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PATRIMÔNIO
Casa Grande e Tulha, em Campinas (SP), é tombada como Patrimônio Cultural do Brasil
Casa Grande e Tulha é o segundo bem tombado pelo Iphan na cidade de Campinas (SP). Crédito: Eneida Ferraz
A cidade paulista de Campinas agora conta com mais um bem cultural tombado como Patrimônio Cultural brasileiro. A Casa Grande e Tulha, da Antiga Chácara Paraíso das Campinas Velhas, recebeu o título definitivo neste mês pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo. Esta é a segunda edificação protegida pelo Iphan na cidade, que também abriga o Palácio dos Azulejos, tombado desde 1967.
A Casa Grande e Tulha também é tombada em níveis municipal e estadual por sua importância histórica. “Nosso dever é preservar estes bens preciosos que contam a história do nosso país para que sejam passados de geração em geração, fortificando nossos valores e nossa cultura”, comentou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
Podem ser tombados bens móveis e imóveis existentes no país e que tenham valor histórico, arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. Com o tombamento, quaisquer intervenções na Casa Grande e Tulha, bem como em seu entorno, passam a exigir manifestação prévia do Iphan. “O Iphan reconhece a Casa Grande e Tulha como Patrimônio Cultural do país como forma de preservar e valorizar esse importante símbolo da identidade e memória do povo paulista e brasileiro”, destacou a presidente do Instituto, Larissa Peixoto.
CASA GRANDE E TULHA - O local compõe a trajetória de formação da cidade de Campinas (1774) e seus diversos ciclos econômicos. Representa a cultura material de construção da economia açucareira e do café, entre os séculos XVIII e XIX, bases para a consolidação do projeto industrial paulista.
A Antiga Chácara das Campinas Velhas, que depois passou a se chamar Chácara Paraíso, com suas edificações, é parte de uma antiga propriedade rural, com origem numa das duas primeiras sesmarias concedidas pelo então governador da capitania de São Paulo, Conde de Sarzedas, em 1732.
O lugar também foi palco para o desenvolvimento de trabalhos importantes dos pioneiros da engenharia industrial e do urbanismo moderno no Brasil. A descrição cartográfica da fazenda foi feita por Antonio Francisco de Paula Souza, fundador da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, no ano de 1880. O documento é fundamental para o Plano de Abastecimento de Água e Saneamento Básico de Campinas.
A arquitetura das edificações apresenta, até hoje, as características originais da época, com paredes em taipa de pilão. A importância da localidade e do monumento arquitetônico fez com que o local fosse considerado um sítio arqueológico totalmente preservado.
Por Vanessa Castro*
*Com informações do Iphan
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo