Workshop sobre Agricultura Espacial reúne especialistas em São José dos Campos

Nos dias 25 e 26 de março, a segunda edição do Workshop sobre Agricultura Espacial reuniu especialistas de diversas áreas no Parque de Inovação Tecnológica (PIT), em São José dos Campos (SP). O evento trouxe à tona os avanços obtidos pela rede de pesquisadores e deu continuidade às discussões iniciadas no primeiro encontro, realizado no ano anterior, com foco nas oportunidades do Brasil nos Acordos Artemis, em especial no campo da agricultura espacial.

Durante a abertura, o Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Daniel Almeida Filho, destacou a relevância de iniciativas científicas que colocam o Brasil na vanguarda da ciência e do desenvolvimento tecnológico. "O primeiro passo de qualquer caminhada é a gente acreditar que vai chegar. Precisamos estimular nossa população a dar esse primeiro passo", afirmou. "Esse é um grande projeto, aproveitando o protagonismo do Brasil na produção de alimentos, com enorme potencial para o futuro da humanidade", completou.

O workshop, organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o PIT de São José dos Campos, contou com o apoio do MCTI. Com a participação de cerca de 60 especialistas, o evento focou na apresentação de resultados alcançados até o momento pela rede de pesquisa "Space Farming Brazil", que reúne cientistas nacionais e internacionais.

Foto: Juliana Sussai/Embrapa

Carlos Eduardo Quintanilha, gestor da parceria entre a AEB e a Embrapa, comentou sobre o progresso da iniciativa: "Há um ano trabalhávamos apenas com prospecções, hoje já temos avanços significativos a serem explorados cientificamente". A pesquisadora Alessandra Favero, líder do projeto, também reforçou a importância do workshop para o desenvolvimento da rede: "O evento é uma grande oportunidade para a organização, interação e avanço da Rede Space Farming Brazil, visando contribuir para a Economia do Espaço."

A rede de pesquisa sobre agricultura espacial foi consolidada com o objetivo de explorar como as tecnologias e produtos desenvolvidos no Brasil podem contribuir para a vida no espaço e melhorar a produção de alimentos no país de forma sustentável. Este segundo workshop foi dedicado à troca de experiências e apresentação dos resultados alcançados, com ênfase nos próximos passos do projeto.

Foto: Juliana Sussai/Embrapa

Participação brasileira nos Acordos Artemis

Desde 2021, o Brasil faz parte dos Acordos Artemis, um compromisso internacional liderado pela NASA para definir regras de exploração espacial. O Brasil foi o 12º país a assinar os Acordos, firmando um compromisso com o uso pacífico da Lua, o compartilhamento de descobertas científicas e a padronização de tecnologias espaciais. Atualmente, mais de 50 nações participam do programa.

A Agência Espacial Brasileira, em prospecção nacional, identificou áreas de potencial para a participação brasileira na iniciativa. Entre os temas discutidos, a agricultura espacial emergiu como um campo promissor. Em parceria com a Embrapa, a AEB iniciou um trabalho conjunto com especialistas, que agora avança em suas descobertas, passo importante para consolidar essa nova área do conhecimento.

👉Leia mais sobre o assunto:

AEB e Embrapa discutem ações do Protocolo de Intenções em Agricultura Espacial
AEB apresenta iniciativas brasileiras para agricultura espacial durante workshop internacional
Parceria estratégica entre AEB, Embrapa e instituições de ensino impulsiona pesquisa espacial e desenvolvimento agropecuário
Pesquisadores se reúnem para discutir sobre Agricultura Espacial

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.