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Você está aqui: Página Inicial Acompanhe o Planalto Discursos e pronunciamentos 2025 09 Pronunciamento do presidente Lula durante o mutirão Nacional para Redução das Filas do SUS
Info

Pronunciamento do presidente Lula durante o mutirão Nacional para Redução das Filas do SUS

Transcrição do pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o mutirão Nacional para Redução das Filas do SUS, em 13 de setembro de 2025
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Publicado em 16/09/2025 14h14 Atualizado em 16/09/2025 14h19

Ô, Padilha [Alexandre, ministro da Saúde], antes de falar do mutirão, eu queria dizer para o Alckmin [Geraldo, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] que eu estou precisando fazer acupuntura. Então, a minha bursite voltou e o HangHu [Acupunturista que atendeu o presidente Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff] morreu. O “Gu” era um chinês que fazia acupuntura aqui, mas ele morreu. E o Alckmin disse que é acupunturista, então eu vou testar você na minha bursite aqui.

Gente, antes de falar do mutirão, eu estou com uma manchete de um jornal aqui, que acho que é O Globo, que escreve o seguinte: “Jornalista americano elogia SUS após acidente no Rio de Janeiro.” Esse rapaz é um jornalista do Washington Post, ele mora no Rio de Janeiro, ele foi passar férias em São Paulo, na Ilhabela, e esse rapaz estava com o filho tendo um problema e ele foi no carro dele buscar um negócio para atender o filho.

E a porta do carro, o porta-mala, bateu na cabeça dele e sangrou muito. E ele estava sangrando quando, em pouco tempo, apareceu uma ambulância do SAMU. E a ambulância do SAMU levou ele para o hospital de Ilhabela e ele ficou pensando: “Puxa vida, eu não tenho dinheiro para pagar. Como é que eu vou fazer depois que o médico me tratar, que pedir para eu pagar, o que é que eu vou fazer?”

Ele foi lá, trataram do filho dele, trataram dele, tomou sete pontos na cabeça, enfaixaram a cabeça dele e, quando ele perguntou quanto era, ele teve a surpresa: era de graça. Então ele faz um artigo elogiando o Sistema Único de Saúde do Brasil, dizendo que, se ele estivesse nos Estados Unidos, o tratamento que ele teve no Brasil, certamente, ele gastaria o equivalente a 10 mil dólares.

Um outro caso interessante, Padilha, que é importante você saber, a Janja [Lula da Silva, primeira-dama do Brasil] teve, esta semana, com a embaixadora do Reino Unido. E a embaixadora do Reino Unido, aqui no Brasil, teve dengue. E, por conta da dengue, ela teve que fazer um transplante do fígado, é isso? Do fígado. E o pessoal queria que ela fosse para a Inglaterra para fazer. E ela fez no SUS. E ela, hoje, é uma pessoa que rasga elogios ao nosso SUS.

Se não bastasse esses dois casos, a gente sabe o que aconteceu na Covid, o milagre que o SUS ofereceu ao povo brasileiro. Mas, além disso, era importante a gente ter consciência de que não existe nenhum país do mundo, com mais de 100 milhões de habitantes, que tenha um sistema como o nosso. Um sistema que eu tive o orgulho de aprovar, o Alckmin [também].

E mesmo, Padilha, interessante, eu lembro que o líder do governo Sarney [José, ex-presidente da República] na Constituinte era um médico da Bahia, que era de extrema-direita, não sei o que Santana [Carlos Santana, ex-deputado federal, líder do governo na Câmara durante a Assembleia Constituinte], uma coisa assim. Esse cidadão de extrema-direita defendia o Sistema Único de Saúde como ninguém. Ou seja, porque, se tratando de saúde, você não tem esse negócio de esquerda ou direita, você tem pessoas comprometidas com a saúde do povo.

Eu conheci o Jatene [Adib, ex-ministro da Saúde], e acho que o Jatene é um exemplo de médico brasileiro que tratava da elite paulista, mas que tratava de qualquer pessoa mais humilde, com a maior deferência do mundo, e foi também o melhor discurso que eu vi defendendo o IPMF [Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira, depois chamada CPMF, Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - ambos extintos], quando a elite brasileira tirou aquela contribuição do IPMF.

