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Você está aqui: Página Inicial Acompanhe o Planalto Discursos e pronunciamentos 2025 06 Discurso do presidente Lula no encontro com a comunidade brasileira em Paris
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Discurso do presidente Lula no encontro com a comunidade brasileira em Paris

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fala à comunidade de brasileiras e brasileiros baseada em Paris, França, durante visita de Estado.
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Publicado em 06/06/2025 17h29 Atualizado em 06/06/2025 17h35

Querida companheira, prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a quem eu aprendi a admirar, a respeitar e a gostar, pela solidariedade dela com o povo brasileiro e, sobretudo, nos momentos mais adversos que eu vivi no Brasil; companheiro Emmanuel Lenain, embaixador da França no Brasil; companheiro Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil; Ricardo Neiva Tavares, embaixador do Brasil na França; minha querida Lélia Salgado. Você sabe que eu estava na China, quando eu recebi a notícia que tinha morrido o companheiro Sebastião Salgado. Pode ser coincidência ou não, mas eu acredito em destino e eu tinha levado do Brasil para dar de presente ao presidente Xi Jinping uma foto feita pelo Sebastião Salgado*.

Foi uma coincidência extraordinária e eu quero te dizer, eu sou cristão, eu acredito em Deus, eu acredito na existência de um outro mundo e toda vez que você lembrar do Sebastião Salgado e você estiver triste, não fique não, sorria, porque ele está lá em cima tirando fotografia sua. Eu tenho certeza disso.

Bem, a companheira Ana Lúcia Paiva nunca foi filha de uma mulher anônima, porque a Eunice Paiva era uma lutadora social, uma lutadora política no meu país. E quando as pessoas pensam que a história vai ser apagada, eis que a história reaparece tal como ela aconteceu. E no livro escrito pelo irmão dela, o Marcelo [Rubens] Paiva, “Ainda Estou Aqui”, que foi transformado num filme, que ganhou o Oscar e com a interpretação maravilhosa da Fernanda Torres. Eu queria te dizer, Ana, que teu pai ainda vive e tua mãe está aqui conosco porque ela é uma lutadora.

Você tem que ter orgulho do sofrimento que vocês tiveram na infância, porque acho que o livro, transformado em filme, com uma beleza extraordinária, com uma interpretação exuberante, recuperou a história da tua mãe.

Parabéns, querida, e sinta orgulho do teu irmão Marcelo, porque ele conseguiu contar a história extraordinária e eu acho que o Brasil está vivendo um momento excepcional, porque já ganhamos um Oscar em Hollywood, agora ganhamos em Cannes, ganhamos o Melhor Filme [“O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho], ganhamos o Melhor artista [Ator, Wagner Moura, por “O Agente Secreto”], ou seja, nós estamos chique.

O Brasil agora não é mais do Terceiro Mundo, o Brasil agora é do Sul Global, e no Sul Global a gente é um pouco mais importante. Eu estou aqui, eu estou preocupado com o horário, porque toda hora alguém olha para mim no horário, eu não sei que hora é, eu tenho um jantar ainda com o presidente Macron [Emmanuel Macron, presidente da França], e eu, então, queria dizer algumas palavras, o problema é que falar de improviso algumas palavras viram muitas palavras.

Eu estou orgulhoso, eu estou orgulhoso porque hoje eu trouxe uma palavra para enriquecer o dicionário francês. Eu fui convidado para ir na Academia Francesa, o segundo personagem brasileiro, o primeiro foi Dom Pedro II, em 1879, se não me falha a memória, 1876, ele foi convidado na Academia e homenageado [a data oficial é 1872]. E hoje fui eu.

Eu fiquei orgulhoso, porque eu sou um cidadão que não sou acadêmico, não tenho diploma universitário, eu tenho um curso primário e um curso técnico feito no Senai, no Brasil. Sou torneiro mecânico de profissão. E fico orgulhoso de ter trazido uma palavra para enriquecer o dicionário francês, que é a palavra multilateralismo.

