“Saio do MME defendendo o setor que eu aprendi a gostar e a chamar de meu” diz ministro

O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, participou hoje, em São Paulo, de um fórum de debates na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, sobre o tema “Modernização do Setor Elétrico”. Na ocasião, por estar deixando a função e retornando ao Congresso Nacional já no próximo dia 04 de abril, o ministro fez um balanço geral de sua gestão à frente do ministério.

Entre as diversas ações realizadas, Fernando Coelho destacou aquela que classificou com “uma das mais importantes”, que foi a publicação, na semana passada, das bases e princípios do Ministério de Minas e Energia. “Agora, independente de quem seja o ministro de plantão, existe um roteiro, existe uma forma e ninguém mais vai ser pego de surpresa e nada mais será feito sem que sejam previamente realizadas consultas, debates e seguido todo um rito que eu entendo de fundamental importância para a estabilidade dos investimentos no setor”.

Fernando Coelho enalteceu o trabalho sério e dedicado de toda a equipe do MME, com quem trabalhou ao longo de sua gestão e ressaltou: “em algum momento, podemos ter errado por mais, por menos, mas nunca nos omitimos de nenhum debate ao longo desse tempo. Se nós encontramos o crescimento econômico esse ano de 2017, haveremos de encontrar ainda mais nesse ano de 2018. As áreas fins do MME têm, sim, uma parcela, mesmo que modesta, na retomada do crescimento econômico do Brasil”, acrescentou.

Referindo-se à sua desincompatibilização em função da proximidade das eleições, o ministro fez questão de afirmar: “eu sou um político, estou aqui nesse período e quero deixar claro que volto para a área onde tenho mais intimidade, para que, do Congresso Nacional, e agora um brasileiro completamente diferente daquele que chegou em 2016,  possa estar vigilante aos aprimoramentos que precisam ser confirmados e para que a gente não possa ter nenhum tipo de retrocesso”.

“É importante que possamos nos mobilizar – frisou Fernando Coelho -, para poder falar com quem a gente precisa falar. Estou saindo no dia 4 de abril do setor elétrico, mas vocês vão continuar nele. E é importante que a gente possa efetivar essas conquistas que estão hoje em debate. Vou para o Congresso de forma muito tranquila, com as informações que hoje tenho, para poder combater a informação errada, incorreta e, na maioria das vezes, desleal para com aqueles que não conhecem o setor”.

“Não tenho dúvidas – ressaltou o ministro - que vai ser bom para a Eletrobras a sua privatização, vai ser bom para o setor elétrico, mas vai ser melhor ainda para o consumidor brasileiro, que paga uma ineficiência que ele não faz ideia que existe dentro dessa nossa empresa, que por uma série de decisões equivocadas, hoje, é rateada por todos nós brasileiros”.

O ministro encerrou sua fala afirmando: “essa pauta não é minha; é do Ministério de Minas Energia e uma pauta de governo. E ela vai continuar muito forte, independente de quem seja o ministro que ascenda ao cargo no próximo dia 5 de abril.”

“A partir deste dia – concluiu -, estou à disposição para que a gente possa continuar trabalhando e defendendo o setor que eu aprendi a gostar e aprendi a chamar de meu”.

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