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Você está aqui: Página Inicial Acompanhe o Planalto Entrevistas Coletiva de imprensa do presidente Lula após visita oficial à Indonésia
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Coletiva de imprensa do presidente Lula após visita oficial à Indonésia

Transcrição de coletiva com a imprensa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após visita oficial à Indonésia, em 24 de outubro de 2025, em Jacarta
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Publicado em 24/10/2025 09h11 Atualizado em 31/10/2025 12h01

Bem, para mim é uma alegria essa viagem à Indonésia, depois de 17 anos, na perspectiva de procurar novas parcerias — tanto para a gente vender quanto para comprar, atrair investimentos e anunciar novos investimentos. Porque nós partimos do pressuposto de que uma boa política comercial entre duas nações é uma via de duas mãos.

A gente compra, a gente vende — e é preciso que haja um certo equilíbrio, para que não exista um déficit muito alto de um lado, nem superávit muito alto do outro.

O Brasil tem 215 milhões de habitantes; a Indonésia, 280 milhões. E o nosso comércio é de apenas 6 bilhões e 300 milhões de dólares — o que é muito pouco, está aquém da força das duas economias e também das nossas populações. Portanto, falta um pouco mais de entusiasmo dos países e dos nossos empresários.

É por isso que eu quero agradecer aos empresários brasileiros que vieram — cento e poucos empresários, vieram aqui com o apoio da Apex, que, como sempre, teve um papel muito importante em convencer e organizar essa missão. Vieram para conhecer o mercado da Indonésia, entender o que a gente pode comprar, o que pode vender, onde investir e como atrair investimentos.

Porque, nesse mundo confuso, quanto mais parcerias econômicas a gente tiver, melhor. E não apenas econômicas ou comerciais, mas também entre universidades, cientistas e ministros — para que a gente não fique dependente de um único país.

Quanto mais comércio tivermos e quanto mais fortes forem nossas relações internacionais, melhor será para o Brasil.

Eu estou satisfeito e muito orgulhoso. Além de fazer essa visita à Indonésia, vou fazer uma visita de Estado também à Malásia, e depois vou agradecer ao doutor Kao Kim Hourn [secretário-geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático] pelo convite para participar da ASEAN.

É a primeira vez que um presidente brasileiro participa da ASEAN. E, com essa participação, só falta um núcleo para eu participar que é a APEC [Cooperação Econômica Ásia-Pacífico], que eu não pude comparecer em novembro do ano passado, por problema de agenda, por que estava convidado pela presidência do Peru.

Eu já me reuni com toda a União Africana, com a União Europeia, com a CELAC [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos], e agora vamos ter essa reunião na ASEAN para ver o que o Brasil pode aprender e construir. O nosso objetivo é ser membro pleno da ASEAN. 

O Brasil precisa acreditar na sua economia. Estamos vivendo um bom momento. Vocês sabem que eu sou um homem de sorte — a última vez que o Brasil cresceu acima de 3% foi quando eu era presidente, em 2010. E, agora que voltei, crescemos dois anos seguidos acima de 3%. Isso é muita sorte, e eu pretendo continuar dando sorte ao Brasil.

É por isso que continuo viajando: para aumentar nossa balança comercial, nossas reservas em dólares, nosso investimento no exterior e atrair novos investimentos para o país.

A reunião com o presidente Prabowo [Subianto, presidente da Indonésia] foi extraordinariamente boa, muito positiva. Fizemos oito acordos aqui na Indonésia, com perspectivas extraordinárias em várias áreas, e acho que os ministros que participaram saem muito otimistas. Eu também saio otimista — e posso dizer a vocês que fui surpreendido com a melhor festa de aniversário que já tive na vida.

Oitenta anos, uma festa antecipada. Eu não esperava que fosse tão bonita. Só não tive coragem de dançar, mas o resto foi maravilhoso. Saio daqui muito satisfeito, muito mesmo.