Multilateral, todo mundo sabia o que era, mas multilateralismo não, o ismo foi nós que colocamos nessa palavra, e eu acho que o meu orgulho é porque eu, às vezes, parece que estou andando numa escada rolante contrária ao lugar que eu quero ir, eu nunca chego no lugar que eu quero ir. Eu, às vezes, parece que estou enxugando gelo, porque nunca termina de enxugar, porque a luta para a conquista das coisas que a gente sonha sempre é muito complicada e se a gente não acredita sempre é possível um retrocesso.

Aqui na França, vocês têm o exemplo da Revolução Francesa. Vocês conquistaram muito, mas o quanto falta ainda para conquistar os ideários daquela Revolução? Quão longe estamos de realizar o sonho daqueles que fizeram a Revolução Francesa?

Eu, quando comecei minha vida política, eu não era uma pessoa com muitos desejos, eu pensava pequeno, vocês estão lembrados que no meu comício de posse em 2003, no meu discurso de posse, eu fui muito simples. Eu não falei que ia prender ninguém, eu não falei que ia prender todos os corruptos, eu não falei que ia fazer uma sociedade socialista, eu não falei que a gente ia tomar as fábricas. Eu apenas disse que se ao terminar o meu mandato eu tivesse garantido que cada cidadã ou cidadão brasileiro tivesse tomado café de manhã, almoçado e jantado, eu já teria realizado a façanha da minha vida.

Foi com essas poucas palavras, que eu assumi o compromisso de acabar com a fome no meu país. E conseguimos em 2014 tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU. E quando a companheira Dilma [Rousseff, ex-presidenta do Brasil] governava o Brasil, a gente já não tinha mais essa chaga da fome permeando o estômago do povo brasileiro. Mas a Dilma foi impeachmada, na minha opinião, num golpe.

Quando eu voltei à presidência, 15 anos depois, o Brasil tinha 33 milhões de pessoas passando fome. Nos dois primeiros anos nós já tiramos 24 milhões de pessoas da fome e até o final do meu mandato, em dezembro de 2026, nós não teremos ninguém mais passando fome naquele país.

O que me entristece muito é que, muitas vezes, nós não compreendemos que na política a gente não tem só avanços, a gente tem muitos retrocessos. Vocês não têm noção do que aconteceu nesse Brasil depois do impeachment da presidenta Dilma.

Vocês não têm noção da política de destruição de um país que acabou com o Ministério da Cultura. Que acabou com o Ministério do Trabalho. Que acabou com o Ministério da Igualdade Racial. Que acabou com o Ministério dos Direitos Humanos. Que acabou com o Ministério das Mulheres. Ou seja, era um país que não se pensava em como fazer os investimentos necessários para que a gente pudesse cuidar da diversidade da nação brasileira.

Então, eu posso dizer para vocês que se a gente não tomar cuidado, e a gente não levar a democracia muito a sério, a gente está arriscado a perder tudo que a gente construiu na democracia que nós aprendemos a construir depois da Segunda Guerra Mundial.

Estejam preparados, porque há uma corrente no mundo hoje, de uma extrema-direita nazista, fascista, negacionista, que nega as instituições, que nega a política, que nega os sindicatos, que nega a cultura. Só tem um discurso, aqui na Europa, contra a imigração e contra a corrupção. Não tem dois discursos.

E isso está ganhando corpo em muitos países.

Acabamos de ver em Portugal, o Partido Socialista ter a sua maior derrota desde a Revolução dos Cravos, em 1975. No Brasil, o Bolsonaro [Jair, ex-presidente do Brasil], haverá um dia em que ele será julgado como criminoso por não respeitar a ciência e permitir, que no Brasil, morressem mais de 700 mil pessoas de Covid. Quando ele orientava as pessoas para tomar remédio que, cientificamente, não servia para combater a Covid. Quando ele fazia discurso para que as pessoas não tomassem vacina porque a vacina fazia virar gay, fazia virar mulher, fazia virar jacaré.

