Pronunciamento do presidente Lula na cerimônia de inauguração da fábrica da GWM em Iracemápolis (SP)
Querido companheiro Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio [e Serviços] do Brasil; meu caro Zhu [Qingqiao], embaixador da República Popular da China no Brasil; meus companheiros ministros Luiz Marinho, do Trabalho [e Emprego]; Márcio França, do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; deputado federal Alencar Santana; meu caro Ricardo Ferraço, vice-governador do Estado do Espírito Santo; Nelita Franceschini, prefeita de Iracemápolis. O Alckmin, agora, acabou de lhe dar uma oportunidade das pessoas visitarem aqui na sua cidade o muro da China. Então você agora tem um pedaço do muro aqui, que é o povo brasileiro visitar a sua fábrica.
Meu caro Jean Carlos, presidente da Câmara dos Vereadores de Iracemápolis; meu caro Mu Feng, diretor-presidente da GWM Global; meu caro Parker Shi, presidente da GWM Internacional, presidente da GWM Internacional; e Andy Zhang, presidente da GWM Brasil e México, por meio de quem cumprimento todas as pessoas que estão aqui, deputados estaduais, vereadores, convidados, empresários, trabalhadores.
É sempre motivo de orgulho quando a gente inaugura uma coisa que vai gerar desenvolvimento e vai gerar emprego no nosso país. Há pouco tempo atrás, o Alckmin e eu anunciávamos ao povo brasileiro que, para um país poder trazer investimento do exterior para cá e ao mesmo tempo fazer com que os investidores brasileiros tivessem coragem de investir, era preciso que a gente oferecesse algumas coisas para o povo brasileiro e algumas coisas para os investidores estrangeiros.
E a primeira coisa que a gente tinha que oferecer a quem a gente quisesse convencer a vir ao Brasil era uma coisa simples chamada estabilidade política. Era necessário fazer com que as pessoas acreditassem que nesse Brasil a estabilidade política iria garantir estabilidade econômica, a estabilidade política iria garantir estabilidade fiscal, a estabilidade política iria garantir estabilidade social, estabilidade econômica e, ao mesmo tempo, era preciso que a gente garantisse às pessoas previsibilidade para que a gente pudesse convencer as pessoas de que esse país era um país muito sério. Porque muitas vezes o Brasil não tratou os outros com o respeito que mereciam e nem os outros trataram o Brasil com o respeito que o Brasil precisava.
É por isso que o Brasil, que ajudou a criar o G20 no momento de uma crise mundial causada nos Estados Unidos do subprime, no momento em que a gente construiu com a China a comunidade de futuro compartilhada pela China por um mundo mais justo, um planeta mais sustentável, e é importante que as pessoas saibam que o comércio do Brasil com a China hoje é simplesmente o de 160 bilhões de dólares contra 80 bilhões do comércio nosso com os Estados Unidos. É importante que vocês saibam por que nós criamos os BRICS e criamos os Países do Sul Global. É porque nós estávamos cansados de sermos tratados como países do terceiro mundo e a gente queria criar um grupo de países com muita similaridade, que pudesse fazer as trocas entre si crescerem para que a gente pudesse se desenvolver juntos.
É por isso que nós aumentamos a nossa relação com os países do Sul Global, porque nós queremos ser respeitados. O Norte era sempre o rico e nós éramos sempre os pobres e nós não temos orgulho de ser pobres. Nós queremos crescer, queremos nos desenvolver, queremos ter acesso a todas as informações possíveis que essa tecnologia nos dá, que a inteligência artificial nos permite, e por isso nós criamos um grupo que é um grupo que representa praticamente metade da humanidade e representa mais de um terço do PIB internacional.
E é isso que faz com que algumas pessoas comecem a ficar preocupadas com os crescimentos daqueles que eram tratados como se fossem invisíveis. Eu, muitas vezes, tenho orgulho porque eu fui o único presidente do Brasil convidado para participar do G7 em todas as vezes, desde 2003, em que eu fui eleito presidente da República. O único presidente brasileiro a ser convidado em todas as reuniões do G7.
