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Arquivo Nacional reduz em 40% suas emissões de gases do efeito estufa com medida inovadora no sistema de climatização
Em mais um passo decisivo rumo à sustentabilidade institucional, o Arquivo Nacional realizou uma redução de 40% nas suas emissões de gases do efeito estufa (GEE) a partir de março de 2025, resultado direto de uma solução técnica implementada no sistema de climatização da sede, no Rio de Janeiro. A medida foi realizada paralelamente à elaboração da Matriz de Carbono da instituição, ação prevista no Plano Diretor de Logística Sustentável (PLS-AN) 2024-2025.
A redução expressiva foi alcançada por meio de um by-pass executado pelo setor de engenharia, subordinado à Diretoria de Gestão Interna. A intervenção técnica interligou os sistemas de climatização do Arquivo Nacional e permitiu a quase total eliminação do uso de gás natural, um combustível fóssil, anteriormente empregado na climatização do conjunto arquitetônico tombado da instituição.
Cabe destacar que a mudança não gerou aumento no consumo de energia elétrica nem comprometeu as condições de climatização das áreas de guarda de documentos. A estabilidade ambiental dos acervos, condição fundamental para a preservação do patrimônio arquivístico sob custódia do Arquivo Nacional, foi integralmente mantida.
Além do impacto ambiental positivo, a medida também representa um ganho econômico significativo. Com a redução do consumo de gás natural, projeta-se uma economia anual de até R$ 1,5 milhão (em 2025 já houve uma economia de 780 mil reais) no orçamento da instituição.
Essa iniciativa soma-se a uma outra, a implantação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) em outubro de 2024, que proporcionou uma redução de 1,5% das emissões de gases de efeito estufa da instituição. E juntas produzirão um impacto de menos 950 toneladas de CO2 equivalente na atmosfera a cada ano.
Essa conquista está em consonância com os compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris e reforça o alinhamento do Arquivo Nacional à pauta da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025. O evento reunirá líderes globais para discutir soluções concretas frente à crise climática, e o setor público federal tem papel central nesse esforço global.
A Matriz de Carbono de 2024 mapeou as principais fontes de emissão da instituição, incluindo consumo de gás natural, energia elétrica e deslocamentos
diversos, e revelou que a climatização das áreas de guarda e trabalho responde por mais de 80% das emissões do Arquivo Nacional. A intervenção técnica no sistema de ar-condicionado, portanto, ataca diretamente a maior fonte de emissão da instituição.
Ao investir em ações estruturais e inovadoras, o Arquivo Nacional reafirma seu protagonismo na agenda de sustentabilidade da administração pública federal e demonstra que, mesmo instituições voltadas à preservação documental, podem — e devem — ser agentes ativos no enfrentamento das mudanças climáticas, em total consonância dom o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima).
Essa experiência bem-sucedida servirá de referência para futuras ações e consolida o Arquivo Nacional como uma instituição comprometida com a governança ambiental, a eficiência energética e a preservação das futuras gerações.