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Você está aqui: Página Inicial Acompanhe o Planalto Discursos e pronunciamentos 2025 05 Pronunciamento do presidente Lula na entrega do 1º Trecho do Ramal do Apodi
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Pronunciamento do presidente Lula na entrega do 1º Trecho do Ramal do Apodi

Pronunciamento do presidente Lula na entrega do 1º Trecho do Ramal do Apodi, em Cachoeira dos Índios, na Paraíba
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Publicado em 29/05/2025 11h31 Atualizado em 18/08/2025 10h47

Olha, companheiros e companheiras de Cachoeira dos Índios, companheiros e companheiras da Paraíba, eu queria começar a minha fala dizendo pra vocês que eu tô com fome, porque eu não almocei hoje. Porque, se eu fosse almoçar, eu ia chegar atrasado aqui. E eu queria cumprir o horário com vocês. Eu vou ser curto aqui, porque saco vazio não para de pé.

Mas eu queria primeiro agradecer ao querido governador João Azevedo [governador da Paraíba], pela boa relação e pela parceria com o Governo Federal. Da mesma forma, a nossa companheira Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte. Quero agradecer aos meus ministros, porque, muitas vezes, os ministros se matam de trabalhar e as pessoas nem sabem o que eles fazem. Mas eu queria apresentar aqui — que já falou — o ministro Rui Costa [ministro da Casa Civil], que é o responsável da gente poder estar aqui hoje, pela conclusão das obras do PAC.

Quero cumprimentar o companheiro Silvio Costa [ministro de Portos e Aeroportos], que é um pernambucano novo, que está cuidando de portos e aeroportos. Quero dizer também de um companheiro pernambucano de Caruaru, o Wolney Queiroz, que é o ministro da Previdência Social. A nossa querida companheira Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia. O nosso companheiro Waldez Góes [ministro da Integração e Desenvolvimento Regional], que já falou duas vezes aqui. Quero cumprimentar o deputado estadual Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa. Mas eu quero fazer justiça a duas pessoas que estão aqui.

Lá na ponta direita, a nossa senadora Teresa Leitão, senadora de Pernambuco. E aqui à minha esquerda, o senador Veneziano [Vital do Rêgo]. E eu quero agradecer aos senadores porque eles fazem parte do sucesso da gente poder ter aprovado as coisas, tanto no Senado como na Câmara. E também agradecer aos deputados federais Damião Feliciano, Gervásio Maia, Luiz Couto, Pedro Campos, Túlio Gadelha e o nosso companheiro Mineiro, do Rio Grande do Norte [Fernando Mineiro, deputado federal]. E cumprimentar o companheiro Cícero Lucena, tá aqui? Cícero Lucena é o nosso prefeito de João Pessoa. E cumprimentar o prefeito aqui de Cachoeira dos Índios e a sua esposa.

Eu, companheiros, depois de tanta gente falar e depois de tanta fome que eu tô, eu preciso falar pouco, mas dizer para vocês uma coisa. Eu saí de Pernambuco, com sete anos de idade, em 1952. E eu saí de Pernambuco por conta da seca. A minha mãe teve que ir embora pra São Paulo, porque meu pai, em 1945, engravidou a minha mãe e foi embora pra São Paulo pra trabalhar.

E, quando meu pai voltou pra buscar minha mãe, eu já estava com sete anos de idade. E a razão pela qual minha mãe colocou oito filhos dentro de um pau de arara e a gente foi embora pra São Paulo, foi por conta da água. Foi pela falta de possibilidade de conviver no lugar que a gente vivia na cidade de Caetés, num subdistrito de Garanhuns, muito pobre.

E eu sempre me perguntava se era normal que o povo do Nordeste estava sendo castigado, sobretudo o pessoal do semiárido, porque eu lia nos jornais apenas notícias “onde é que tem mais analfabeto?” No Nordeste. “Onde é que tem mais gente fora da universidade?” No Nordeste. “Onde é que tem menos doutor?” No Nordeste. “Onde é que tem menos mestre?” No Nordeste. “Onde é que tem mais fome?” No Nordeste. “Onde é que tem mais evasão escolar?” No Nordeste. “Onde é que tem mais analfabetismo?” No Nordeste. “Onde é que tem mais desnutrição?” No Nordeste.