A visita à ASEAN, a primeira de um presidente brasileiro, também me deixa esperançoso de que possamos ter um entrosamento cada vez mais forte. Espero que saiamos dessa reunião com uma perspectiva muito positiva para o Brasil.

O mundo está exigindo dos líderes políticos muita flexibilidade, capacidade de negociação e vontade de fazer as coisas acontecerem.

Não dá para ficar no Brasil esperando que os outros venham até nós. Somos nós que temos que procurar as pessoas, oferecer o que o Brasil tem de melhor e também aproveitar o que os outros países têm de bom para oferecer ao Brasil.

Se isso der certo, não teremos problema no comércio. E vamos continuar defendendo a necessidade de fortalecer o multilateralismo, fortalecer as instituições que garantem o multilateralismo, para termos uma economia mais sólida, menos protecionismo e um comércio mais livre.

Esse é o objetivo dessas viagens, e eu acho que as coisas estão acontecendo como prevíamos.

Dito isso, eu me coloco inteiramente à disposição para responder a pouquíssimas perguntas - perguntas curtas e respostas longas, para o presidente poder compensar o espaço.

Bom, pessoal, vamos começar como combinamos: o Felippe [Coaglio], da TV Globo, com a primeira pergunta.

Felippe Coaglio (TV Globo) - Bom dia, presidente. É Felippe Coaglio, da TV Globo. Por favor, eu gostaria de saber qual é a sua expectativa para o seu encontro na Malásia com o presidente americano, Donald Trump.

Presidente Lula - Olha, a primeira minha expectativa com a minha participação na Malásia é muito boa. Eu vou ter a oportunidade de estar junto com 10 países, agora 11, porque o Timor-Leste está entrando, e é sempre importante, toda vez que a gente encontra com o chefe de Estado, a gente tenta uma aproximação.

Vocês sabem que a minha tese é sólida: relação humana é química. Você não pode fazê-la de forma digital, mas o resultado não é o mesmo do que você olhar no olho, pegar da mão, abraçar a pessoa.

Então, eu vou estar junto de 10 países importantes, que o Brasil tem interesse em se aproximar, e nesse interesse vai estar o presidente Trump. Ora, essa reunião está sendo esperada já há algum tempo. Todo mundo sabe que eu dizia que quando o presidente Trump quiser conversar, o Brasil estará à disposição para sentar para negociar.

E eu volto a repetir, o Brasil, há muito tempo, tem três negociadores de muita qualidade. Tem o meu vice-presidente Geraldo Alckmin, tem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Mauro Vieira, meu ministro das Relações Exteriores. Todos eles estão à disposição para negociar.

Houve um certo truncamento nas negociações, depois do telefonema do presidente Trump a Brasília. Mas eu acho que estamos caminhando para mostrar que não há divergência que não possa ser dirimida quando duas pessoas com boa vontade se sentam em torno de uma mesa.

Eu tenho todo o interesse nessa reunião e disposição de defender os interesses do Brasil e mostrar que houve equívoco nas taxações aplicadas ao país. Também quero discutir a punição que foi dada a ministros brasileiros da Suprema Corte e que não tem nenhuma explicação, nenhum entendimento.

Ou seja, como acredito muito na negociação, como acredito muito na relação humana, estou convencido que a gente pode avançar muito nisso e voltar a uma relação civilizada com os Estados Unidos – uma parceria que já temos há 201 anos e não há por que não continuar com essa relação. Nosso interesse é tentar contribuir para que as coisas terminem da melhor forma possível, que ganhe o Brasil, que ganhe os Estados Unidos, mas sobretudo que ganhe o povo brasileiro e que ganhe o povo americano.

Não há nenhum sentido a gente tomar medidas que possam prejudicar alguém. O presidente Trump sabe que o preço da carne lá está muito alto, sabe que o cafezinho está ficando caro, então eu penso que as pessoas vão descobrir também que nem todas as medidas que a gente toma repercutem do jeito que a gente queria. Eu quero ter a oportunidade de dizer para o Trump o que o Brasil espera dos Estados Unidos e dizer para ele o que o Brasil tem para oferecer.

