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Festival Arquivo em Cartaz celebra memória e meio ambiente com encerramento de circuito e premiação da Mostra Acervos
A primeira fase do 10º Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo foi encerrada no dia 17 de junho com uma cerimônia de celebração e premiação da Mostra Acervos. Realizado com o patrocínio da Dataprev e a co-realização da Flacso Brasil, o evento marcou o fim de um circuito que percorreu todas as regiões do país, levando ao público uma seleção de filmes que abordam a relação entre memória, território e meio ambiente.
Com o tema “Memórias da Terra em Filmes de Arquivo”, a edição deste ano promoveu reflexões sobre o cuidado com o planeta e a valorização dos saberes de povos indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas. Entre janeiro e junho, as atividades aconteceram em cidades como Brasília, Manaus, Porto Alegre, Salvador, Guarulhos, São Cristóvão e Rio de Janeiro, além de transmissões pela TV Brasil, TV Brasil Play e outros canais da Rede Nacional de Comunicação Pública.
Premiação da Mostra Acervos
O grande destaque da noite foi o filme “A Grande Enchente de 2024 e a Reconstrução da Justiça”, produzido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), que conquistou o primeiro lugar em todas as cinco categorias da Mostra Acervos segundo o júri popular: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Edição de Imagem e Melhor Pesquisa. Representando o TRT-4, esteve presente na cerimônia o senhor Érico Tlaija Ramos, analista judiciário lotado na Secretaria de Comunicação Social da instituição.
Outro destaque foi a obra “O que Sobra de Tudo que Falta”, do Departamento de Arquivo Geral da Universidade Federal de Santa Maria (DAG UFSM), que ficou com o segundo lugar nas cinco categorias. A equipe da UFSM acompanhou o evento de forma online.
O filme “Terras Brasileiras”, da Câmara dos Deputados, recebeu três premiações de terceiro lugar, nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Pesquisa. A diretora da obra, Dulce Queiroz, e o senhor Getsemane Luiz da Silva representaram a Câmara presencialmente.
Outros dois trabalhos também foram reconhecidos: “São Francisco de Assis: Década de 30”, do Arquivo Público Municipal de São Francisco de Assis (RS), conquistou o terceiro lugar em Melhor Roteiro. Representando a instituição, esteve presente Luciana Mendes, em nome de Fabiana Ciocheta Mazuco. Já o documentário “Caleidoscópio: Histórias LGBTQIA+ do Rio Grande do Sul”, do CLOSE – Centro de Referência da História LGBTQIA+ do RS da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ficou com o terceiro lugar em Melhor Edição de Imagem. A equipe acompanhou a premiação online, e o representante Bruno Arthur Voss Bernardy enviou uma carta de agradecimento, lida durante o evento.
Em sua mensagem, Bruno destacou o valor simbólico da premiação: “Nossa preocupação é pesquisar e incentivar o interesse pela história de comunidades e identidades que foram historicamente perseguidas e até mesmo criminalizadas, como mostram algumas fontes documentais que exibimos no curta ‘Caleidoscópio’”. Ele também ressaltou o papel da educação pública na realização da obra, desenvolvida por estudantes e pesquisadores vinculados à UFRGS e ao Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).
A noite de encerramento foi embalada pela apresentação musical do grupo Mel de Lamparina, com clássicos da cultura nordestina e do forró pé de serra.

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