E eu ficava perguntando pra Deus: “Meu Deus do céu, o que que o Nordeste fez para que a gente sofresse tanto?” E eu não encontrava resposta, porque cada vez mais, ia chegando gente em São Paulo, cada vez mais ia chegando gente em São Paulo. E vocês sabem que as pessoas, muitas vezes, chegavam em São Paulo e não venciam na vida, não encontravam emprego. Preferia ficar passando fome, ia morar embaixo de uma ponte, para não passar vergonha de voltar para o estado dele ou para a cidade sem ter vencido na vida.

E aí as pessoas arrumavam aquele emprego que ninguém queria, era de servente de pedreiro, era de ajudante, sabe? E era um sofrimento desgraçado. Então, o Nordeste era conhecido porque o nordestino é bom, porque ele vem pra São Paulo para fazer ponte, ele vem pra São Paulo para fazer prédio, ele vem pra São Paulo pra fazer um monte de coisa.

Eu ficava pensando: mas será que é só isso que nós sabemos fazer? Será que a gente não quer fazer outras coisas? E aí, Deus quis que o filho da dona Lindu se candidatasse a ser presidente da República e o povo do Nordeste, de forma majoritária, me elegeu presidente da República, em 2003.

E aí eu percebi que eu tinha recebido uma missão de Deus. Na verdade era uma provocação. Ou seja, você reclamou o tempo inteiro das coisas, você virou dirigente sindical, você fazia greve, você xingava todo mundo, então, agora, você vai ter a responsabilidade, vai governar o país, e eu quero ver se você é capaz de fazer aquilo que você achava que os outros tinham que fazer. Não é mole, João.

Quando eu ganhei as eleições, muitas vezes eu deitava de barriga pra cima, ficava olhando pro teto e pensando: “Será? Será que Deus está me provando mesmo? Será que isso é uma provação pra saber se eu tenho competência ou não?” Afinal de contas, eu sou o primeiro presidente da República que cheguei na presidência sem ter um diploma universitário. Todo mundo sabe. E eu não tenho orgulho de dizer isso, mas também não tenho vergonha. Não cheguei porque não tive condição de chegar.

Mas também eu tenho condição de provar que a inteligência de uma pessoa não aprende na escola. Na escola, a gente aperfeiçoa os nossos conhecimentos. Inteligência é uma coisa que você tem e que você consegue positivá-la ou não. Você consegue fazer com que ela funcione ou não. E eu tinha uma coisa comigo que era o seguinte: eu tenho que provar sempre que eu não posso fracassar. É engraçado que eu tinha na época, companheiros João e Fátima, a experiência do Lech Walesa, na Polônia. Ele fez greve em Gdansk, em 1980, quando nós fizemos a greve em São Bernardo, em 1980. E ele logo virou presidente da Polônia. E eu tive que perder três eleições para poder chegar a presidente da República. Mas o Lech Walesa foi presidente e, quando ele se candidatou à reeleição, ele teve 0,5% de votos. Menos de 1% de votos. Uma demonstração que ele tinha sido um fracasso.

E eu ficava pensando: será que eu estou predestinado ao fracasso? Aí eu decidi uma coisa. O que que eu decidi? Eu comecei a pensar: por que que eu cheguei à presidência da República? O que que eu falava nas eleições para chegar a presidente da República? Eu falava que eu ia cuidar do povo mais pobre, que eu ia cuidar do povo trabalhador. Vocês estão lembrados do meu primeiro discurso, em 2003? O que eu disse? Eu disse que se, ao terminar o meu mandato, cada mulher e cada homem nesse país tiver comendo três refeições por dia, tomando café, almoçando e jantando, eu já terei realizado a obra da minha vida.

Isso porque eu sabia, isso eu sabia o que era fome. Porque foi por causa da fome que a minha mãe foi pra São Paulo. Eu sabia o que era levantar sem ter café. Durante sete anos, companheiro Rui Costa, o meu café era uma cuia de café preto com farinha de mandioca. Fui conhecer pão em São Paulo.

E eu falava: “Não é possível que um povo nordestino, sobretudo o povo do sertão, tá predestinado a viver na miséria o tempo inteiro”. A ver seu cachorro morrer de sede, a ver sua galinha morrer, a ver sua cabra morrer, a ver sua vaquinha de leite morrer. Sabe? A ver uma mulher com 30 anos (de idade) parecendo uma senhora de 70, de tanto carregar lata e pote nas costas, tomar sol de manhã, de noite. Não é possível que a gente não possa consertar.