Bem, eu estou dizendo isso porque tenho uma terceira história para contar para vocês. Eu conto sempre que é importante as pessoas lembrarem que essas coisas não nascem do dia para a noite. Muitas vezes, as coisas demoram para acontecer. Eu estava com o Padilha, com o Aloizio Mercadante [presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES], com a presidenta Dilma Rousseff], em uma estrada na Via Anhanguera, em um restaurante lá, almoçando, quando a gente estava discutindo a questão do Mais Médicos. Padilha, ministro da Saúde, a gente estava discutindo o Mais Médicos.

E eu dizia para o Padilha: “ô, Padilha, eu não sei se é correto implantar o Mais Médicos agora, porque os sindicatos vão ser contra, como foram, tá?. E eu acho que o povo está precisando de mais especialistas do que de Mais Médicos”. Mas foi implantado o Mais Médicos, que foi um sucesso extraordinário.

E é importante a gente lembrar: quando a Dilma foi ‘impichada’ [sofreu processo de impeachment], porque se a gente não cita os números, as pessoas não se lembram. E quem não se lembra não defende. Então, quando a Dilma foi ‘impichada’, a gente tinha, neste país, 18 mil médicos no Mais Médicos. Quando nós voltamos, só tínhamos 12 mil médicos.

Obviamente que eu não preciso dizer que houve uma piora na saúde brasileira se tinha, em um esquema de saúde, 8 mil médicos a menos do que tinha quando a Dilma foi ‘impichada’.

Pois bem, nós agora já estamos com quase 30 mil médicos. Nós mais do que dobramos, em apenas 2 anos e meio, a quantidade de médicos que nós achamos. E nós achamos que é pouco. Porque tem uma parte da elite médica brasileira que acha que a gente não precisa formar mais médicos. Que acha que tem muito médico. Tem muito médico em uma certa região do país. Nas cidades brasileiras. Mas e quando a gente entra no coração deste país? Quando a gente vai pra cidade de 8 mil habitantes, 5 mil habitantes, 6 mil habitantes, que a gente vai pro Norte, pro Nordeste, pro sertão. Tem médico? Não tem.

E, às vezes, o prefeito não tem dinheiro para pagar. E também porque, vamos ser francos, o médico é um cidadão que também quer morar num lugar bom. Ele quer morar numa cidade que tenha cinema, que tenha teatro, que tenha atividade cultural. Ele não quer, depois de se formar, ficar chique, sendo médico…

Eu sempre achei que médico é o cara mais inteligente do mundo. Porque o vestibular de medicina é o mais concorrido. Você tem mil vagas para 30 mil pessoas. Para advogado, você tem 10 mil vagas para dois caras. Mas pra médico é mais complicado.

Mas na política, nem sempre é assim, viu, Alckmin. Na política nem sempre o médico é mais inteligente. Mas é o seguinte, essa coisa do médico é uma coisa extremamente importante. É uma coisa quase que sagrada. Então, a gente tinha no Brasil essa situação. Nós precisamos formar mais médicos. Anestesista é uma profissão que, se dependesse de mim, anestesista não poderia ser político. Tinha que ser anestesista. Porque nós estamos precisando de anestesista.

E, hoje, o anestesista não quer mais trabalhar no hospital contratado como assalariado, não. Ele quer fazer contrato. É que nem jogador de bola. “Eu faço cinco anestesias, seis, e vou embora e acabou.” Mas é uma profissão que a gente, então, Padilha, vai ter que pensar, Camilo [Santana, ministro da Educação], como é que a gente faz para incentivar a formação da anestesista, que é uma coisa muito necessária hoje. Eu sei que no Brasil tinha problema, eu sei que no Uruguai tinha problema de anestesista e acho que no mundo tem.

Então, quem sabe seja importante a gente pensar e incentivar, companheiro, fazer... Eu não vou criar a ‘Universidade dos Anestesistas’, porque agora nós vamos criar a Universidade dos Esportes e vamos criar a Universidade dos Povos Indígenas. Se der na telha, a gente vai criar a ‘Universidade dos Anestesistas’. Não, mas é importante a gente pensar nisso.

Vocês sabem o seguinte: o povo brasileiro tinha um problema sério. Ou seja, o povo ia ao médico. Era muito mais difícil antes da gente chegar ao governo. O povo ia ao médico, na UBS [Unidade Básica de Saúde], naquele tempo não tinha UPA[Unidade de Pronto Atendimento], a UPA fomos nós que fizemos também. E o povo pegava a consulta. E a pessoa mais humilde pegava a consulta e ia na farmácia e perguntava o preço do remédio. Simplesmente não podia comprar. Levava a receita para casa, colocava embaixo do travesseiro, a gente não pode mais falar criado mundo hoje, mas todo mundo tinha um banquinho na beira da cama, colocava a receita lá ou colocava na prateleira lá embaixo de um copo, morria sem poder comprar o remédio.

