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TELESCÓPIO HUBBLE COMPLETA 25 ANOS NO ESPAÇO
Brasília, 24 de abril de 2015 – Celebrado por pesquisadores como um dos instrumentos mais úteis à ciência, o telescópio Hubble completa 25 anos no espaço nesta sexta-feira (24). Neste período capturou imagens que mostram o nascimento de estrelas, revelam galáxias escondidas e dão pistas sobre os mistérios da origem do Universo.
O aparelho foi batizado com esse nome para homenagear Edwin Powell Hubble (1889-1953), cientista norte-americano que revolucionou a astronomia ao constatar que o Universo estava em expansão.
O Hubble, um projeto conjunto das agências espaciais norte-americana (Nasa) e europeia (ESA), foi lançado pela nave Discovery em 1990, com a proposta de ultrapassar a atmosfera – que funcionava como um véu, impedindo os astrônomos de ter uma observação nítida do que ocorria nas galáxias mais distantes.
Três semanas depois de ser colocado em órbita o telescópio frustrou os cientistas, pois seu espelho principal apresentou um problema de foco e as imagens enviadas se mostraram míopes. Foi preciso enviar uma missão tripulada para fazer a correção, que permitiu que o Hubble começasse a enviar verdadeiras obras de arte do espaço.
Exemplo – Uma das imagens mais chamativas do Hubble registra o interior da Nebulosa de Águia, um aglomerado estelar da constelação de Serpente. A fotografia feita em 1995 sugere que a formação de estrelas alcançou seu ponto máximo há cerca de um milhão de anos.
É apenas um dos exemplos das descobertas propiciadas pelo instrumento ao longo dos anos. Também em 1995, o telescópio apontou para uma região onde aparentemente só havia escuridão. Depois de 10 dias deixando passar luz pelo obturador da câmera viu-se que existiam ali mais de 3 mil galáxias jovens. O achado se tornou um marco no estudo do começo do Universo.
Os buracos negros supermassivos, foco de suas pesquisas, são estruturas formadas por estrelas, pequenos planetas, nuvens de gás e outros elementos que foram “sugados” pelo seu extremo campo gravitacional, desde o Big Bang até hoje. Por isso, estudá-los seria uma forma de entender a gravidade, fundamental para a vida humana na Terra.
Mas o funcionamento do Hubble tem prazo de validade. Como tudo o que é eletromecânico, uma hora apresentará defeito. Segundo o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Costa, a estimativa é de que sua atividade se interrompa, sem possibilidade de conserto (pois já está tão longe que não é mais possível enviar missão humana de reparo), por volta de 2020.
CCS com agências