Aí, lendo, eu fiquei sabendo que Dom Pedro II, em 1846, há 179 anos, ele tinha pensado em fazer a Transposição do São Francisco. Eu falei, "puxa vida, se o imperador pensou em fazer e não fez, por que ele não fez? Será que Deus não quis? Deus não pode ser ruim, gente. Deus simboliza o amor. Deus simboliza a compreensão, a fraternidade, a solidariedade". Eu falei: “Não, não é possível.” Eu acho que o que faltou foi coragem, porque determinadas coisas você só faz se você tiver coragem.

Você só cuida do pobre se você governar com o coração e não com a cabeça. É preciso ter conhecimento para saber o que é a vida de um pobre. É preciso saber, de verdade, o que é uma criança levantar sem ter um copo de leite pra tomar. É preciso saber o que é, muitas vezes, aqui no Nordeste, a mãe dava cachaça para uma criança para poder matar a fome ou enganar a fome dela. Aqui nós temos exemplos mil.

Aqui nós tivemos, em 1915, em 1930, no Ceará, campo de concentração para evitar que os pobres do Ceará fugissem para outro estado para não morrer de fome por causa da seca. E o que os governantes da época inventaram? Frente de trabalho. Era você contratar um monte de gente, pagar quase nada para tirar a terra de um lado e colocar do outro. No ano seguinte, tirava daquele lado e voltava para o outro.

Ou seja, era uma falta de vergonha. E eu comecei a pensar: bom, a seca é um fenômeno da natureza. Sempre vai existir a seca. Agora, a fome, por causa dela, é falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país, os estados da Federação.

E aí, quando a gente pensou em trazer as águas do São Francisco para a região seca, muita gente era contra. “Ah, vai acabar com o São Francisco”. “Ah, vai acabar não sei com a quanta”. “O rio é meu”, dizia Bahia. “O rio é meu”, dizia Alagoas. “O rio é meu”, dizia Sergipe. E eu falava: “Não, o rio é de Deus. O rio foi feito, ele nasce lá em Minas Gerais. Ele passa por aqui, agora vai para o mar. Então, o que eu quero é pegar um pouquinho de água antes dela chegar no mar. Eu quero trazer de volta para dar para o meu povo do sertão beber, comer, tomar banho e lavar.”

Essa decisão foi a decisão mais importante que eu tomei na minha vida. Porque era uma obra que muita gente não acreditava que a gente pudesse fazer, porque fazia 179 anos. Eu não estou falando de 10 anos, estou falando de 179 anos que se prometia água para essa região.

E eu, graças a Deus, descobri uma coisa. Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu seria presidente da República e que eu ia trazer água para cá. Ele sabia que somente uma pessoa que tinha passado fome, somente uma pessoa que com sete anos de idade carregava pote de água na cabeça. Por isso é que eu não tenho pescoço. Vocês percebem que o meu pescoço, de tanto carregar pote na cabeça. Somente uma pessoa que tinha passado por essa experiência era possível trazer água para cá.

Aí, aí tem outras coisas também. Não sei se vocês sabem, eu sou o único presidente que não tem um diploma universitário e sou o presidente que mais fez universidade na história desse país. Mais colocamos estudantes na universidade. Quando nós chegamos na presidência, tinha 3 milhões e meio de estudantes. Hoje tem 9 milhões de estudantes e é pouco. O Brasil precisa de mais.

E isso é importante. Eu descobri que em um século, em 100 anos, a elite brasileira fez 140 Institutos Federais. Eu vou terminar o meu mandato com 782 Institutos Federais para formar as nossas mulheres e formar os nossos meninos. Eu tenho certeza que teve dois presidentes que tiveram preocupação de inclusão social, João. Eu digo sempre. Dois presidentes tiveram preocupação com a inclusão social. Um foi Getúlio Vargas, quando criou o salário mínimo, em 39, e quando criou a CLT, em 43.

Porque a CLT, que hoje muita gente não gosta, não quer trabalhar, naquele tempo, ela tirou o trabalhador da escravidão para colocar com jornada de trabalho, com direitos às férias e muito mais coisas que nós sabemos. E o salário mínimo, porque as pessoas trabalhavam quase que de graça. Depois do Getúlio Vargas, eu estou falando de 1943 e estou falando de 50 a 54. Depois do Getúlio Vargas, somente eu é que trouxe inclusão social nesse país.

