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EXPLICAÇÃO PARA A NECESSIDADE DO ANO BISSEXTO
Brasília, 24 de fevereiro de 2016 – Este ano terá um dia a mais. Serão 366 pelo calendário gregoriano, com fevereiro tendo 29 dias e não 28. Este fato ocorre a cada quatro anos para ajustar o ano civil ao ano trópico, que é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol com 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
“Se arredondarmos isso para 365 dias e 6 horas, vemos que em quatro anos a diferença é de 24 horas, ou seja, um dia. Se não fizermos esse ajuste a cada quatro anos, as estações vão mudando de mês”, explica a pesquisadora do Observatório Nacional (ON), do Rio de Janeiro, Josina Nascimento.
A diferença da aproximação de seis horas menos 5 horas, 48 minutos e 46 segundos é resolvida fazendo o acerto nos séculos inteiros: só é bissexto o século inteiro que for divisível por 400. Assim, 1900 não foi bissexto, 2000 foi bissexto e 2100 não será.
Histórico – O calendário gregoriano, com essas regras para o ano bissexto, foi instituído pelo Papa Gregório 13 no ano de 1582, que teve que “sumir” com dez dias para corrigir a defasagem. Um das questões é que a determinação da data da Páscoa está relacionada com o equinócio de março (outono no hemisfério sul e primavera no hemisfério norte) e essa data estava se afastando cada vez mais da época em que deveria ser.
A montagem do calendário gregoriano é baseada no movimento da Terra em torno do Sol, o que o caracteriza como um calendário solar. Há também calendários lunares e calendários lunissolares. Em todos eles é necessário algum ajuste se for desejado que os fenômenos relacionados ao movimento do Sol ou da Lua se mantenham relativamente constantes em relação ao calendário. Por exemplo, no calendário judaico, que é lunissolar, há anos com 12 meses e anos com 13 meses.
Fonte: ON