E participava eu, participava a China, com o presidente Hu Jintao; participava a Rússia, com o presidente Putin [Vladimir, presidente da Rússia]; participavam alguns outros países, a Arábia Saudita, com o rei Abdullah. Ou seja, o dado concreto era que nós éramos convidados para uma reunião em que eles já tinham decidido as coisas e nós íamos apenas para tomar o café ou comer a sobremesa, porque a gente não dava palpite nas coisas que o G7 decidia. Quando chegou a crise americana, nós criamos o G20. Juntamos as 20 economias mais fortes do mundo, para que a gente tentasse encontrar uma saída.
E eu fazia questão de lembrar naquele instante de que o mundo precisava perceber que a crise não tinha sido criada pelos países pobres, que a crise não tinha sido criada por latino-americanos, que a crise não tinha sido criada por ninguém, mas foi criada no coração do capitalismo americano, com a política equivocada de financiamento de casa.
Pois bem, o que nós estamos vivendo hoje? Nós estamos vivendo uma turbulência desnecessária. Nós estamos vivendo uma turbulência desnecessária, porque o presidente norte-americano resolveu, depois de um momento, eu diria, quase que de provocação, me mandar uma carta. A carta foi pelo portal dele.
Não mandou uma carta, como a pessoa recebe uma carta, dizendo que ia taxar o Brasil em 50% dos seus produtos. E eu fiquei estarrecido com isso, porque ele dizia na carta que ele estava taxando as economias porque os Estados Unidos tinham déficit comercial com o Brasil. E nós ficamos injuriados, porque o Alckmin estava negociando com o ministro das Relações de Exteriores, com o governo americano, já tínhamos mandado dez cartas, já tínhamos, desde o meio de março que estávamos negociando, e quando chegou no dia 16 de julho, a gente mandou uma carta para os americanos, cobrando uma resposta às nossas condições de negociação.
A resposta que nós recebemos foi o aumento de 10% para 50% da taxação dos produtos brasileiros. Os americanos não têm prejuízo com o Brasil. Só para vocês terem ideia, em 15 anos, eles têm um superávit com o Brasil de 410 bilhões de dólares.
Eu vou repetir: em 15 anos, o superávit americano com relação ao Brasil é de 410 bilhões de dólares. Só para terem ideia, no ano passado, no comércio de produtos, nós exportamos 40 bilhões e eles exportaram 47 bilhões. Significa que nós tivemos um déficit de 7 bilhões.
Se você colocar bens e serviços, foi um déficit de 25 bilhões [de dólares]. Portanto, com mais 7 bilhões [de dólares], vai um déficit de 32 bilhões [de bilhões]. E se você colocar só as empresas de dados, as empresas de informação, pra quem a gente presta a serviço, porque todos os dados brasileiros estão com as plataformas americanas, são mais de 23 bilhões de dólares que nós tivemos de déficit no ano passado.
Então, a ideia de passar para o mundo que o Brasil é um país horrível para negociar não é verdade. E eu não posso admitir que um presidente de um país do tamanho dos Estados Unidos possa contar a quantidade de inverdades que ele tem contado sobre o Brasil. O Brasil não é um país rico.
O Brasil não tem o PIB que tem os americanos, o Brasil não tem o PIB que tem a China. Mas nós temos um povo que merece respeito. Um povo que tem orgulho de ser o que é. E um povo que só pode ser melhor se a gente tiver coragem de resistir às ofensas que fazem a nós.
Pois bem, no outro lado da carta o presidente diz que o Brasil não tem direitos humanos. É importante que o presidente da empresa, o nosso querido amigo Mu Feng, saiba que aqui no Brasil nós temos democracia, aqui no Brasil nós temos direitos humanos, e o ex-presidente que está sendo julgado, ele não está sendo julgado por nenhuma acusação da oposição de nenhum empresário, de nenhum deputado. Ele está sendo julgado por delação dos seus pares em função de uma tentativa de golpe que ele tentou dar dia 8 de janeiro de 2023, porque ele não queria que eu e o Alckmin tomássemos posse.