O momento que o PT governou esse país é o momento que mais aumentou o salário mínimo. É o momento que mais se fez universidade. É o momento que mais se fez escola técnica. É o momento que mais se fez Instituto Federal. É o momento que mais se investiu em ciência e tecnologia. É o momento que se investiu mais na cultura. É o momento que se investiu mais em escola de tempo integral. É o momento que se investiu mais na saúde, com o Mais Médicos. E agora vamos anunciar uma coisa fantástica que é Mais Especialistas. Nós agora vamos lançar um programa, na sexta-feira, que é o seguinte: antigamente, a pessoa ia na farmácia, ia no médico, o médico fazia uma consulta e falava: “olha, vai comprar tal remédio”. Aí a pessoa ia comprar o remédio, não tinha dinheiro. Colocava a receita ali no criado e morria sem comprar o remédio.

Nós criamos o Farmácia Popular e hoje a gente distribui 41 tipos de remédios totalmente gratuitos para a população brasileira. Mas além do Farmácia Popular e do Mais Médicos, eu comecei a pensar: hoje o cara vai no médico, o médico faz a consulta. Aí fala assim, vamos supor que seja uma mulher: “senhora, a senhora está com um problema no coração. Você vai procurar um cardiologista.” E aí vai lá no balcão marcar o cardiologista, chega lá, olha, o doutor disse que eu tenho que ver um cardiologista que eu tenho um problema no coração. Aí a moça fala: “10 meses.” Aí você fica 10 meses esperando, 11 meses, 9 meses esperando. Se Deus estiver do nosso lado, a gente fica vivo. Se não, a gente morre.

Aí você vai no cardiologista. Ele olha o teu coração, coloca aquele negócio nas tuas costas, às vezes manda você falar 33, hoje nem fala mais 33. Manda fazer e fala assim: “Olha, você tem que fazer uma ressonância magnética ou um PET Scan”. Aquelas máquinas que só rico entra dentro.

Aí a moça fala: “Tem que esperar mais um ano.” Aí, pô, já é abusar. Já é abusar da sorte, né? Então, qual é a minha obsessão? A pessoa vai no médico, o médico tem que dizer o que ela tem, dá a receita, ela vai pegar na farmácia e se tiver que ir no especialista, é em pouco tempo, ela não pode esperar um mês, dois meses, três meses, tem que ser mais rápido. E se precisar de uma máquina, tem que ser mais rápido.

Ontem, eu passei uma hora e meia dentro de uma máquina pra saber se ela estava com algum problema na cabeça, porque eu senti uma tontura. Era labirintite. Labirintite. Aí eu descobri ontem que labirintite é excesso de inteligência. Aí eu fiquei feliz da vida. Não é isso, não. Aí já é brincadeira minha. Ah, mas eu cheguei no médico. O médico falou, você está maravilhosamente bem. Você está bem, você está bonitão. Vá lá para Cachoeira dos Índios, que é melhor.

Aí eu estou aqui. E cada vez que eu venho num lugar com vocês, que vai com os deputados, os senadores, eu estou economizando dinheiro. Porque se a gente fica em Brasília, no gabinete da gente, só vai gente pedir as coisas, vai pedir. Eu estou aqui, ninguém está pedindo nada, só está agradecendo. Só está agradecendo. Essa que é a coisa maravilhosa de governar um país como o Brasil.

E vou dizer pra vocês, vai ter mais coisas que a gente vai anunciar. Vocês viram esses dias que nós anunciamos. Quem usar, no máximo, 80 quilowatts de energia, não vai pagar mais energia. Vai ser de graça. Quem ganhar renda per capita de meio salário mínimo. Ou seja, se a renda da família, se tiver cinco pessoas e a soma tiver menos que meio salário mínimo para cada pessoa, não vai pagar nada. E se ganhar de meio a um salário mínimo, a renda per capita, até 120 quilowatts você vai ter desconto. Até 120 quilowatts você vai ter desconto. Tá?

Por que nós estamos fazendo isso? Porque no Brasil, no Brasil, hoje o rico paga menos energia do que o povo pobre. O povo paga mais caro. Então é importante que a gente faça a energia mais barata e, a partir do ano que vem, vai ter total liberdade para vocês escolherem as empresas que vocês querem contratar energia e só vai contratar daquelas que fizerem mais barato.