Ou seja, numa demonstração de desrespeito àquilo que é mais sagrado que nós temos no nosso país, que são os cientistas preocupados em cuidar de melhorar a vida da sociedade, na questão da doença, mas também na questão do clima. Eles não acreditam que o mundo está com problema. Eles não acreditam que nós estamos vivendo uma crise climática capaz de colocar a humanidade em risco e um descontrole daquilo que a gente já conheceu.

E, por isso, nós vamos fazer a COP em Belém, porque tem muita gente que fala da Amazônia, tem muita gente que não conhece a Amazônia e eu quero que as pessoas se dirijam à Amazônia.

Você, inclusive, Anne, tem que ir na Amazônia, para que a gente saiba que embaixo de cada árvore tem um indígena, tem um pescador, tem um trabalhador rural, tem um seringueiro, tem um extrativista e que nós precisamos juntar os países que ainda têm floresta, sobretudo na América do Sul, no Congo e na Indonésia, e receber ajuda dos países industrializados há muito tempo atrás, que, portanto, têm um contencioso de gás de efeito estufa jogado na atmosfera, e que eles têm que pagar parte dessa dívida para que a gente não destrua o planeta em que nós moramos.

E, por isso, nós estamos fazendo essa COP na Amazônia. Eu estava dizendo que o mundo pode sofrer retrocesso. A questão climática é uma delas.

É inacreditável que nós somos tidos como o único animal inteligente no planeta Terra. Deus fez tudo e fez nós inteligentes. E é essa nossa inteligência que faz com que o ser humano seja o único a matar sem necessidade, e a roubar sem necessidade, e a destruir o próprio leito que ele dorme.

Se a gente não tiver responsabilidade, e se a gente não trabalhar com muita força, para obrigar os países ricos a cumprirem com os seus compromissos, eu, sinceramente, não sei o que vai acontecer no planeta. Eu já tenho 79 anos de idade. Eu só quero viver até 120 anos.

Portanto, eu ainda tenho 41 anos de vida pela frente. Mas eu não sei se as pessoas que virão depois da época que eu morrer, terão o mundo que eu herdei do meu pai. Certamente ele estará pior. E eu nasci, Anne, exatamente no ano que acabou a (Segunda) Guerra Mundial. Eu nasci, e esses dias eu estava conversando com o Chico Buarque que eu quero fazer uma reunião, porque os melhores artistas brasileiros de toda a época nasceram exatamente entre (19)40 e (19)50.

Todos. Chico, Gil, Caetano, Elis Regina, Bethânia, Roberto Carlos. Você não nasceu, você é mais nova ainda. Ou seja, eu quero juntar essa gente, porque eu quero viver até 120 anos. Eu falo todo dia com Deus: “eu não quero, pode deixar, o céu é bom, mas eu prefiro ficar aqui.”

E eu quero que eles façam isso também. Então eu quero fazer uma festa para tentar homenagear os melhores jogadores do Brasil, que foram da década de 40 ,e também os melhores cantores, os melhores artistas. Você vai estar convidada.

Mas, companheiros, eu vim à França defender três coisas que para mim são muito sagradas. Um, é a democracia. Se não fosse a democracia, eu não teria chegado nunca à Presidência da República do meu país. Tem muita gente que fala que o parlamentarismo é melhor no Brasil, mas eu jamais seria escolhido primeiro-ministro dentro do Congresso Nacional.

Então, a única chance que eu tenho é exatamente o povo votar. Por isso, eu sou o único brasileiro que tem três mandatos de Presidência da República eleito diretamente pelo povo. Isso me traz muito orgulho para andar o mundo brigando contra a desigualdade, não apenas a desigualdade financeira e econômica, a desigualdade de gênero, a desigualdade racial, a desigualdade econômica, a desigualdade na educação, na saúde.

