AEB participa Revisão de Requisitos de Sistemas (SRR) do VLN-AKR

Nesta terça-feira (25), representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e das empresas do consórcio Akaer (Acrux, Breng e Emsisti) participaram da Revisão de Requisitos de Sistemas (System Requirements Review – SRR) do Veículo Lançador de pequeno porte VLN-AKR.

Essa revisão tem o objetivo de verificar a coerência e a consistência dos requisitos do sistema, garantindo que estejam alinhados às necessidades da missão e às diretrizes estabelecidas na Fase A do projeto. Esse processo é essencial para a transição segura para as próximas etapas, ao reduzir riscos e assegurar que o desenvolvimento do veículo lançador ocorra de forma estruturada.

“Este momento reflete o esforço conjunto de instituições públicas e privadas, além do compromisso da AEB e da Finep em fortalecer sua indústria espacial e ampliar sua participação no cenário global de lançamento de pequenos satélites. Estamos confiantes de que o VLN-AKR pavimentará o caminho para novos avanços, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico do Brasil”, afirma o Coordenador de Veículos Lançadores, Fábio Rezende.

Durante a SRR, são validados os requisitos do sistema do VLN-AKR, incluindo o Veículo Lançador, a Plataforma de Lançamento, o Banco de Controle e os Equipamentos de Apoio em Solo. Além disso, são analisadas as soluções técnicas e conceituais propostas para os subsistemas envolvidos, garantindo sua viabilidade técnica e operacional. Essa revisão também permitirá consolidar as modificações identificadas desde a configuração anterior, preparando o caminho para a Revisão Preliminar de Projeto (Preliminary Design Review – PDR), prevista para maio de 2025.

"As fases preliminares são fundamentais para garantir que todas as possibilidades conceituais sejam exaustivamente analisadas antes do detalhamento final. Não projetamos apenas o foguete, mas todo o sistema de lançamento, e isso exige um alto nível de precisão para garantir que tudo funcione conforme planejado", explicou o Diretor-Executivo da Unidade de Negócios de Lançadores e Sistemas da Akaer, Wilson Toyama.

A SRR é um momento crucial para a definição da base de desenvolvimento do VLN-AKR, pois possibilita a identificação de eventuais lacunas nos requisitos e a implementação de ajustes necessários antes do início das análises de peso e balanceamento, aerodinâmica, estrutura, dinâmica de voo e eletrônica do sistema. Dessa forma, garante-se um projeto robusto e alinhado aos padrões exigidos para missões espaciais.

O projeto

O VLN AKR foi concebido para transportar nanossatélites, com carga útil mínima de cinco quilos, para a órbita equatorial, partindo do território brasileiro. Seu design se baseia em um foguete de três estágios sólidos, com motores derivados do VSB-30, o primeiro foguete brasileiro certificado como operacional. O projeto incorpora tecnologias avançadas, incluindo:

• Propulsores leves e motores fabricados com materiais compostos, reduzindo o peso e aumentando a eficiência.

• Controle vetorial de empuxo, permitindo maior precisão na trajetória de voo.

• Arquitetura eletrônica compacta, que minimiza o peso e o volume dos sistemas de controle e operação.

O objetivo dessas inovações é otimizar custos e tornar o VLN AKR uma solução competitiva e sustentável no mercado de lançadores.

Sobre a Akaer

Com sede em São José dos Campos–SP, a Akaer acumula 32 anos de experiência no desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais e de defesa, com atuação em mais de 20 países.

A empresa tem um longo histórico de cooperação com o Programa Espacial Brasileiro. Participou de todos os projetos de satélites da família CBERS (em parceria com a China), do AMAZONIA 1 e liderou a transferência de tecnologia do SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas), produzido pela Thales Alenia Space (França) para o governo do Brasil.

A Akaer também colaborou com o projeto VCUB1, primeiro nanossatélite de alto desempenho 100% brasileiro, em parceria com a empresa Visiona. Seu histórico de atuação inclui, ainda, a produção de componentes para o AQUA, liderado pela NASA.

Com informações da Akaer

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.