Nós criamos o Farmácia Popular, que hoje distribui 41 remédios de uso contínuo, para todas as pessoas, totalmente de graça. Totalmente de graça. Sabe? Uma vez eu fiquei com ciúmes e com inveja, eu fui pra Cuba e eu tive um problema na garganta. Eu sempre falei muito rouco, mas a minha garganta naquele tempo estava mais rouca ainda. E eu fui num ‘garganteiro’ lá em Cuba. Aí o cara da garganta, sabe, me deu… Eu acabei de fazer a consulta, Padilha, eu saí de lá, o cara me deu um ‘envelopezinho’, que nem se estivesse entregando um saquinho de pipoca, com uns 10 comprimidos. O cara me deu. “Toma isso aqui”. De graça.

Falei: “pô, o cara dá remédio de graça.” Um país pobre, sendo perseguido pelos Estados Unidos há 70 anos, ainda dá remédio de graça pra gente? Por que no Brasil não pode dar? Então, o Farmácia Popular é um pouco desta origem, de que a gente pode, é só a gente querer e a gente teimar, porque sempre tem os contra e os a favor, em tudo tem. Quando eu fui criar o Farmácia Popular tinha gente contra. O primeiro relatório que eu recebi era o contrário. Eu falei: então vou fazer um relatório favorável. E fizemos. E criamos o Farmácia Popular.

Bem, então, hoje, o cara não morre mais por falta do remédio. Mas o cara morre por falta de especialistas. O cidadão vai ao médico, na UBS lá em São Paulo, em qualquer cidade, ele é atendido, em uma UPA, aí o médico fala o seguinte: você precisa procurar um cardiologista. Aí ele volta no balcão, a menina muito simpática… O SUS paga bem?

Fala do ministro da Saúde, Alexandre Padilha

A menina, muito simpática, atende o paciente e fala: “o doutor pediu um cardiologista”. Ela vai lá no computador, tecla lá, e fala: “olha, cardiologista daqui a 11 meses a sua vaga.” Se a doença esperar, tudo bem, ela vai. Mas nem sempre a doença espera. Aí ela vai, consegue chegar a 11 meses, sobrevive e vai no cardiologista.

Chega lá o doutor cardiologista, examina ela, coloca ela pra fazer não sei das contas lá, bota aquele negócio, manda ela falar “33”, não sei o que mais que faz de exame, e fala pra ela: “você vai ter que fazer uma ecocardiograma”. Ecocardiograma. Ou uma ressonância magnética, uma dessas coisas chiques aí.

Aí, ela volta na mocinha e fala: “doutora, o doutor pediu pra mim fazer um ecocardiograma, uma ressonância magnética, não sei das contas”. A menina bota no computador, tecla lá. “Olha, daqui a 10 meses.” Aí ela fica “pô, se eu viver até 10 meses, eu vou fazer.”

Então a gente tinha uma obsessão de fazer com que a segunda consulta e a tal da máquina fosse rápido. Não dá pra esperar, gente, nós temos que criar a condição de ser rápido. Se é que a gente quer tratar da vida e não da morte.

E aí, eu quero dizer pra vocês que eu venho com isso na cabeça há muito tempo, o Padilha participou comigo e com a Nísia [Trindade, ex-ministra da Saúde], quando eu convidei a Nísia pra ser minha ministra da Saúde, a primeira coisa que eu disse para a Nísia é que a gente precisava trabalhar para criar o Mais Especialistas. E eu posso dizer que a Nísia trabalhou com muita competência, trabalhou, brigou, organizou, sabe? E quando a Nísia saiu, que entrou o Padilha, já tinha meio caminho andado pra gente chegar onde nós chegamos.

Então nós chegamos a uma situação extraordinária que ofereceu ao povo a possibilidade dele acreditar que ele vai viver mais. Essa é uma coisa sagrada, que é a função do médico, que é a função do enfermeiro, que é a função do pessoal que trabalha no hospital, mas também do ministro da Saúde e do Estado brasileiro. A gente quer salvar vida e quanto mais viver, melhor.