Parece que o mundo criou uma espécie de gente que não tem direito às coisas, que não tem direito à aquilo que é elementar, aquilo que todo mundo deveria ter. E, hoje, nós vemos o mundo, Anne. Gastar 2 trilhões e 700 bilhões de dólares em armas, enquanto nós temos 733 milhões de seres humanos passando fome; em um mundo que produz comida suficiente para todo mundo, o que falta é dinheiro para as pessoas terem acesso a esse alimento.

Se pegássemos metade do dinheiro que se gasta em armas hoje e a gente fosse criar políticas de alimentação para o povo, certamente não teria nenhuma criança morrendo de desnutrição no planeta Terra hoje.

Então eu tenho, na verdade, um movimento de indignação.

Quando eu saí da cadeia, eu fui conversar com o Papa Francisco e propôr para ele que eu ia fazer um movimento mundial tentando juntar pessoas que ainda tinham o direito de se indignar, porque o nosso problema é de indignação, o nosso problema é que nós perdemos o direito de nos indignarmos.

Eu fico pensando, Anne, eu fiquei sabendo uns dias atrás que a França, durante muitas décadas, ela cobrou do Haiti uma taxa pela independência do Haiti. Ou seja, hoje esse dinheiro somado daria por volta de US$ 26 bilhões. E eu fico imaginando qual foi o pecado que o Haiti cometeu no mundo. Será porque foi o primeiro país a acabar com a escravidão?

Será que foi por isso que eles foram castigados? Quando eu vejo os países dizerem que não fazem investimento em Cuba, porque Cuba é comunista e comunista não merece ter apoio financeiro, ter investimento, então não vai nada para Cuba. Por que que não vai para o Haiti?

O Haiti não é comunista, o Haiti é um país democrático, que as gangues hoje não permitem que haja sequer o exercício da democracia, porque não deixa ninguém governar. Por que que o mundo rico não está disposto a ajudar o Haiti? Quando houve o terremoto no Haiti, Brasil e Cuba construíram um hospital no Haiti.

O Brasil foi o único país do mundo a dar dinheiro em cash, US$ 40 milhões para contribuir na construção de uma hidrelétrica entre a República Dominicana e o Haiti.

Ninguém mais deu dinheiro, ninguém mais.

Porque quando é para o país pobre, as pessoas falam “eu não vou dar dinheiro para o governo, eu vou dar para ONG, porque o governo é corrupto”.

Ou seja, é a forma mais gritante de você menosprezar aqueles que mais precisam, é dizer que eles não podem receber ajuda porque eles são corruptos. Como coisa que a corrupção só existe nos países pobres. Como coisa que a corrupção está exatamente nos países pobres.

Eu vou ficando indignado porque em 1952, eu tinha sete anos de idade, eu saí de Pernambuco com oito irmãos e a minha mãe para não morrer de fome. Nós fomos a São Paulo. Eu só fui comer pão na minha vida aos sete anos de idade. Até os sete anos, era uma cuia de farinha com café preto, era o café que eu e meus irmãos tomávamos.

E foi com muita luta que a gente foi adquirindo consciência, criei um partido político, sonhei, sonhei, sonhei, sonhei. Sabe, eu vejo que cada vez que a gente sonha, aparece uma dificuldade na nossa frente.

Cada vez que a gente conquista um metro, aparece um quilômetro para a gente conquistar outra vez. Porque a luta pela qualidade de vida das pessoas é infinita, ela nunca acaba. Uma obra material você acaba, mas uma obra social não acaba nunca.

Porque, cada vez que você conquista alguma coisa, aparece um obstáculo à sua frente. E eu luto, Anne, porque eu tenho uma causa.

Eu acredito que o homem que constrói uma causa e que tem uma causa na cabeça, ele não fica velho.

O que deixa a gente velho é a perda de vontade de lutar. É acreditar que não existe nada impossível. A única coisa impossível é Deus pecar, o resto a gente pode tudo. A gente pode, é só querer, é só teimar, é só persistir que a gente consegue construir.