E no plano de golpe dele estava previsto matar a mim, matar o Alckmin e matar o presidente da Suprema Corte Eleitoral, que está julgando ele. Ele está sendo julgado porque no dia que eu fui diplomado na justiça brasileira, eles invadiram a Polícia Federal, tocaram fogo em carro e tocaram fogo em ônibus. Ele está sendo julgado porque ele colocou, junto com os seus comparsas, um caminhão com bomba no aeroporto de Brasília, na perspectiva de causar um verdadeiro desastre para evitar a posse do presidente eleito.
É por isso que ele está sendo julgado. Ele está sendo julgado pelos autos do processo. Ele está tendo o direito de defesa que vocês sabem que eu não tive nesse país.
Eu disse ao presidente Trump [Donald, presidente dos Estados Unidos] em uma entrevista: se o presidente Trump tivesse feito aqui no Brasil o que ele fez no Capitólio, invadindo o Capitólio, porque não se contentava em perder as eleições, ele também estaria sendo julgado. E se fosse culpado, ele também ia ser preso. Porque a legislação vale para todo mundo, deve valer para rico e para pobre.
E todas as empresas que estão no Brasil têm que seguir a legislação brasileira. Eu estou dizendo isso porque nós estamos vivendo uma situação que não precisaríamos viver. O Brasil gosta de negociar.
Se tem uma coisa que o Brasil sabe fazer é negociar. E se tem uma coisa que o meu vice-presidente, que é o ministro da Indústria e Comércio que negocia, merece respeito nesse país, é o companheiro Geraldo Alckmin, que foi governador de São Paulo por 16 anos, e sabe negociar e respeita as pessoas. Então, não dá para a gente aceitar a criação de uma imagem mentirosa contra um país como o Brasil, que não tem contencioso no mundo.
Nós não temos contencioso no mundo. O último contencioso do Brasil foi a Guerra do Paraguai. E, depois, quando a Alemanha enfiou 7 x 1 na gente aqui dentro do Brasil, aí nós ficamos no contencioso com a Alemanha pela vergonha que nós passamos.
Mas fora disso, o Brasil não quer falar grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos. A gente quer falar igual para todo mundo. E é por isso que eu estou feliz de estar aqui.
Eu estou feliz de estar aqui porque cada empresa que vem para cá, cada possibilidade de gerar um emprego, cada possibilidade de gerar uma oportunidade de as pessoas trabalharem, e é por isso que eu insisti em falar para cada menina com quem eu conversava: estudem. Pelo amor de Deus, estudem. Porque, se não estudar, daqui a pouco vai ter uma parte da humanidade que será tratada como inútil, porque não sabe fazer as coisas que o mundo está exigindo que faça.
E vocês têm que aproveitar e estudar enquanto vocês são novos. Porque quem não estudar vai ficar para trás. E quem fica para trás será prejudicado. É por isso que eu canso: Estudem. Estudem. Estudem. Nas horas vagas, estudem. Não fiquem perdendo tempo no celular, querendo saber notícias que vocês não vão fazer nada com elas. Estudem. Não fiquem no celular vendo e falando bobagem. Estudem.
Porque senão a gente não será a sociedade que vai disputar no mundo digitalizado, no mundo da inteligência artificial. Veja, a gente nem conseguiu explorar toda a sabedoria do cérebro humano. E a gente já inventou uma coisa artificial, mais inteligente do que o homem, embora tenha sido inventada pelo homem.
Como é que a coisa mais inteligente do planeta Terra inventou a coisa mais inteligente do que ele? Daqui a pouco não vamos servir para nada mais. Os seres humanos vão virar inúteis. Porque o mundo artificial vai tomar conta. Então, a minha obsessão pela educação é porque eu não tive diploma universitário.
E é pelo fato de eu não ter tido o direito de ter o diploma universitário que eu sou obstinado. E eu falo com tristeza. Eu sou o único presidente da República que não tem o diploma universitário. E sou o presidente da República que mais fez universidade na história desse país, mais coloquei aluno nas universidades.
Em 2003, quando eu cheguei na presidência, em 100 anos tinham sido feitos 100 institutos federais. Nós vamos entregar 782 institutos federais.
E é pouco. É pouco, porque eu quero que os nossos jovens estudem. Eu sei o que é procurar emprego quando você não tem profissão. Eu sei o que é a situação das meninas que vão procurar emprego e dizem que não sabem fazer nada. Eu sei o que é a situação das pessoas que não estudam, vivendo às vezes de favor. E é por isso que eu sou obstinado pela educação.
E obstinado para combater a fome também. Quando nós chegamos na presidência, em 2003, tinha 54 milhões de pessoas nesse país que iam dormir sem comer um prato de feijão. Em 2014, a gente acabou com a fome nesse país.
E eu voltei em 2023 e já tinha outra vez 33 milhões de pessoas passando fome. Isso porque muita gente pobre nesse país é tratada como se fossem invisíveis. As pessoas não querem enxergar que eles existem.
E não tem um jeito de acabar com a pobreza se não você permitir que a sociedade possa melhorar de padrão de vida, com trabalho decente, com salário decente, com uma formação profissional decente. Às vezes, eu falo algumas coisas que as pessoas acham que eu não deveria falar. E é importante, meu caro amigo. Já virou meu amigo, porque quando eu abraço uma pessoa, ela já vira meu amigo. Meu caro amigo Mu Feng. Vou falar para você agora.
Quando eu deixei a Presidência da República, dia 31 de dezembro de 2010, esse país vendia 3 milhões e 600 mil carros. Eu vou repetir. Quando eu deixei a presidência, em dezembro de 2010, esse país vendia 3 milhões e 600 mil carros. Eu votei 15 anos depois. Esse país vendia apenas 1 milhão e 600 mil carros. Menos da metade do que vendia no final do ano de 2010.
E é por isso que nós estamos recuperando a indústria. É por isso que o Alckmin anunciou aqui 180 bilhões [de reais] de investimentos na indústria automobilística. É por isso que nós criamos a Nova Indústria Brasil, que tem uma política de crédito de 547 bilhões de reais.
É por isso que eu aposto na melhoria da qualidade do salário das pessoas. Porque os empresários têm que entender que o trabalhador precisa ganhar o suficiente para comprar o produto que ele fabrica numa fábrica. Porque senão o trabalhador não é estimulado.
Ele só produz para os outros, só produz para os outros, só produz para os outros. Será que vocês não podem sonhar em comprar um carro que vocês produzem? Tem que sonhar e tem que acreditar, porque senão a gente não consegue comprar. Essa é a situação.
Então, se eu fosse para a China, dar aula de economia, meu caro presidente da GWM, se eu fosse para a China, eu ia falar o seguinte: um país que tem pouca gente rica e muita gente pobre é um país pobre. Agora, um país que tem uma economia em que todo mundo ganha um pouco, todo mundo, é apenas repartir de forma mais justa aquilo que é o resultado do crescimento da economia. Aqui no Brasil tem gente que reclama que eu aumento o salário mínimo quando o PIB cresce.
O PIB é o resultado do crescimento da produção do país feita pelo povo trabalhador. Então, é justo que quando o PIB cresce, uma parte desse PIB venha para ele. Porque não é justo a gente fazer o prato só para os outros comerem. Nós também queremos participar.
E é esse mundo que nós queremos criar. E é esse mundo que nós queremos criar, porque eu sonho com um país de uma certa classe média, em que as mulheres, elas só vão morar com uma pessoa se elas gostarem da pessoa. Ninguém vai morar com outra a troco de um prato de comida, a troco do aluguel. Não. A gente vai morar com alguém quando a gente gosta. E se a pessoa não tratar a gente bem, a gente vai embora e larga essa pessoa.
A minha mãe, prefeita, a minha mãe, analfabeta, ela teve coragem. Nós viemos de Pernambuco. Em 1952, a minha mãe veio atrás do meu pai, que deixou ela lá em Pernambuco com sete filhos pequenos e grávida de mim.
