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Arquivo Nacional na 2ª Semana de Humanidades Digitais da UFBA
O Arquivo Nacional participou da 2ª Semana de Humanidades Digitais da UFBA, realizada entre 24 e 28 de novembro, que reuniu especialistas, estudantes e pesquisadores para discutir como tecnologias emergentes , como programação, inteligência artificial e metodologias digitais, podem fortalecer a produção de conhecimento nas Humanidades. O evento conectou ideias, pessoas e ferramentas, promovendo debates sobre o uso ético, criativo e socialmente responsável das tecnologias em diferentes áreas.
Com o tema “Conectando pesquisa, inovação e interdisciplinaridade”, o encontro ampliou o acesso a ferramentas digitais e aproximou a comunidade acadêmica das possibilidades abertas pelas Humanidades Digitais.
Na Solenidade de Abertura, a mesa contou com a presença de Ricardo Sodré Andrade, Chefe do Escritório Regional Nordeste do Arquivo Nacional, que destacou o caráter histórico da inauguração dos Escritórios Regionais: “É a materialização de uma política de capilarização, da consolidação da presença material do Arquivo Nacional em todas as regiões do território brasileiro.” Além do Escritório Regional Nordeste, os Escritórios do Norte e do Sul também foram inaugurados este ano. Ricardo ainda lembrou outras iniciativas do Arquivo Nacional no campo das Humanidades Digitais, como o workshop “Ética e Justiça nas Humanidades Digitais”, realizado em maio, e o dossiê “Perspectivas em humanidades digitais”, publicado pela revista Acervo em 2022.
Um dos destaques da programação foi a oficina do software livre Farinha, realizada na quinta-feira (27). A plataforma de acesso — ainda em desenvolvimento, é voltada para instituições e pessoas interessadas em gerenciar e disponibilizar acervos arquivísticos de valor histórico, cultural e memorial.
Idealizador do software e coordenador de seu desenvolvimento, Ricardo apresentou temas centrais para a área arquivística, com foco na gestão documental e no uso de tecnologias aplicadas aos arquivos. Ele explicou a importância dos SIGADs (Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos) e dos RDC-Arq, repositórios digitais confiáveis voltados à preservação permanente. O projeto Sigad.br, do Arquivo Nacional, também foi abordado.
Ricardo demonstrou as funcionalidades e o potencial da plataforma Farinha, destacando que a ferramenta permitirá o cadastro e a consulta de instituições, setores, equipes e acervos documentais de diferentes tipos, além de integrar recursos de Inteligência Artificial para consultas em linguagem natural. Segundo ele, esses avanços contribuem para aproximar os acervos do público e fortalecer a transparência e o acesso à informação.
A apresentação despertou grande interesse entre os participantes. Embora o Farinha ainda não tenha sido lançado oficialmente, sua exibição durante o evento evidenciou sua relevância como futuro software livre voltado à preservação e difusão do patrimônio documental.
Ao longo da semana, cerca de dez oficinas presenciais, online e híbridas aproximaram estudantes, docentes e profissionais das tecnologias digitais aplicadas às Humanidades. Aproximadamente 400 pessoas se inscreveram nas atividades.
Sobre o evento
A 2ª Semana de Humanidades Digitais da UFBA foi promovida pelo Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA (LABHDUFBA), em parceria com diversas instituições e grupos de pesquisa, e contou com apoio do Arquivo Nacional, por meio do Escritório Regional Nordeste (ERE-NE).
A abertura reuniu representantes da Reitoria, diretores de unidades acadêmicas, pesquisadores e o Chefe do Escritório Regional Nordeste do Arquivo Nacional. A mesa oficial contou com Lynn Alves (UFBA), Joyce Louback (LABHDUFRJ), Marcelo Freire (LABHDUFOP), Carolina Paraíba (UFBA), Prof. Rodrigo Rocha (UFBA) e Leonardo Nascimento, coordenador do LABHDUFBA.
A mesa de encerramento teve a presença de Bruno Durães (LABHDUFBA/LABHDUFRJ), Eric Brasil (UNILAB), Leonardo Nascimento (LABHDUFBA) e Rosana Moore (LABHDUFBA).