Café Filho

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João Fernandes Campos Café Filho, advogado, nascido na cidade de Natal, estado do Rio Grande do Norte, em 3 de fevereiro de 1899.
Getúlio Vargas venceu o pleito de 3 de outubro de 1950, com 3.849.040 votos e, apesar da expectativa contrária, Café Filho obteve a Vice-Presidência com 2.520.750 votos, 175.949 a mais que seu principal competidor, o udenista Odilon Braga. Logo após a divulgação dos resultados, a UDN, liderada pelo deputado Aliomar Baleeiro, tentou impugnar a posse dos eleitos, alegando que nenhum dos dois obtivera maioria absoluta dos votos. Em 18 de janeiro de 1951, o TSE confirmou a vitória de Vargas e Café, afirmando que a Constituição não previa a necessidade de maioria absoluta.
Na solenidade de posse, Café Filho discursou afirmando que os principais papéis de seu novo cargo eram o exercício da Presidência do Senado, a coordenação dos trabalhos das duas casas do Congresso e o estabelecimento de boas relações entre o Legislativo e os outros dois Poderes.
Em abril de 1952, promoveu a formação de uma comissão, coordenada pelo marechal Cândido Rondon, que elaborou o anteprojeto de criação do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, entregue a Vargas em 7 de maio e enviado ao Congresso em abril do ano seguinte. Essa proposta só seria concretizada em 14 de abril de 1961, durante o governo de Jânio Quadros.
Assumiu a Presidência da República com o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. Foi nomeado ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara (1961-1970). Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de fevereiro de 1970.