Imaginem vocês, que eu sou o único presidente que não tem diploma universitário no Brasil, e sou o presidente que mais fiz universidade na história do país e mais coloquei estudante nas universidades.

Imaginem vocês que a elite brasileira em 100 anos construiu 140 institutos federais. Nós, em 12 anos, vamos entregar 782 institutos federais.

Porque a educação, para mim, é uma obsessão.

Não existe possibilidade de você mudar o mundo sem educação. Não existe possibilidade de você ser competitivo sem educação. Não existe possibilidade de você melhorar a vida das pessoas se você não investir na educação. E a minha obsessão é essa, exatamente porque eu não tive diploma universitário.

É que eu acho que todas as pessoas, independente da origem social, têm o direito de disputar uma mesma vaga nas melhores universidades do Brasil. Quem é brasileiro sabe que, há 15 anos atrás, a USP era uma universidade de brancos. Todo mundo sabe.

As universidades brasileiras eram universidades de brancos. Hoje, nós temos na USP mais de 50% de gente da periferia negros e pardos, numa demonstração que a universidade brasileira tem a cara da sociedade brasileira.

E eu digo sempre, Anne, o homem precisa ter uma profissão porque ele precisa trabalhar.

Se ele quiser casar, construir família ou morar com quem ele quiser, ele precisa ganhar bem para viver bem. Mas a minha obsessão pela mulher é por uma palavra chamada independência. Independência.

As conquistas das mulheres jamais serão dádivas de um homem. Aquele homem é bonzinho e ele vai dar uma coisa qualquer para melhorar a vida da mulher.

A independência da mulher será conquistada pelas mulheres.

Por isso eu acredito na educação, porque uma mulher que tem uma formação profissional, ela não vai morar com uma pessoa atrás de um prato de comida ou atrás de um aluguel.

Ela vai morar porque ela gosta da pessoa e quer morar.

E se essa pessoa não tratar ela bem, ela levanta a cabeça e manda embora de casa. Eu não moro com quem eu não gosto. É essa consciência que nós estamos tentando criar no Brasil.

E agora entrou em jogo essa questão da democracia, entrou em jogo essa questão do multilateralismo, entrou em jogo essa questão do livre comércio, para que a gente possa ter um mundo mais equilibrado. Para que a gente possa ter um mundo em que a gente possa viver dignamente e decentemente. É possível. Anne, eu vou lhe contar uma história.

Quando eu deixei a presidência da República em 2010, dia 31 de dezembro de 2010, o Brasil produzia três milhões e 600 mil carros por ano. Quando eu voltei, 15 anos depois, o Brasil só produzia um milhão e 600 mil carros, menos da metade do que produzia em 2010.

Então, eu fico perguntando que cuidar das pessoas mais humildes é preciso a gente trabalhar mais com o coração e menos com a cabeça.

Não é justo que uma pessoa possa comer cinco vezes por dia e a outra tenha que ficar cinco dias sem comer.

Não é justo que uns esbanjem o consumo de calorias e o outro não come nada. Cadê o nosso humanismo? Cadê a nossa fraternidade, a nossa solidariedade? Cadê o nosso desejo de estender a mão para aquelas pessoas que não tiveram a mesma sorte que nós tivemos?

Se nós não mudarmos de comportamento, a gente não melhora a Humanidade.

Vocês aqui na França sabem o que eu estou dizendo. E na América Latina nós sabemos muito o que é isso. Parece que o pobre não é levado a sério, a não ser no dia da eleição. No dia da eleição e na campanha política, o pobre é a pessoa mais bajulada, todo mundo beija, todo mundo abraça. Depois das eleições, outra vez, o pobre é colocado no arquivo morto e só se vão lembrar dele na próxima campanha.

Eu acredito que é possível mudar esse mundo.

Eu acredito.

