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Projeto Caminhos das Águas: livro relata experiências formativas em 10 localidades
Foto: Kevin Eliel Gonzalez Silva
O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli) e em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), lança o livro do Projeto Caminhos das Águas – Fortalecendo Fazeres e Saberes Artísticos e Culturais, relatando os resultados das ações realizadas ao longo de 2024.
Acesse aqui o livro
O Projeto Caminhos das Águas integra o Programa Olhos d’Água, iniciativa lançada em 2023, que promove atividades formativas e democratiza o acesso às políticas públicas culturais em todo o território nacional.
O Projeto Caminhos das Águas, percorreu dez localidades brasileiras, nas cinco regiões do país, proporcionando trilhas formativas baseadas no curso Educação dos Sentidos para fazer Sentido: Arte nas Escolas como estratégia de comunicação de 2023, em ações que tinham foco na ampliação de repertórios, sensibilização dos olhares, aprofundamento da percepção do que é ser artista, artesão, mestre do saber e agente cultural, por meio de práticas arte-educativas e educomunicativas, bem como através da realização de laboratórios de elaboração de projetos culturais, aliando a teoria à prática de escrita de projetos para participação em editais e chamadas públicas.
Para o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, o livro retrata a cultura dos territórios, compreendendo estes como conexões aos seus processos educativos e culturais. “Nesse caminho, rios, afluentes e chapadas ganharam relevo como territórios vitais do projeto. Eles foram o mapa do caminho das águas. Daí a presença em comunidades que estão inseridas nos fluxos de rios e chapadas no território nacional. Foram territórios importantes para o desenvolvimento desses projetos, distribuídos nas cinco regiões do Brasil, compreendendo também a relação entre cultura e natureza como vitais na educação ambiental e para o desenvolvimento sustentável por meio das artes e das manifestações culturais”, aponta o secretário do MinC, Fabiano Piúba.
O coordenador educativo e um dos autores do livro Mauricio Virgulino explica que um dos objetivos do livro é apresentar a memória, com multiplicidade de vozes e experiências, a metodologia e as ações realizadas nesta formação artística e cultural proposta pelo projeto Caminhos das Águas. “E fazemos isso entendendo que a metodologia criada para o projeto pode ser replicada como tecnologia social, servindo de referência para ações formativas que pensem as dimensões estética, econômica e cidadã, para artistas, artesãos, mestres do saber e agentes culturais em geral, a partir de aspectos técnicos, reflexivos e contextuais. E o livro faz isso também trazendo a poesia e as imagens dos encontros realizados em 10 localidades que se tornaram, assim, comunidades arte/educativas. É uma alegria poder materializar essa experiência em livro”, aponta o coordenador executivo.
Beneficiados
Ao todo, foram beneficiadas mais de 340 pessoas nas formações presenciais, entre artistas, educadoras e educadores, mestras e mestres dos saberes, agentes culturais locais, tendo como um dos objetivos principais oferecer formação prioritariamente a populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas. O projeto também apoiou diretamente a 20 projetos culturais por meio da Premiação Cultural Olhinhos d’Água.
Com o objetivo de democratizar o acesso à formação cultural e artística, o projeto promoveu atividades em cidades como Santarém (PA), Tabatinga (AM), Tocantinópolis (TO), Aquidauana (MS), Monteiro (PB), Aquiraz (CE), Maragogipinho (BA), Janaúba (MG), São Miguel do Iguaçu (PR) e Barra do Garças (MT). Esses encontros foram desenvolvidos em parceria com universidades e instituições locais, ressaltando a importância da colaboração interinstitucional para o fortalecimento da Arte, Cultura, Educação e Educomunicação no país.
Sobre o livro
O livro Caminhos das Águas, de autoria de Amanda Cuesta e Mauricio Virgulino, coordenadores educativos do projeto, Eunice Pereira, coordenadora-geral, e Fernanda Ficagna, coordenadora administrativa, traz um panorama dessas experiências, que seguiram uma metodologia de formação artística e cultural, criada para o projeto, reunindo textos que detalham as ações realizadas, depoimentos dos participantes, textos de educadores que atuaram como formadores nas 10 localidades percorridas, além de reflexões sobre os impactos culturais gerados nos territórios atendidos. A diversidade das vozes presentes na publicação busca refletir a riqueza cultural da atividades oferecidas em cada região.
Mini-documentários
Para ampliar a experiência leitora, foram produzidos mini-documentários que tornam visíveis as experiências em cada uma das 10 localidades onde foram realizadas as formações do Caminhos das Águas.
Os vídeos estão disponíveis no canal do YouTube do Ministério da Cultura
Saiba mais: acesse o livro completo aqui