Conversa Extramuros aborda saúde e segurança ocupacional no Chile

Última edição da Conversa Extramuros é pautada pelo compartilhamento de iniciativas relacionados à saúde e segurança ocupacional no Chile. Evento foi realizado em 30 de novembro, durante o III Encontro de Pesquisa & Inovação.

Na ocasião, Erika Benevides, diretora de Pesquisa Aplicada da Fundacentro, recebeu especialistas do Instituto de Saúde Pública (ISP) do Chile, que falaram sobre projetos desenvolvidos no país.

Equipamentos de proteção individual

José Espinoza, chefe do subdepartamento de Segurança e Tecnologias no Trabalho, e Ariel Rodríguez, chefe da seção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), ambos do Departamento de Saúde Ocupacional do ISP, demostraram os modelos de controle de qualidade dos equipamentos de proteção individual no Chile.

“Queremos mostrar nossa realidade, os avanços que tivemos com a implementação de registros e nossa experiência em relação aos EPIs utilizados na área de saúde, sobretudo em uma época da pandemia”, diz Espinoza.

Rodríguez afirma que existem três normas cujas disposições são voltadas para a saúde dos trabalhadores expostos a riscos laborais, os decreto supremos nº 18/82 , nº 173/82 e nº 594/99.

Mas esclarece que o país ainda enfrenta alguns problemas em relação à regulamentação, pois não existem organismos nacionais de certificação de EPIs autorizados pelo Instituto de Saúde Pública. “O Chile não possui empresas autorizadas que certifiquem o universo dos EPIs disponíveis. Tampouco, existe uma regulamentação oficial que regule cada um dos diferentes tipos”.

Exposição ocupacional ao ruído

Natalia Gilbert, chefe de audiologia do departamento de Saúde Ocupacional do ISP, fala sobre a audiologia, no âmbito trabalhista, e o Protocolo de Exposição Ocupacional ao Ruído (Prexor), do Ministério da Saúde Chileno.

O Prexor tem por objetivo contribuir para a redução da incidência e prevalência da perda auditiva de origem ocupacional. “O Protocolo dispõe diretrizes para elaboração, aplicação e controle de programas de vigilância em saúde para trabalhadores expostos ao agente ruído e para ambientes de trabalho”, explica a chefe de audiologia.

Risco psicossocial laboral

Um boletim estatístico, divulgado pelo Sistema Nacional de Información de Seguridad y Salud en el Trabajo (SISESAT) de La Superintendencia de Seguridad Social (SUSESO), aponta que, em 2020, 65% das doenças ocupacionais diagnosticadas em mulheres estão relacionadas à saúde mental. Já nos homens a taxa é de 35%.

Magdalena Ahumada, psicóloga-ergonomista do departamento de Saúde Ocupacional do ISP, expõe sobre a gestão de riscos psicossociais ocupacionais no Chile e informa sobre uma das principais normas utilizadas pelo Ministério da Saúde.

“O Protocolo de Vigilância de Riscos Psicossociais no Trabalho visa mensurar a exposição a fatores de risco para a saúde mental dos trabalhadores, bem como orientar ações preventivas e de mitigação no ambiente de trabalho”, revela a psicóloga-ergonomista.

Ahumada também fala sobre iniciativas da IST. “Atualmente estamos trabalhando em um projeto financiado pela agência científica do Chile sobre liderança e saúde mental de trabalhadores de hospitais públicos”.

Toda a conversa extramuros pode ser assistida no canal do YouTube da Fundacentro. Acesse o link e veja na íntegra.