Em 1952, a minha mãe resolveu vir atrás do meu pai. Quando nós chegamos em São Paulo, fomos para o Porto de Santos. Qual não foi a surpresa da minha mãe? Ela encontrou o meu pai com outra mulher e já com quatro filhos.
Sabe o que ela fez? Ela largou o meu pai, fomos morar num barraco e ela sozinha cuidou de oito filhos. De oito filhos. Todos menores. Um vendia carvão, outro vendia sardinha, outro vendia tapioca, outro vendia laranja, outro vendia amendoim. E está aqui o caçula dela, que virou presidente da República desse país, porque ela teve orgulho.
Ela teve orgulho de não aceitar a submissão. É por isso que eu quero que vocês estudem. E quero dizer aos companheiros da GWM: vocês vieram para o país certo.
Aqui tem um povo trabalhador e muito trabalhador. E é um povo que aprende as coisas com muita facilidade. Até porque é um país que tem um povo que gosta de carnaval e de futebol. O povo brasileiro é um povo que conta piadas sobre ele próprio. Eu acho isso fantástico. A gente conta piadas sobre a nossa desgraça. E a gente é feliz assim. Um povo que é assim, pode ficar certo, pode ficar certo, que aqui nesse país vocês vão ter mais felicidade com esses trabalhadores do que vocês têm na China, com os companheiros da China, e que vocês têm em qualquer lugar. E é por isso que nós temos uma relação muito forte com a China.
É por isso que a China é nosso principal parceiro comercial. E é por isso que a gente vai tentar brigar para que o comércio mundial seja equilibrado. A gente quer que volte o multilateralismo. A negociação da OMC para que os países possam se tratar de igualdade de condições. Nós não queremos esse negócio unilateral, em que um país grande vai sufocar o pequeno. Isso não é comércio justo.
O comércio justo é aquele em que as regras são estabelecidas em igualdade de condições para todo mundo. E por isso nós vamos continuar brigando. E por isso eu estou feliz de ver que mais vezes, enquanto uma empresa americana, como a Ford, vai embora do Brasil. É verdade. Enquanto uma empresa americana vai embora do Brasil. Enquanto a Mercedes-Benz, que foi muito bem tratada aqui em São Paulo. Eu fui dirigente sindical, fiz muitas greves e muito acordo na Mercedes-Benz. Enquanto a empresa alemã vai embora, o que acontece? Vem outra empresa chinesa.
E é essa virtude. É essa virtude. Essa visão que os chineses têm de que eles podem ocupar uma parte do mundo vendendo e produzindo, ensinando, que nós vamos aproveitar. Portanto, meus caros, façam daqui do Brasil uma base, uma plataforma para vocês venderem o produto de vocês na América Latina.
E contem com o governo brasileiro, porque aquilo que a gente puder fazer para que outras indústrias venham para cá, para que outros empregos sejam gerados, nós iremos fazer. Esse é o meu compromisso e o compromisso do Alckmin. Quem quiser sair, que saia. Quem quiser vir, nós estaremos de braços e coração abertos, esperando todos que quiserem vir aqui.
Um abraço. Boa sorte para os trabalhadores. Boa sorte para os nossos concessionários, que vão ser os representantes da GWM. E eu espero que a gente possa recuperar, no mais tardar, no ano que vem, a primazia de chegar a mais de 3 milhões e 600 mil carros vendidos nesse país.
E aí eu acho que a gente tem que ter a qualidade do carro, ter o preço bom do carro e facilitar também a taxa de juros para que o trabalhador possa comprar o seu carrinho.
Porque não pense que o trabalhador não gosta de carro bom. A gente gosta. É só permitir que a gente compre, que a gente vai comprar.
E aí todo mundo com cara de motorista dos carros da GWM, todo mundo. Então, meu caro amigo e meu caro embaixador, transmita um abraço meu ao presidente Xi Jinping. E fale para ele que quando ele estiver cansado da fábrica lá, manda a fábrica para cá. Elas serão tratadas como se fossem fábricas brasileiras.
Um beijo no coração de todos vocês e até outro dia, se Deus quiser.