Por isso, eu queria dizer para vocês que nós estamos numa empreitada muito grande. Eu estou aqui na França, eu vou reunir os países do Caribe quando eu voltar, os 15 países do Caribe, depois nós vamos fazer o BRICS em julho no Brasil, depois vamos fazer a COP e ainda marquei com o Macron uma reunião com os países africanos na Bahia, no Brasil, em novembro, se não me falha a memória. E ainda vou participar do G7 antes que os Estados Unidos anexem o Canadá como estado americano.

Aproveitar esse pouco tempo de respiro que o Canadá tem como soberano.

Porque o homem [Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América], ninguém disse para ele que ele foi eleito para ser presidente dos Estados Unidos, que é um direito dele de fazer o que ele quiser dentro da área do país dele. Agora, querer tomar a Groenlândia, querer tomar o Canal do Panamá, querer tomar o Canadá e ainda querer taxar todos os países como se ele fosse dono do comércio mundial, aí já é demais, gente.

É preciso que a gente leve em conta que nós precisamos de um multilateralismo, de mais conversa, de mais mesa de negociação e de menos bravata, tanto na questão do clima quanto na questão econômica.

Por isso, queridos companheiros e queridas companheiras, eu aprendi uma lição de vida muito cedo. Eu fui eleito presidente em 2003, eu muitas vezes fui deitar imaginando se eu teria ou não condições de governar o Brasil. Não sei se vocês já deitaram com preocupação. Fica de barriga para cima e não consegue pegar no sono.

Quando foi em junho de 2003, o presidente Chirac [Jacques, ex-presidente da França] me convidou para ir em Evian. Foi a primeira vez que eu participei do G7. E eu fui a Evian e a primeira coisa que eu estranhei é que eu cheguei, tinha um monte de gente sentada na mesa, eu fui lá, cumprimentei todo mundo e fui sentar numa mesa eu, o meu embaixador Celso Amorim e o Kofi Annan [ex-secretário-geral das Nações Unidas].

Tudo normal. Aí, de repente, eu vejo todo mundo levantar da cadeira, apressado, como se estivesse caindo uma bomba. Não, era o Bush que tinha chegado. Eu fiquei impressionado. Todo mundo levantou para cumprimentar o Bush, eu falei para o Celso, “nós não vamos levantar””. Ninguém levantou quando eu cheguei, por que eu tenho que levantar para o Bush?

Bom, eu não levantei e o Bush foi na minha mesa me cumprimentar e sentou conosco lá um pouco. Numa demonstração de que ninguém respeita quem não se respeita.

Se você quer ver esse respeito, você tem que se respeitar.

Bem, aí Anne, o Sérgio Ferreira que está aqui era o meu intérprete. Aliás, é meu intérprete desde que eu nasci. O Sérgio Ferreira é meu intérprete e eu fui para uma sala. Sabe que os países do G7 se reúnem todos cercados de arame farpado. Eu fico pensando se as pessoas precisam de tanta segurança para fazer uma reunião, é porque eles sabem que eles não estão certos.

Ninguém precisa de tanta polícia, de tanto arame farpado se está fazendo as coisas boas. É um pouco de complexo de culpa. Então, eu fui, eu achei estranho, toda aquela coisa, tudo muito guardado, parecia que estava em uma redoma de vidro. Aí, eu chego numa sala e eu vejo assim pelo espelho todos, todas as pessoas que eu via só pela televisão.

Eu via Bush, eu via Gordon Brown, eu via Tony Blair, eu via o primeiro-ministro da Itália, o primeiro-ministro da Alemanha, o rei de Arábia Saudita, o presidente do México. Eu via aquela gente, tudo importante, o presidente da França, meu amigo Chirac estava lá.

Eu vi, e aí falaram assim para mim: “ô presidente Lula, não pode entrar intérprete”. Eu falei: “cacilda, como é que eu vou entrar num lugar que tem um monte de gente que fala a língua que eu não entendo e não entende a minha língua?”. Aí, o Sérgio falou para mim: “ô, presidente, entra lá e bota logo aquele negócio no ouvido que tudo que você falar eu traduzo e tudo que ele falar eu traduzo para você”.