Eu já disse no telefone, não existe veto a nenhum assunto para um país do tamanho do Brasil conversar com um país do tamanho dos Estados Unidos. Portanto, vai ser uma reunião livre em que a gente vai poder dizer o que quiser, como quiser e vai ouvir o que quiser, o que não quiser também. Eu estou convencido que vai ser boa para ele e vai ser boa para o Brasil essa reunião. Vamos voltar à nossa normalidade.

Vamos seguir com o Américo Martins, CNN.

Américo Martins (CNN) - Bom dia, presidente, muito obrigado. O senhor acabou de falar que a crise... Presidente, muito obrigado mais uma vez pela oportunidade. O senhor acabou de falar que acredita na negociação, o presidente Trump também diz que acredita na negociação, o senhor já deixou claro o que o Brasil quer mudar nessa relação com os Estados Unidos e o senhor acabou de falar que vai oferecer algumas coisas aos Estados Unidos. Em que áreas o Brasil poderia oferecer coisas?

Presidente Lula - Eu não disse que vou oferecer isso, você que disse. Eu disse que na conversa que não existe veto a nenhum assunto.

Américo Martins - E o que o Brasil ofereceria?

Presidente Lula - Podemos discutir, de Gaza à Ucrânia, à Rússia, à Venezuela, a materiais críticos, minerais, a terra rara, podemos discutir qualquer assunto. O que eu disse é que não tem veto e vamos depender do que ele vai propor.

Américo Martins - Mas que assuntos, que áreas que o senhor acha que o Brasil gostaria de oferecer?

Presidente Lula - Essa reunião tem um assunto típico que é a taxação que foi feita ao Brasil, que nós não concordamos com ela porque ela não é verídica. A tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação em nenhuma verdade. Os Estados Unidos têm superávit de 410 bilhões de dólares em 15 anos com o Brasil.

Então, não tem sustentação essa tese. A tese de que não tem direitos humanos no Brasil porque está perseguindo o ex-presidente também não tem nenhuma veracidade. Quem comete crime no Brasil é julgado e quem for culpado é punido.

E depois a regulação das Bets é uma coisa que depende do governo brasileiro, do Congresso Nacional. Coisa simples que a gente pode discutir, sabe, com muita sinceridade, com muita objetividade.

Dois homens sentados em volta de uma mesa, a gente não tem que ficar com muita frescura, não. Sabe, é dizer o que cada um quer e o que é preciso fazer. Nós somos as duas maiores democracias do Ocidente.

Nós temos que passar para a humanidade a harmonia e não desavença. Nós temos que mostrar para a humanidade uma perspectiva objetiva na melhoria de vida do povo que a gente representa. Então, o presidente Trump diz que é muito sincero naquilo que ele fala, eu vou ouvi-lo e quero que ele ouça toda a minha sinceridade para que a gente possa se colocar de acordo em algumas coisas.

Vamos para a próxima, Felipe Frazão, Estado de São Paulo.

Felipe Frazão (Estado de S. Paulo) Presidente, muito bom dia. Muito obrigado pela oportunidade. Eu sou Felipe Frazão, do Jornal Estadão. Queria insistir nessa questão e saber do senhor o que o senhor espera que saia dessa reunião. O senhor espera algum acordo concreto já a partir de agora? E o Brasil vai colocar algo na mesa? O senhor está disposto a indicar concessões que o país pode fazer em relação, por exemplo, a produtos que têm gerado reclamações dos Estados Unidos quanto a barreiras — o etanol, por exemplo? E sobre a questão do café, que o senhor mencionou agora há pouco — o Brasil espera uma liberação do café brasileiro das taxas? Que outros produtos ou setores o senhor destacaria? E, sobre os minerais críticos, que são de interesse mútuo, o Brasil vai apresentar alguma proposta?