Então, se a gente garante que a pessoa tenha acesso com rapidez, a gente vai ter um povo mais feliz, o povo descobrir as coisas. Eu, por exemplo, Padilha, descobri o meu câncer na garganta, por acaso. Se eu tivesse demorado pra descobrir, quem sabe eu não estivesse falando com vocês aqui hoje, porque eu tinha tido que cortar a minha corda vocal. Um cara que tem uma voz bonita como eu, sem voz não vale nada.

Então, eu estou falando isso para dizer para vocês que tudo, às vezes, leva muito tempo para a gente fazer, para a gente criar. Tem sempre um debate imenso dentro do governo, às vezes as coisas custam dinheiro e quando custa dinheiro você tem que olhar superávit primário, você tem que olhar se vai gastar, tem que olhar o tal do déficit fiscal, você não pode gastar mais, é sempre muito complicado, nada é fácil. A única coisa fácil é o Corinthians ganhar o jogo, o resto é tudo muito difícil.

Então, agora, é o seguinte. Eu quero dar parabéns às pessoas dos estados que apareceram aqui: Paraná, Goiás, Maranhão, Pará e o DF. Eu quero agradecer aos funcionários, aos médicos, aos enfermeiros, aos motoristas, a todo mundo que trabalhou, às pessoas que estão sentadas perto das pessoas que vão ser operadas. Porque, veja, o que nós estamos apontando para a sociedade brasileira? É que as filas têm jeito. As filas têm jeito.

Eu sempre faço comparação das coisas com futebol. Muitas vezes um time, todo mundo aqui sabe que todo time tem 11 jogadores, goleiro e mais 10. Todo mundo sabe que quando expulsa um jogador, cria uma lacuna no time que teve o jogador expulso. Então, tem um marcador a menos e tem mais espaço para os atacantes atacarem. Agora, Leila [Barros, senadora da República], você que é uma esportista, você que é chamada Leila do Vôlei, veja quando alguém é expulso, se os outros que ficarem dedicar 10% a mais de esforço, a gente supre aquela falha. Se os novos jogadores que ficarem em campo dedicarem a correr 10%, a gente supera a falta do cara que foi expulso.

Acontece que as pessoas não querem correr. Está lá um espaço vazio e ninguém quer preencher. O que é que nós estamos provando com este mutirão? Que eu acho, Padilha, uma coisa extraordinária e eu sou muito grato à ideia. E, depois, a gente tem que mudar este nome aqui: Ebserh. Parece nome holandês, uma coisa grega, sabe? Empresa Brasileira de Saúde [Serviços] Hospitalar [Hospitalares]. Não é possível, tem que ter um nome mais digerível, sabe? Uma coisa “minhocão”, qualquer coisa, “saúdão”, uma coisa… Então, vou te contar, o cara... Eu vou contar… O comunicador que criou isso aqui, na época que foi criado, sinceramente, de comunicação não entende porra nenhuma. Esse é o dado concreto.

Então, nós temos que fazer um nome mais popular para uma coisa tão extraordinária como essa. Porque mutirão, estava a Janja me ensinando aqui, a palavra “mutirão” não existe no mundo. A palavra “mutirão” é uma palavra tupi, é uma palavra brasileira, é uma palavra indígena.

Eu fui agora à França, não sei se você sabe, eu fui homenageado na Academia Francesa de Letras porque eu coloquei uma palavra chamada “ismo”. “Ismo!” O que é o “ismo”? Multilateralismo. Eles não conheciam a palavra “multilateralismo”. Multilateral, mas o “ismo” não tinha. Então, pode dizer que o Lula foi na Academia Brasileira de Letras colocar o “ismo” lá. Então, está lá homenageado, gravado, e agora vem aí o índio, não sei se foi, quem foi, mas é uma palavra indígena para o mutirão que o mundo não conhece.

Eu agora vou esnobar. O Sul Global vai criar um dicionário mundial, a palavra “mutirão”. Mutirão para acabar com a guerra. Mutirão para acabar com a matança da Faixa de Gaza. Mutirão para fazer muitas coisas. A COP30 vai ser um mutirão. Então é o seguinte: por que eu estou dizendo isso? Para passar açúcar na boca de vocês e dizer o seguinte, Padilha, e dizer, ‘doutor Ebserh’, e dizer, Camilo, que é o seguinte. A gente paga hora extra, agora é o seguinte: a gente vai ter que fazer mais.

Enquanto a gente não tiver todos os médicos que o Brasil precisa, e todos os hospitais, o nosso pessoal universitário, os nossos hospitais vão ter que fazer mais a bem do povo brasileiro. Então eu fico pensando… Primeiro, eu acho maravilhoso os 29 mil atendimentos hoje. Bom, como aqui no DF teve mais, pode até ser mais. Mas a gente pode fazer muito mais.