Aí, eu fiquei olhando e eu fiquei pensando assim: “qual desses presidentes já ficou desempregado? Qual desses presidentes já passou fome? Qual desses presidentes já morou em casa que entrava um metro e meio de água dentro de casa?”.

Muitas vezes eu acordei com rato, com barata, com fezes boiando no meio da sala, muitas vezes. Eu falei “qual desses presidentes já passou por isso?”. Eu falei: “sabe de uma coisa, eu vou entrar porque eu tenho mais do que falar para eles do que eles têm para falar comigo”. E eu resolvi entrar.

E aí, eu tomei consciência que eu não era um presidente dos pobres, eu não era presidente dos deserdados, eu não era presidente dos oprimidos, eu não era presidente dos trabalhadores de fábrica, eu era um deles. Eu era um deles que ia falar com os homens que mandavam no mundo e que, muitas vezes, não sabiam o que era um chão de fábrica, não sabia o que era o desemprego, não sabia o que era a fome, não sabia o que era enchente, não sabia o que era a pobreza. Só em livros.

E eu acho, Anne, que foi por isso que eu ganhei respeito de todos os presidentes e faço questão de ser respeitado. Eu não estou fazendo favor a trabalhador nenhum, eu sou um deles que cheguei à presidência da República e, portanto, não espere de mim palavras bonitas. Eu falo a palavra que eu aprendi a falar no chão de fábrica e falo as palavras que o povo deserdado do mundo fala.

E eu passei a ser, Anne, o único presidente que os sindicalistas do mundo inteiro, quando queria falar com o G7 ou com o G20, iam lá me procurar. E eu assumi essa postura de saber que eu não sou o presidente do Brasil, eu estou na Presidência, tentando fazer aquilo que é possível fazer e tenho certeza, Anne, que nesses dois anos e quatro meses de governo, nós já fizemos o dobro do que outro governo fez e do que o golpista fez.

No campo da educação, da saúde, da construção civil, da geração de emprego, do aumento do salário, eu tenho certeza que nós fizemos o dobro deles. E, portanto, eu estou convencido de que nós vamos fazer uma campanha muito dura, não apenas no Brasil, mas no mundo, de que a verdade não pode ser derrotada pela mentira, pela fake news e pela cretinice.

Nós precisamos dotar o mundo de políticos responsáveis e nós precisamos saber que a democracia falhou. A democracia falhou ao não atender às aspirações do povo. Aqui na Europa, a gente vê que o estado de bem-estar social, nos últimos anos, enricou mais os ricos do que os pobres.

A gente percebe que os trabalhadores estão perdendo o direito no mundo inteiro. No Brasil perderam, no Brasil ficou sete anos sem aumentar a refeição escolar; ficou sete anos sem aumentar o salário mínimo; ficou sete anos sem dar bolsa de estudo para as pessoas que vêm estudar no exterior. Olha, como é que é possível, você fazer um governo que você não cuida das pessoas. Os ricos ficaram mais ricos.

E hoje é mais grave, nós temos meia dúzia de empresas e aplicativos que mandam no mundo. Antigamente o cara era rico porque produzia uma peça, porque produzia um carro, porque produzia uma garrafa, porque produzia um cinzeiro, porque produzia... Hoje não, as pessoas são ricas porque vendem uns aplicativos que a gente nem sabe se vai ser bom ou ruim para a humanidade.

Agora nós estamos precisando trabalhar a regulação das redes digitais, que de social não tem nada e tem muita coisa ruim, sobretudo para as crianças e para os adolescentes. Sobretudo para as crianças e para os adolescentes. É preciso que a gente cuide, é preciso que o Parlamento tenha coragem.

Se o Parlamento não tiver, que tenha a Suprema Corte dos países inteiros de fazer uma regulação.

O mesmo crime que é julgado na nossa conversa pessoal tem que ser julgado na questão digital. O cara não pode, na relação pessoal, ser um e na rede digital ser um monstro, ser um troglodita que não respeita, que conta mentiras, que estimula as pessoas a praticarem coisas erradas. Então, essa é a briga que nós temos pela frente agora, é uma briga diferente, é uma briga que vai precisar mais participação social.

