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Palavras do Vice-Presidente da República por ocasião de entrevista coletiva concedida à imprensa durante visita de Chefes de Missão Diplomática à Amazônica Oriental.
A visita dos Chefes de Missão Diplomática à Amazônia Oriental é parte dos esforços do Conselho Nacional da Amazônia Legal para apresentar a realidade da região amazônica ao público nacional e estrangeiro.
Hoje encerramos uma viagem de três dias ao estado do Pará, com atividades em Carajás, Altamira e Belém. Em nossas visitas e reuniões procuramos abordar, com total transparência, alguns dos principais desafios da região mais povoada da Amazônia brasileira.
Para preservar, proteger e desenvolver a Amazônia é preciso conhecer a região. É por isso que o Conselho Nacional da Amazônia Legal convidou Embaixadores de países amigos para ver de perto esta desafiadora realidade.
Esta é a segunda etapa de uma iniciativa que teve início em novembro de 2020, quando acompanhei outro grupo de Embaixadores à Amazônia Ocidental, onde conhecemos os esforços do Governo Federal em Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, no estado do Amazonas.
As visitas ao ocidente e ao oriente da Amazônia nos revelam uma região imensa e complexa.
Na Amazônia Ocidental, sobrevoamos extensas áreas de mata intocada e testemunhamos, por exemplo, o empenho do Estado brasileiro para oferecer atendimento à saúde indígena em um dos rincões mais isolados do País – na região conhecida como “Cabeça do Cachorro”, no extremo noroeste do país.
No estado do Pará – o mais populoso do norte do Brasil – encontramos uma situação bastante diversa.
Aqui, os Chefes de Missão Diplomática tiveram a oportunidade de conhecer grandes projetos de mineração e geração de eletricidade limpa, investimentos privados na expansão da bioeconomia, além de alguns dos mais avançados centros de pesquisa dedicados à realidade amazônica.
Nossos convidados estrangeiros puderam conversar com cientistas, empreendedores, produtores rurais, gestores públicos e privados que se dedicam diariamente a conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação da biodiversidade e a inclusão social.
Nos dias 8 e 9 de setembro, visitamos as operações da Vale em Carajás e a Usina Hidrelétrica Belo Monte em Altamira, dois empreendimentos de grande porte que adotam tecnologias de ponta para minimizar os impactos ambientais e sociais de suas operações. Em ambos os casos, as empresas procuram contribuir para a preservação da mata nativa e a qualidade de vida das comunidades de seu entorno.
Ao sobrevoarmos as regiões de Carajás e a Volta Grande do Xingu, avistamos um verdadeiro mosaico de: florestas protegidas, comunidades indígenas e ribeirinhas, além de terras cultivadas, pastagens e áreas atingidas pelo desmatamento ilegal, garimpo e incêndios.
Vimos como a Floresta Nacional dos Carajás se destaca como uma exitosa parceria entre o setor público e o privado para preservação da biodiversidade.
Ao chegarmos em Belém, fomos recebidos pelo Governador Helder Barbalho e a sua esposa Daniela, que ofereceram aos Chefes de Missão Diplomática uma mostra da gastronomia, da cultura e da hospitalidade paraense.
Em Medicilândia, visitamos uma fábrica recém-construída para o beneficiamento de amêndoas do cacau. O investimento pioneiro agrega valor aos produtos da floresta e contribui para as prioridades do Conselho Nacional da Amazônia Legal no sentido de fomentar as cadeias de bioeconomia na região.
No terceiro e último dia da visita, a comitiva de Embaixadores conheceu dois dos maiores patrimônios científicos de nosso País.
Na manhã de hoje, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nos mostrou alguns dos laboratórios do Instituto Evandro Chagas em Ananindeua, um centro pioneiro e referência internacional em desenvolvimento científico para a defesa da vida na Amazônia.
O Instituto Evandro Chagas há 85 anos investe em ciência, tecnologia e inovações para proteger a saúde humana contra as doenças e agentes infecciosos que habitam as florestas quentes e úmidas da região.
Finalmente, não haveria local mais propício para encerrar esta visita do que o Museu Emílio Goeldi – o principal centro de pesquisa sobre a natureza e as sociedades da Amazônia, com mais de 150 anos de história.
O parque zoobotânico e o acervo do Museu são referências obrigatórias para todos que se propõem a conhecer a Amazônia.
A agenda dos últimos três dias foi elaborada com o objetivo de expor a profunda interdependência entre as ações de proteção, preservação e desenvolvimento sustentável.
Em áreas de ocupação humana consolidada, como no estado do Pará, a geração de emprego e renda é essencial para conter a exploração predatória e as atividades ilegais na floresta.
As iniciativas que tivemos oportunidade de visitar alinham-se às prioridades do Conselho Nacional da Amazônica Legal: o combate ao desmatamento ilegal e outros ilícitos ambientais e fundiários; o ordenamento da ocupação territorial; o estímulo à inovação e à bioeconomia; e o acesso a fontes de financiamento nacional e internacional, público e privado.
Agradeço a atenção de todos, colocando-me com os demais representantes do Governo à disposição para responder perguntas sobre a viagem e as ações do Conselho Nacional da Amazônica Legal.
Muito obrigado.