Mas eu estava dizendo para Deus: temos que mapear quais as sequelas mais sofridas do povo. Se é apendicite, se é vesícula, se é qualquer coisa, e a gente fazer mutirão para acabar com isso. Fazer mutirão para acabar com isso. Porque hoje, por exemplo, tem não sei que estado aí, dois indígenas que andaram 400 quilômetros de carro, mais 400 de canoa, para fazer uma operação da vesícula. Gente que está sofrendo há dois anos. Não tem sentido, gente. A gente deixar um cara sofrer dois anos por causa da vesícula.

Então, Padilha, eu acho que seria um desafio para nós mapear quais as coisas que nós temos mais acumuladas e a gente fazer mutirão não uma vez a cada três meses, mas quem sabe a gente dedicar um mês inteiro de mutirão, por exemplo, para tratar das doenças da mulher. Quais são as doenças da mulher? Então, vamos fazer um mutirão. Vamos dedicar um mês para pegar todos os problemas e vamos acabar.

Depois, mais um mês para pegar um velhinho como eu, assim, e cuidar também. O meu já é caso de geriatria. Então, é mais demorado.

Então, gente, eu acho que o que está acontecendo no Brasil é apenas a demonstração de que se a gente quiser, a gente faz. Não existe, na minha modesta opinião, nada que a gente não tenha condições de fazer se a gente quiser. O que a gente não pode é colocar dificuldade antes de colocar facilidade. Sabe aquele cara que você fala: “Vamos fazer”. “Ah, não dá.” “Ah, por que não dá?” “Porque não dá.” “Ah, não dá porque não dá.” Tem que dar, gente. Tem que dar. Nós temos que ser persistentes. Senão a gente não resolve o problema do país. Senão vai cada dia mais acumulando, cada dia acumulando.

Você tinha 18 mil médicos, caiu para 12 mil médicos. Quantos hospitais universitários nós já fizemos? Até o final vai ter mais 13 hospitais universitários. Mais 13. Porque também não cuidavam disso com carinho. Os hospitais universitários têm que ser a vanguarda, tem que ser a Fórmula 1 no tratamento da saúde.

Ou seja, nós temos que fazer. É por ali que a gente começa. Está todo mundo com muito tesão, uma meninada jovem, todo mundo aprendendo, fazendo residência, querendo acertar. E nós temos que pegar essa energia dessa molecada. E a outra coisa importante, Janja, você viu que a maioria é mulher. Eu acho que nós temos mais médicas do que médicos hoje. Isso é uma bênção, gente. Isso é uma bênção. A gente ter as mulheres assumindo as tarefas responsáveis deste país.

Você veja um negócio: eu fiquei feliz uma vez que eu fui em uma fábrica, na Nuclep [Nuclebrás Equipamentos Pesados], e encontrei uma mulher trabalhando de soldadora. Soldadora, no tempo que eu era metalúrgico, era uma profissão insalubre. Mulher não poderia. Encontrei mulher de ferramenteira, mulher de torneira mecânica. Eu achei extraordinário. Hoje, mulher soldando o casco de navio, que é uma solda muito especial. Não é qualquer soldador que consegue, sabe? Mulher senadora...

Então, deixa eu lhe falar uma coisa. As mulheres estão ocupando um espaço extraordinário no mundo. Tem que ser também na política e tem que ser em todas as áreas.

Portanto, Padilha, eu sou obrigado a olhar… Não sei onde está a câmera do Stuckert [Ricardo, secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República], porque talvez só ela me dê um close aqui, bonito, sabe? Eu sou obrigado a dizer assim: companheiro Camilo, parabéns pelo trabalho dos hospitais universitários. Companheiro Chioro [Arthur, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh], parabéns pela nossa empresa Ebserh, que é a Empresa Brasileira de Saúde Hospitalar. E parabéns, Padilha, pelo trabalho que você está fazendo no Ministério da Saúde. Se a gente continuar assim, a gente vai acabar com as filas neste país.

Muito obrigado, gente. Boa sorte às pessoas que estão tratando. Boa sorte a Curitiba, a Goiânia, Belo Horizonte, Belém e São Luís do Maranhão. Um beijo no coração de vocês.

Tags: PronunciamentoLuiz Inácio Lula da SilvaAgora tem especialistas
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