Presidente Lula - Olha, deixa eu lhe dizer uma coisa, se eu não acreditasse que é possível chegar a acordo, eu não faria a reunião. Eu nunca participo de uma reunião que eu não acredito no sucesso dela.

O Brasil tem interesse em recolocar a verdade na mesa, mostrar que os Estados Unidos não são deficitários e, portanto, não há explicação para a taxação feita ao Brasil.

Também não há por que justificar a punição de ministros nossos, de personalidades públicas brasileiras, nas leis americanas - não há explicação, porque eles não cometeram nenhum erro. Estão cumprindo a Constituição do meu país.

Ao mesmo tempo, a política de tributação é algo que depende do Brasil, que depende do Congresso Nacional. E isso vai ser colocado na mesa.

Se o presidente Trump quiser discutir qualquer outro assunto, Rússia, Venezuela, sabe, eu estou aberto a discutir qualquer assunto. O que é importante é o seguinte, nós não temos veto, disse no começo da minha primeira resposta, não existe veto a nenhum assunto. Qualquer assunto que for colocado na mesa, a gente vai discutir o assunto, pensando na melhoria da possibilidade do comércio entre os dois países.

Eu vou repetir, se eu não acreditasse que fosse possível fazer um acordo, eu não participaria da reunião, se bem que o acordo certamente não será feito amanhã ou depois da manhã quando eu me reunir com ele. O acordo será feito pelos negociadores, que vão ter que sentar com o Alckmin [Geraldo, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Mauro Vieira [Relações Exteriores] e Haddad [Fernando, ministro da Fazenda], junto com o pessoal do governo americano.

Felipe Frazão - Quanto tempo o senhor espera que esse acordo saia?

Presidente Lula - Se eu pudesse te prever, querido, se eu pudesse te dar uma resposta precisa, eu te daria. Eu queria que fosse ontem, mas se for amanhã já está bom. Quanto mais rápido, melhor.

Vamos à próxima pergunta. Patrícia Holanda, TV Record.

Patrícia Holanda (TV Record) - Bom dia, presidente. Ainda falando de Trump, o senhor viu que ele fez essa comparação dos narcotraficantes latino-americanos ao ISIS. Como é que o senhor vê essa declaração? Ele disse, inclusive, que não precisa de declaração de guerra para matar quem traz droga.

Presidente Lula - Eu acho que falta um pouco de compreensão sobre a questão da política internacional. Primeiro, você não está aí para matar as pessoas, você está aí para prender as pessoas.

E é isso que o Brasil vem fazendo há muito tempo. Se você pensar nas últimas ações da Polícia Federal, a base [Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia] que nós criamos na Amazônia para combater o narcotráfico nas nossas fronteiras, é uma novidade. Inclusive, uma parceria com a Interpol e com todos os países amazônicos.

Ou seja, você não diz que vai matar as pessoas. Você tem que prender as pessoas, julgar as pessoas, saber se a pessoa estava ou não traficando — e aí, sim, puni-las de acordo com a lei. É o mínimo que se espera de um chefe de Estado.

Ontem eu disse ao presidente Prabowo que, quando nós somos chefes de Estado, temos duas coisas a fazer. A gente precisa escolher,  porque ser chefe de Estado é isso: é tomar decisão. Tudo exige decisão.

Então, você tem que escolher se quer ser um líder respeitado e amado, ou se quer ser um líder temido e odiado. E isso depende muito das palavras que você usa, do jeito que você se comporta. É assim que eu procedo: antes de falar, de julgar ou de punir alguém, eu preciso ter provas.

Você não pode simplesmente dizer que vai invadir outro país para combater o narcotráfico sem levar em conta a constituição dos outros, a autodeterminação dos povos, a soberania territorial de cada nação. Se o mundo virar uma terra sem lei, sem respeito, vai ficar muito difícil viver.

