Cade institui em definitivo programa de gestão do trabalho por resultados

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é uma das 10 melhores agências antitruste do mundo e o único órgão da Administração Pública a fazer parte da lista dos 100 lugares incríveis para trabalhar no Brasil. É o que dizem, respectivamente, a revista britânica Global Competition Review (GCR), especialista em política de concorrência e regulação, e o Prêmio FIA UOL – Lugares Incríveis para Trabalhar.

Para se manter eficiente na prestação de serviços à sociedade e ao mercado e aprimorar procedimentos internos que resultem em melhorias ao trabalho das pessoas, o Cade está sempre atento às tendências e busca adequar sua atuação às melhores práticas nacionais e internacionais. Nesse sentido, foi um dos primeiros órgãos do governo federal a estabelecer um programa de gestão por resultados, seguindo orientações da Instrução Normativa nº 65/2020, da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

Intitulado PG.Cade, o sistema foi implantado em janeiro deste ano e tem como objetivo promover a gestão da produtividade e da qualidade das entregas realizadas pelos servidores e estagiários da autarquia, seja em regime de trabalho presencial, híbrido ou remoto. Após um semestre como projeto piloto, o PG.Cade foi instituído em definitivo com a publicação da Portaria nº 317 no último dia 1º de julho.

O contexto de crise sanitária, que impõe o distanciamento social, contribuiu para a mudança de paradigma e a consequente instituição de uma nova cultura organizacional no Cade. “A pandemia trouxe mudanças para o mundo do trabalho e nós precisamos acompanha-las. Agora todos nós somos avaliados por resultado”, afirma Cristina Portela, coordenadora-geral de Gestão Estratégica de Pessoas da autarquia.

Como funciona

O modelo consiste no estabelecimento de plano de trabalho, pactuado com a chefia imediata, que contém as atividades e entregas previstas para um período específico, conforme o planejamento da unidade na qual o servidor ou estagiário atua. Isto é, a cada ciclo é preciso planejar as rotinas informando quais atividades irá desenvolver, de acordo com a missão e objetivos estratégicos da autarquia, além de calcular a complexidade e tempo exigido na execução da atividade.

Ao final do plano, a chefia deverá checar se o trabalho foi desempenhado conforme o acordado, proporcionando possibilidades de corrigir o processo de acordo com essa avaliação. A expectativa é de que haja um aumento contínuo na produtividade e qualidade das entregas, redução de despesas de custeio e melhora na qualidade de vida dos servidores públicos, além de atrair e manter novos talentos.

Para Mariana Dalcanale, diretora de Administração e Planejamento do Cade, o pioneirismo da autarquia nessa iniciativa só foi possível graças ao apoio da alta direção, à cultura de inovação e à maturidade institucional. “O capital humano do Cade é diferenciado e isso se reflete nesta e em outras iniciativas que conseguimos conduzir com sucesso, superando as adversidades”, ressalta.

O sistema que serviu de base para o PG.Cade foi produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU). A ferramenta foi personalizada de acordo com as necessidades do Cade e está parametrizada com a tabela de atividades inerentes à autarquia.

Ao final do período piloto, o Cade contabilizou 239 colaboradores participando do programa, 369 planos e 4.782 entregas pactuadas, o que equivale a mais de 110 mil horas de trabalho. Esses números estão disponíveis para acesso público na página Dados do Programa de Gestão no site da autarquia.