Comitiva vê de perto ações de recuperação pós-desastre de barragem da Mina Córrego do Feijão

Uma comitiva de representantes do governo federal e do governo do estado de Minas Gerais esteve na mineradora Vale, no último dia 28/5, para conhecer de perto as ações da empresa voltadas à recuperação e mitigação dos efeitos do desastre de Brumadinho, quando a barragem Mina Córrego do Feijão se rompeu, em 25 de janeiro de 2019. A comitiva do governo federal, se inteirou sobre as providências adotadas pela Vale nos âmbitos ambiental, social e econômico, bem como de atendimento e atenção às famílias das vítimas.

A comitiva foi integrada pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Vidigal de Oliveira, pelo diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Bicca, e pelo presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Esteves Colnago. 

É a primeira vez que dirigentes da SGM/MME, da ANM e da CPRM se reúnem para uma viagem conjunta com essa finalidade, e na qual as autoridades puderam compartilhar observações e impressões sobre os trabalhos em execução pela empresa e pelas prefeituras da região.

A comitiva federal se juntou a autoridades do estado de Minas Gerais, tendo à frente o vice-governador, Paulo Brandt. 

Na cidade de Nova Lima, sede da Vale na Mina de Águas Claras, o grupo visitou a sala de operações e monitoramento de segurança de barragens, segundo técnicos da Vale, um dos sistemas de controle mais modernos do mundo, e que tem sido uma referência para as empresas de mineração em muitos países. O sistema tem sido ponte para a troca de conhecimentos e experiências com outras empresas do setor no Brasil. 

A comitiva também se reuniu com a equipe do Corpo de Bombeiros de MG, responsável pelos resgates. O grupo conheceu a área atingida pela lama de rejeitos de minério de ferro, que se estendeu por cerca de 10 quilômetros. No dia da visita, segundo Vidigal, as autoridades da corporação confirmaram a identificação de mais uma vítima, no dia anterior, reduzindo para 10 o número de pessoas ainda não encontradas, de um total de 270 vítimas que perderam suas vidas. 

Na ocasião, o Corpo de Bombeiros discorreu sobre as técnicas utilizadas para os resgates das vítimas e o compromisso com a continuidade das buscas, enquanto não se esgotarem todas as possibilidades. 

A agenda também incluiu reunião com os prefeitos da região. A pauta do encontro girou em torno dos impactos causados pelo desastre e das medidas tomadas desde então para a recuperação e retomada da normalidade. “É um processo que vai demorar alguns anos ainda, mas que já vem sendo observada sua evolução, de forma gradativa, na vida das pessoas”, observou Vidigal.

O roteiro da comitiva incluiu um encontro com representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum). No encontro, os familiares externaram a expectativa de que a tragédia de Brumadinho não tenha sido em vão e que a mesma seja um divisor para a transformação das medidas de segurança do setor. 

Segundo Vidigal, os familiares declararam que não desejam ver o fim da mineração, mas que a sua continuidade não cause a perda de mais nenhuma vida pois “nada irá reparar o fato de não convivermos com nossos entes queridos”. 

O secretário concluiu a visita afirmando a importância de estar naquela localidade e ver de perto os trabalhos que vêm sendo realizados, bem como compartilhar o sentimento das pessoas, pois, “a observação pessoal permite uma leitura e uma compreensão própria dos fatos, sem o comprometimento de se ter que valer da percepção transmitida por terceiros”. 

Também participaram da comitiva do governo federal, Alice Silva de Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Marlon Marques Coutinho, superintendente da CPRM em Minas Gerais, e Jânio Alves Leite, gerente regional da Agência Nacional de Mineração (ANM), em MG. Representando o governo de MG, acompanharam os trabalhos o coronel Carlos Henrique Guedes, do gabinete do vice-governador Paulo Brandt, e a tenente coronel Graciele Rodrigues Santos, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de Minas Gerais.

Assessoria de Comunicação Social

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