhadores de saúde”.
Leia o artigo na íntegra: Percepção de risco de adoecimento por COVID-19 entre trabalhadores de unidades de saúde.
Para saber mais sobre assuntos relacionados ao tema, acesse o dossiê temático sobre a Pandemia de COVID-19 e a Saúde do Trabalhador, da RBSO.
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