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Fotografia pública é tema de seminário no Arquivo Nacional: confira o segundo dia do evento
Nesta quarta-feira, 20 de agosto, foi realizado o segundo dia do Seminário Fotografia Pública nos Arquivos do Rio de Janeiro: Coleções e Circuitos Sociais. O evento foi realizado no auditório da instituição, no Rio de Janeiro.
A primeira mesa do dia teve como tema Fotografia pública e seus públicos, com mediação de Silvana Louzada (IFRJ). O encontro contou com a presença de Ana Bia Novais, que apresentou seu trabalho com o Lambe das Minas, projeto que leva o ensino da fotografia e da técnica do lambe-lambe para mulheres periféricas. Nas palavras de Novais “Ocupar o espaço público com arte é um ato de resistência para corpos dissidentes.”
Na sequência, Érika Tambke (Labhoi-UFF) propôs uma conversa sobre a fotografia popular e como ela se relaciona com os lugares e os tempos, proporcionando encontros e narrativas em circulação. Samuel de Oliveira (Unirio-Cefet) fechou a mesa apresentando o programa de documentação e pesquisa fotográfica do cotidiano das periferias Imagens do Povo (IP). Fundado em 2004 pelo Observatório de Favelas em parceria com o fotógrafo documentarista João Roberto Ripper, o IP alia técnica fotográfica à promoção de direitos e à democratização da comunicação.
Na parte da tarde, a programação seguiu com a mesa “Fotografia pública em regime digital – circuitos sociais de produção, circulação e agenciamento”, mediada por Maria do Carmo Rainho (Arquivo Nacional). O debate reuniu Monara Barreto (Imagens do Povo), Victor Vogel (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e Movimento pela Fototeca do RJ) e Cesar Miranda Ribeiro, presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS RJ).
A mesa discutiu iniciativas de criação de fototecas no Rio de Janeiro com imagens nato-digitais e o impacto do programa Imagens do Povo, projeto de documentação e pesquisa fotográfica do cotidiano das periferias que também promove a formação e a inserção de fotógrafas e fotógrafos populares no mercado de trabalho. O debate também ressaltou a importância de pensar em políticas de memória voltadas à preservação fotográfica, destacando a fragilidade na construção dessa memória e a necessidade de consolidar estratégias de conservação e acesso.
O segundo dia foi encerrado com uma roda de conversa e relatoria conduzida por Ana Mauad (UFF), com a participação de Maria do Carmo Rainho (Arquivo Nacional) e Marcus Vinicius de Oliveira, doutor em História e pesquisador do Labhoi-UFF.