Gestores de Facilities discutem ar climatizado

No dia 29 de abril de 2009, das 8h às 12h, no auditório da Fundacentro do Centro Técnico Nacional, realizou-se uma reunião do Grupo de Profissionais Administradores de Serviço (GRUPAS), pertencente à Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC). O tema central foi “A qualidade do ar em ambientes climatizados”, ministrado pelo pesquisador da Fundacentro, Francisco Kulcsar Neto e pelo engenheiro da empresa Conforto Engenharia Ambiental, Leonardo Cozac. Participaram, engenheiros, empresários, administradores, arquitetos e profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). O GRUPAS foi fundado em 1985 e tem como missão fomentar o aprimoramento e atualização dos profissionais integrantes. Isso acontece continuamente por meio de reuniões itinerantes que visam ações criativas, inovadoras e otimizadas que propiciam aos integrantes um networking -, técnica de desenvolver e manter uma rede de contatos. O best practices e benchmarking funcionam como um instrumento para melhorar o desempenho dos profissionais através do aprendizado das melhores práticas e dos entendimentos entre o grupo para atingir uma meta. A abertura do evento foi realizada pelo presidente do GRUPAS, Carlos Escobar Sterque, pela vice-presidente, Márcia S. Nunes Pelluchi e pelo representante do Comitê de Apoio da Organização do Evento, Osvaldo Logo, que deram as boas vindas aos participantes e aproveitaram o momento para homenagear os aniversariantes do mês. O tema discutido na reunião foi uma oportunidade para os integrantes do GRUPAS, pois é uma responsabilidade de atenção constante dos Facilities, já que cuidar do bem estar e meio ambiente é um dever deste profissional. Após a abertura e no primeiro tempo antes do intervalo, Francisco Kulcsar Neto, informou aos participantes a missão da Fundacentro que é de realizar pesquisas, ensino e divulgação de conhecimentos que contribuam na promoção da segurança e saúde dos trabalhadores e para ilustrar foi passado o vídeo institucional. Segundo Francisco, o equipamento de proteção não pode ser entregue simplesmente ao trabalhador, é necessário instruí-lo como usar o equipamento. “A Fundacentro pesquisa, estuda e fomenta o uso de técnicas de gestão de segurança e saúde no trabalho que envolvam reconhecimento, avaliação e controle coletivo e individual dos riscos”, comentou Kulcsar. A qualidade do ar em ambientes climatizados Com a frase: “O que os olhos não vêem, o pulmão sente”, deu-se início a palestra do pesquisador Kulcsar explanando sobre a qualidade do ar interior. O pesquisador disse que as pessoas passam de 80 a 90 por cento em ambientes fechados e o uso do ar condicionado é muito utilizado, principalmente no verão. Durante a sua explicação, Kulcsar, passou os slides mostrando que para que o uso do aparelho de ar condicionado seja pleno, o ideal é que a temperatura esteja confortável para todos. Além de climatizar o ambiente, é necessária a sua manutenção para manter os padrões adequados de qualidade do ar interior climatizado. Hoje em dia, o ar está muito poluído e as doenças respiratórias são os grandes vilões para a saúde da população. “Vivemos no mundo dos fungos”, diz Francisco. Tem se discutido muito sobre a qualidade do ar na residência, escritório, indústrias e, principalmente, nos hospitais. O projeto adequado e a manutenção preventiva nos aparelhos de ar condicionado são fundamentais para evitar as doenças respiratórias, como Legionella pneumophila (pneumonia) e Mycobacterium tuberculosis (tuberculose) que são possíveis de serem transmitidas no ambiente fechado. “O fumo no ambiente fechado e com ar condicionado não combinam, é necessário um espaço destinado aos fumantes”, finaliza Kulcsar. Através da Portaria 3523, de 23 de agosto de 1998, do Ministério da Saúde -Aprova o regulamento técnico contendo medidas básicas referentes ao procedimento de verificação e limpeza, garantido, assim, a qualidade do ar de Interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados. Já a Resolução 09, de 16 de janeiro de 2003, do Ministério da Saúde - Determina a publicação de orientação técnica elaborada por grupo técnico, sobre padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados. O tema foi finalizado com a explanação do palestrante, Leonardo Cozac, da empresa Conforto Engenharia Ambiental, enfatizando a palestra do pesquisador Kulcsar e comentou que os vilões do ar condicionado são os fungos, bactérias e ácaros que se acumulam no sistema de climatização no ar interior. “Cada pessoa respira em torno de 10.000 mil litros de ar por dia”, diz Leonardo. A qualidade do ar nos ambientes interiores é importante para o bem da saúde das pessoas, e todos os ambientes devem ser mantidos limpos. Para o sistema de ar condicionado central é importante a limpeza do filtro e da bandeja. O ar é captado através de tomadas de ar externo, passando pelo filtro e pelas serpentinas de resfriamento. A bandeja recebe as gotas de água quando o ar é resfriado. O acúmulo de água na bandeja pode desenvolver microorganismos como fungos, algas, bactérias e protozoários. Para o equipamento individual de ar condicionado, é importante a lavagem e a troca de filtros de forma periódica. A troca do filtro e da bandeja pode ser realizada quando houver necessidade, e uma vez por ano, para executar a limpeza de todo o equipamento, é recomendável uma empresa especializada para realizá-la. Para o engenheiro Leonardo, a legislação brasileira está muito bem definida no que diz respeito aos cuidados do ar nos ambientes. A fiscalização é realizada pela Vigilância Sanitária Municipal e pelo Ministério do Trabalho. “Poluição no ambiente interno pode ser mais grave que o ambiente externo, finaliza Cozac. Plantas no ambiente As plantas no ambiente podem enfeitar e deixar o ambiente mais ameno, mas, se não forem tomados os devidos cuidados, também podem se tornar um fator de poluição interior. Algumas empresas estão aderindo a hidrocultura nos ambientes de trabalho. São plantas cultivadas por meio da molen planten ou hidrocultura que é um método de cultivo bastante limpo e simples de ser conduzido. O desenvolvimento da planta ou a troca para outro vaso também é prático. Este sistema desenvolve-se bem e livre de problemas como doenças ou insetos provenientes da terra. O produto semi-aquoso é mais indicado, pois a água pode causar a invasão de insetos, assim como proliferação de mosquitos e fungos. O evento contou com o apoio da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (FUNDACENTRO) e da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) e Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC). No final da reunião, o presidente do GRUPAS, Carlos Escobar D. Sterque, comentou que o evento atendeu as expectativas dos Associados do GRUPAS. “Os elogios têm sido uma constante, desde o término da reunião”, exaltou Sterque. “Respondi aos colegas que embora naquela data fosse o Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, que nossos ouvidos receberam mensagens de conteúdo profissional e agradável, pois, os profissionais Francisco Kulcsar Neto e Leonardo Cozac, que apresentaram o tema, foram objetivos e demonstraram conhecimento no assunto”, finaliza Carlos Escobar. Assessoria de Comunicação Social Texto elaborado por Débora Maria Santos