E a gente tem que aprender, quando vocês receberem uma fake news no telefone do celular de vocês, vocês não podem passar para frente. Você tem que ter coragem de dizer que é fake news, porque na hora que vocês passam a mentira para a frente, no fundo, no fundo, a gente fica sendo conivente com a mentira. Então, companheiros e companheiras, tem uma coisa que permeia a minha vida.

Eu estava preso. E vieram me propor a possibilidade de eu sair da cadeia fazendo um acordo para sair com tornozeleira e ficar na minha casa. Eu disse para o meu amigo proponente deste acordo: “eu não troco a minha dignidade pela minha liberdade. Eu não uso tornozeleira porque eu não sou pombo correio. E não vou para casa porque a minha casa não é cadeia. Quem me colocou aqui vai ter que me tirar aqui. Só saio daqui inocentado”.

E aí eu quero agradecer a solidariedade de muitos franceses que me ajudaram nisso. Na vida política, eu falo a mesma coisa. Eu não sou um homem radical. Eu sou tão bom que aqui tem um cidadão… Levanta aí, Paulão. Esse homem é da Polícia Federal, ele era o meu carcereiro quando eu estava preso. E ele está trabalhando comigo.

E o outro carcereiro também gostaria de vir trabalhar comigo, numa demonstração que eu não tenho ódio, não tenho raiva, não fico guardando mágoa de ninguém, porque quando a gente tem ódio e tem raiva, a gente não digere bem a comida que a gente come, a gente não dorme bem, a gente fica sempre mau.

Eu sou um homem da paz, mas sou um homem que não abre mão dos valores humanistas que a minha mãe me deu. Não abro mão. A minha referência de vida política é uma mãe analfabeta que, com oito filhos, teve coragem de largar do marido dela e ir morar sozinha com oito filhos, sem ter lugar para morar, sem ter emprego. Todos de menor. E nunca mais aceitou sequer conversar com o meu pai por uma questão de dignidade.

Quando a gente tem caráter, dignidade, e a gente tem uma causa, não existe obstáculo para a gente em nenhum lugar do mundo.

Por isso, querida Anne, eu quero que você saiba.

Lamentavelmente, eu estou prometendo para a minha família parar de lutar desde 1978. Veja quantos anos faz e cada dia aumenta mais a nossa responsabilidade e mais o nosso compromisso.

E hoje eu tenho um compromisso. Defender a igualdade. Defender o direito de comer, defender o direito de estudar, defender o direito de morar, defender o direito de andar de cabeça erguida no país em que a gente mora, defender o direito de uma empregada e da filha dela poder estar na mesma universidade que o filho da patroa dela, de fazer com que o pedreiro vire engenheiro, o servente de pedreiro vire engenheiro.

Ou seja, ninguém nasceu para ser inferior ao outro.

Todos nós somos iguais, não tem ninguém mais inteligente do que ninguém.

Tem gente que tem mais oportunidade do que outros. Então, o meu papel como governante é garantir que todos, independente da origem social, independente da cor, independente do credo religioso, independente do time que torce, tenham a mesma oportunidade na vida para vencer.

E somente quem pode garantir oportunidade a todos é o Estado. E o Estado não pode se acovardar em cumprir com aquilo que é sua obrigação constitucional.

Viva a França, viva o Paris Saint-Germain que foi campeão da Champions League.

E muito obrigado a todos vocês pelo carinho. E até a próxima vinda à França.

*O presidente da República recebeu a notícia da morte de Sebastião Salgado durante recepção ao presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, em Brasília. Foi o líder angolano quem recebeu a foto do fotógrafo brasileiro. O presidente havia acabado de retornar da China, logo, a mistura de informações.

Tags: Visita de Estado à FrançaBrasileiros em ParisPresidente LulaDemocracia
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