Além disso, além disso, João, a gente vai anunciar um programa logo, logo, que a gente vai fazer um crédito para a reforma de casa. O cara não quer comprar uma casa. O cara quer fazer um banheiro a mais na casa dele. O cara quer fazer um quartinho para o neto ou para o filho. O cara quer fazer uma garagem para o carrinho que ele comprou, meio mequetrefe ou zero quilômetro. Ele tem o direito, então, vai ter linha de crédito para ele fazer.

Também estou pensando em uma linha de crédito para financiar a moto para os entregadores de comida aí, para eles não passarem privação. E também estamos pensando em fazer com que o gás de cozinha chegue na mão dos pobres bem mais barato, bem mais barato, porque hoje eu não sei na Paraíba quanto é que está, João, mas a Petrobras ela manda o gás de cozinha a R$ 37, sai da Petrobras. A 37 reais. Quanto é que chega aqui? Cento e dez, cento e vinte, tem estado que é cento e quarenta. E eu posso dizer para vocês que está errado. Vocês não podem pagar R$ 140 por uma coisa que custa R$ 37 da Petrobras. Está certo que tem o custo do transporte, mas não precisa pagar tanto.

Então, gente, quando eu fizer tudo isso, aí, eu vou começar a viajar o Brasil. Eu vou começar a viajar o Brasil, porque eu vou dizer uma coisa para vocês. Vou dizer uma coisa aqui da cidade de Cachoeira dos Índios, eu vou dizer uma coisa: nunca mais esse país vai ter um presidente negacionista que brincou com a Covid, que mentia descaradamente, que fazia fake news todos os dias e vivia no celular mentindo.

Esse país tem que ter presidente que viaja o Brasil, que põe o pé no chão, que cuide da educação, que cuide da saúde, que cuide de tecnologia, que cuide do salário, que cuide do emprego, que cuide da defesa e da dignidade do povo brasileiro. E é isso que nós sabemos fazer e vamos fazer.

Por isso, queridos, eu vou terminar dizendo uma coisa para vocês. A minha obsessão pela educação... companheiros e companheiras, eu queria dizer duas coisas para vocês para terminar a minha fala. Por que eu tenho obsessão pela educação? Porque eu sei o que é a vida de um homem sem profissão e sei o que é a vida de um homem com profissão.

E eu sei o que é a vida de uma mulher com profissão e a vida de uma mulher sem profissão. Quando um homem não tem profissão, ele vai procurar emprego, só tem o resto para ele fazer. Sabe aquele emprego que a gente fala que dignifica o homem, mas o cara vai ganhar muito pouco? Aquele emprego que não vale nada profissionalmente? Às vezes, o patrão nem atende o cara.

Quando ele tem uma profissão, aí é diferente. Quando ele tem uma profissão, ele chega no emprego, no banco, na loja, no comércio, na construção civil. O cara já dá logo um cartão para ele. “Olha, quando eu precisar, eu lhe chamo”. E pega o endereço dele. E quando ele arrumar emprego com profissão, ele vai ganhar dez vezes mais do que ele ganhava sem profissão, porque isso aconteceu comigo. Aconteceu comigo.

Eu trabalhei sem profissão e trabalhei com profissão. Mas uma coisa que me entusiasma mais é que o homem tem que ganhar melhor, porque se ele ganhar melhor, ele vai cuidar da família melhor, vai ter uma casa melhor, vai ter um carro melhor, vai ter um telefone melhor, vai ter um computador melhor e vai tratar a mulher dele melhor. É assim que a gente imagina.

Bem, e por que eu quero que a mulher tenha uma profissão, Luciana? Por que eu quero que a mulher tenha uma profissão? Porque quando a mulher tem uma profissão, ela conquista a independência dela. O que é a independência? Uma mulher com profissão, ela não precisa morar com ninguém a troco de um prato de comida. Ela mora com quem ela quiser. E se a pessoa não respeitar, ela manda o cara ir caçar lata por aí, porque ninguém é obrigado a viver [sem ser respeitada].

Porque nós viemos ao mundo para transmitir amor, para transmitir fraternidade, solidariedade, para transmitir sorriso, carinho, e não para transmitir ódio. Por isso, gente, é o seguinte, pode ter certeza, nós vamos continuar investindo em educação, vamos continuar investindo nas coisas que vocês precisam.

Mas nunca mais a gente pode votar numa tranqueira para fazer o que foi feito nesse país no governo passado.

Um abraço, gente, e até outra oportunidade, se Deus quiser.

Tags: Transposição do São FranciscoEducaçãoEmpregoQualificaçãoCachoeira dos ÍndiosPresidente Lula
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