Eu espero que, se o presidente Trump quiser discutir esse assunto comigo, eu terei imenso prazer em conversar sobre esse e sobre outros temas. Porque, veja, o mundo não pode continuar nessa polarização eterna do bem contra o mal.

Toda vez que se fala em combater as drogas, talvez fosse mais eficaz combater também o consumo interno. Os usuários são parte do problema: eles alimentam o tráfico, assim como os traficantes se aproveitam da dependência.

Ou seja, há uma troca constante, gente que vende porque tem quem compre, e gente que compra porque tem quem venda. É preciso ter mais cuidado e responsabilidade no combate às drogas.

No caso do Brasil, estamos à frente, com a Polícia Federal e em parceria com os estados, de uma política para combater o tráfico de drogas, o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando.

Mas é preciso que a gente trabalhe em harmonia com os outros países. É muito melhor que os Estados Unidos se disponham a conversar com as autoridades e com a Justiça de cada nação, para que a gente possa agir de forma conjunta.

Porque, se a moda pega e cada um achar que pode invadir o território do outro para fazer o que quiser, onde é que vai ficar o respeito à soberania dos países? É ruim. Muito ruim. Então, eu pretendo discutir esses assuntos com o presidente Trump, se ele colocar na mesa.

 A última pergunta, Érica de Abreu, RedeTV, e encerramos a coletiva.

Érica de Abreu (RedeTV) - Presidente, às vésperas da COP30, o Brasil - o governo - autorizou a exploração de petróleo e outros combustíveis fósseis na margem equatorial. Qual é a mensagem que o Brasil quer mostrar para o mundo? E o senhor não acha que essa decisão contraria o discurso do próprio governo em relação à questão climática?

Presidente Lula - Olha, deixa eu lhe dizer: a mensagem que o Brasil quer passar é que nós somos um dos países que mais têm energia renovável no planeta Terra. Essa é a primeira mensagem.A segunda é que a gasolina brasileira utiliza 30% de etanol - por isso, a nossa gasolina é mais pura que as outras. E a terceira é que o nosso óleo diesel tem 20% de biodiesel - o que também o torna mais limpo que os demais.  

Outra coisa: nós conseguimos autorização para fazer pesquisa na margem equatorial. Entre fazer a pesquisa e encontrar petróleo, leva-se muito tempo. É preciso novas licenças, planejamento e uma empresa com expertise. E a Petrobras tem isso. Ela não tem histórico de vazamento de óleo em lugar nenhum. Possivelmente, é a empresa com mais experiência no mundo em prospectar petróleo em águas profundas sem causar danos ambientais.

Ora, se nós estamos defendendo a proteção das florestas e queremos reduzir o uso de combustíveis fósseis, uma das formas de fazer isso é usar o dinheiro do petróleo para consolidar a chamada transição energética do planeta.

A Petrobras, aos poucos, está deixando de ser apenas uma empresa de petróleo para se tornar uma empresa de energia e precisa investir em novas fontes.

O dinheiro que ela ainda obtém do petróleo é necessário enquanto esse combustível continuar sendo indispensável, o que deve durar muitas décadas.

Porque é muito fácil falar no fim do combustível fóssil, mas é difícil encontrar quem, hoje, tenha condições reais de se libertar dele. Ninguém tem.

O que o Brasil está fazendo é mostrar competência. Hoje, 87% da nossa energia elétrica é limpa. A nossa gasolina é mais limpa, o nosso biodiesel é mais limpo.

Nós estamos fazendo o que precisa ser feito e vamos continuar investindo em energia renovável. Vamos continuar usando o dinheiro do petróleo para criar as condições de, no futuro, o Brasil se libertar do combustível fóssil.

Mas, enquanto o mundo ainda precisar dele, o Brasil não vai abrir mão de uma riqueza que pode melhorar a vida do seu próprio povo.

Ok, pessoal. Agradeço. Obrigado. Até a próxima.

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