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OFICINA DE CRIAÇÃO DE FILME LANTERNA MÁGICA
Os filmes da Oficina de Criação de Filmes Lanterna Mágica estão quase prontos!
Com o objetivo de projetar luz sobre os documentos de arquivo, a Oficina Lanterna Mágica nasceu da necessidade de valorizar e incentivar o uso desses materiais como fonte de inspiração para novas produções audiovisuais.
A partir de uma seleção documentos fílmicos, sonoros, cartográficos, iconográficos e textuais custodiados no Arquivo Nacional, os participantes mergulharam em discussões teóricas e experimentações práticas. O resultado dessa vivência são curtas-metragens produzidos em pequenos grupos, que refletem a riqueza e o potencial desses acervos.
A edição 2025 da Oficina de Criação de Filmes Lanterna Mágica teve como instrutor o cineasta Joel Zito de Araújo e contou também com a contribuição da diretora de som Marise Urbano. Os alunos estão em ilha de edição, orientados pelo editor Pedro Fontoura, para a finalização dos seus projetos que serão exibidos na MOSTRA LANTERNA MÁGICA, que integra a programação oficial do Festival Arquivo em Cartaz, celebrando o encontro entre memória, arte e inovação audiovisual. .
A Mostra está programda para o dia 23 de outubro, às 14h, no auditório do Arquivo Nacional.
Agradecemos a todos que demonstraram interesse e parabenizamos os alunos selecionados para fazer parte desta jornada criativa!
Confira os filmes que serão exibidos:
Hei de vencer
8 min, Brasil, 2025
De Jessica Tavares, Lana Janoti e Rosa Miranda
A história do Brasil contada a partir das leis de segregação até às ações afirmativas, reafirmando o protagonismo feminino negro.
Classificação Livre
SANO!
8 min, Brasil, 2025
De Ester da Silva, Matheus Rodrigues e Paula Kristina
Dos gritos dos arquivos ao silenciamento de vidas, O documentário “SANO!” tece, por meio de material de arquivo, corpo/performance em movimento e intervenções sonoras, uma linha histórica que denuncia a inter-relação entre saúde mental e racismo científico e estrutural. Uma viagem sensorial e crítica que propõe um resgate afetivo e uma corporificação das experiências históricas negras preservadas pelos arquivos.
Censura: 14 anos
Nzinga vive em nós
8 min, Brasil, 2025
De Emanuela Palma, Jeane Meire e Felipe
No ritual de Maçambique, a presença simbólica da Rainha Nzinga ecoa como memória viva de liderança e resistência. Nzinga vive em nós conecta essa ancestralidade às lutas atuais, revelando como mulheres negras ainda precisam afirmar seus corpos, suas vozes e seus territórios em uma sociedade que insiste em apagá-las. Um curta que transforma arquivo em manifesto e celebra a força que atravessa gerações.
Censura: 14 anos
Diálogo Bulbul
7 min, Brasil, 2025
De Bruno Churuska, Gledson Augusto, Nicole Mendes, Yan Altino e Zimá Domingos
Diálogo Bulbul é um filme de arquivo que convoca memórias sonoras e visuais para construir um remix insurgente. Através da música — força coletiva de invenção e resistência — o filme abre caminhos de liberdade e autonomia, evocando a potência criativa do povo preto que, ao longo da história, forjou seus próprios horizontes de existência.
Classificação Livre
Bonecas
8 min, Brasil, 2025
De Louise Gabler
Em uma loja de departamentos onde brinquedos ganham vida, duas bonecas se cansam de seus destinos e fogem para viverem novas aventuras.
Censura: 10 anos
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Os filmes produzidos durante a oficina, concorrem entre si nas categorias Melhor filme júri popular e Melhor filme júri oficial, formado por:
Bruno Roma
Professor do Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo, possui doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. É especializado em arquivos, documentos fotográficos e audiovisuais. Passou por instituições como o Arquivo Público do Estado de São Paulo, Centro de Preservação Cultural da USP e foi historiador da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Atuante nos campos de Cultura Visual, Arquivos, Memória Pública e História da Ciência, além de publicações na área, participou de diversas exposições, séries e dois longas-metragens. É membro do Grupo de Pesquisa Acervos Fotográficos e do Grupo de Trabalho Cultura Visual, Imagem e História.
Natália de Castro Soares
Possui graduação em Comunicação Social - Habilitação Cinema e Vídeo pela Universidade Federal Fluminense. Mestra em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP. Tem experiência na área de Cinema e Audiovisual, com ênfase em Preservação Audiovisual e Conservação Audiovisual. Atualmente, compõe a equipe da Divisão de Apoio à Difusão do Centro Técnico Audiovisual (CTAv). É autora do livro Revisão de filmes: manual básico, publicado pela Cinemateca do MAM, a obra sintetiza de forma clara as informações mais recentes sobre os princípios de manuseamento, conservação, reparação e revisão de filmes.
Marton Olympio
Diretor e roteirista, foi um dos autores do seriado As Canalhas para o GNT, eleito melhor programa de TV segundo a Revista Veja e Finalista do Prêmio Contigo de TV, do seriado Santo Forte para a Moonshot/AXN, ganhador do Prêmio Telas de melhor série de ficção, e foi redator final do seriado Prata da Casa (FOX) finalista do Prémio Fénix no México. Autor da última temporada de Cidade dos Homens (2018), um dos autores da série Os Experientes (2019) e chefe de sala do seriado Marielle Franco (2020) para a TV Globo.
Confira AQUI o regulamento.
Toda a programação do Arquivo em Cartaz é gratuita, contando com oficina, exibição de filmes, debates, entre outras atividades. Fique atento às atualizações da programação aqui pelo site e nas redes sociais do festival e do Arquivo Nacional.