
Revitalização do sistema de transmissão de energia de Itaipu
Uma etapa do projeto de revitalização do sistema de transmissão de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, em implantação para modernizar e atualizar a tecnologia utilizada, foi concluída em 13/12/2024 com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME). O órgão teve um papel importante no monitoramento e coordenação, assegurando que o avanço ocorresse dentro dos parâmetros técnicos e financeiros estabelecidos.
Fundamental para a segurança energética, está em reforma o Sistema de Corrente Contínua de Alta Tensão (“High-Voltage Direct Current” ou HVDC, na sigla em inglês) de Furnas, que leva parte da energia gerada pela Itaipu ao Brasil. Construído na década de 1980, enfrenta risco de colapso e exige revitalização. A linha já ultrapassou sua vida útil e está sendo transformada em uma moderna infraestrutura de transmissão.
A iniciativa conecta Foz do Iguaçu (PR) a Ibiúna (SP) e reforça a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica para milhões de brasileiros. A reforma vai garantir segurança energética para a população, além de contribuir com a modicidade da tarifa de energia, com redução do custo para o consumidor.
Um aditivo ao convênio original foi firmado em maio de 2024, entre o MME e a empresa Itaipu Binacional, para garantir a execução da obra sem impacto na conta de luz dos consumidores, destacando-se a gestão eficiente e o compromisso com a população.
Com investimentos de aproximadamente R$ 1,9 bilhão, o projeto é a forma de assegurar a flexibilidade de Itaipu, otimizando a produção e o atendimento ao sistema elétrico do Brasil. O sistema assegura à população brasileira o acesso a um serviço de transmissão de energia de qualidade e com confiabilidade, desonerando o consumidor de aumentos tarifários.
O MME foi peça-chave ao viabilizar os aportes e alinhar as ações entre as diferentes entidades envolvidas, assegurando que o cronograma fosse cumprido. O aditivo trouxe redução do custo para os brasileiros, bem como diminuição de gastos não operacionais de Itaipu, direcionados para o próprio setor elétrico.
Além da revitalização estrutural, a iniciativa implementou tecnologias de ponta, como sistemas de monitoramento em tempo real, que reduzem significativamente o risco de falhas no sistema de transmissão. Esse avanço técnico, reforça a capacidade do Brasil de garantir fornecimento de energia estável e eficiente, mesmo em cenários de alta demanda ou adversidades climáticas.
O prazo de revitalização é até 2026, além da operação assistida de 2027 a 2029. Contempla a modernização de equipamentos na estação conversora em Foz do Iguaçu, que transforma a corrente alternada que vem da Itaipu em 50 Hertz (Hz) para 60 Hertz (Hz) na estação de Ibiúna.
A conclusão da etapa em dezembro de 2024 é parte de um esforço contínuo do MME para modernizar e fortalecer a infraestrutura energética do país. A atualização de todos os conversores é estratégica para evitar interrupções no fornecimento e garantir o atendimento das necessidades crescentes da população e da indústria, consolidando o papel do Brasil como referência em inovação e segurança energética.
Gastos não operacionais de Itaipu estão sendo direcionados para o próprio setor elétrico, evitando custos adicionais aos consumidores brasileiros.
O sistema de transmissão de Itaipu permitirá a continuidade na integração energética entre os países do Mercosul, com mais progresso para a economia sul-americana.
Com meio século de atuação, Itaipu Binacional aponta o caminho para um futuro no qual o desenvolvimento econômico se entrelaça harmoniosamente com a conservação ambiental. Geradora de energia limpa e renovável, tem sido um símbolo de integração energética para o planeta.
O SISTEMA HVDC
De acordo com informações da Itaipu Binacional, o sistema HVDC tem aproximadamente 800 km e conecta as subestações de Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP). É responsável pela transmissão da energia produzida pela Itaipu em 50 Hz (frequência utilizada no Paraguai) e que não é consumida pelo país vizinho, sócio no empreendimento. Em Ibiúna, a energia é convertida para corrente alternada de 60 Hz (padrão brasileiro).
O sistema responde pela transmissão de parte da energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu e que abastece os principais centros consumidores do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. A subestação de Ibiúna está localizada a menos de 100 km do centro da capital paulista.
A reforma é a primeira desde que o sistema entrou em operação em 1984, junto com o início da produção de energia da usina. É um investimento determinante para o sistema elétrico, pois trata-se de equipamento que precisa de atenção especial.
NÚMEROS
• 800 km é a extensão do sistema HVDC, conectando as subestações de Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP)
• R$ 1,9 bilhão é o valor dos investimentos previstos
DATAS
• 16/05/2024 – Assinatura do aditivo de revitalização do sistema de Corrente Contínua de Alta Tensão de Furnas
